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ROSIVALDO DOS SANTOS SOUZA
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FILOSOFIA DA PRÁXIS EM ANTÔNIO GRAMSCI: UMA ANÁLISE DA FILOSOFIA IMPLÍCITA NO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL (PEI) E NA TECNOLOGIA EMPRESARIAL APLICADA A EDUCAÇÃO PARA FINS DE RESULTADO (TEAR)
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Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
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Data: 24/09/2021
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Apesar de ser espaço público e plural, as Escolas de Referência em Ensino Médio de Pernambuco (EREM) tem sido mecanismo de colonização política e conformação ideológica. Serve ao discurso hegemônico que, no caso atual, enxerga nela um ambiente favorável a formação de capital humano. Essa pesquisa tem entendido a filosofia (visão de mundo) institucionalizada na educação básica de Pernambuco, Programa de Educação Integral (PEI), como ideologia contemporânea da competência, orientada pelo espírito capitalista neoliberal. Seu objetivo é desnaturalizar essa realidade do sistema de ensino pernambucano, retirando-a da condição de necessidade dos novos tempos e colocando-a na condição de discurso que conseguiu se tornar dominante. Buscando as condições sociais e históricas do discurso como intervenção filosófica e o materialismo histórico e dialético de Gramsci e a teoria do discurso de Laclau e Mouffe como instrumental teórico metodológico dessa intervenção, confrontaremos os conceitos e marcas identitárias do PEI e da TEAR. Destacamos ainda que intervenção filosófica nessa pesquisa é tensionamento discursivo, ou seja, análise materialista, histórico e dialética do discurso, e não simplesmente aplicação de metodologia de ensino de conteúdo filosófico. Esses dois elementos estruturantes das Escolas de Referência em Ensino Médio, trabalhando na formatação do sistema de ensino nos moldes da logística empresarial – planejamento sistemático e hierarquizado (SEC/GRE/EREM), no controle de qualidade (SAEPE/SAEB), no incentivo financeiro (BDE) – fortalece o ideário de formação controlada do ser humano. Esses elementos constitutivos, sob aporte neoliberal, acabam atendendo os interesses do discurso hegemônico e fortalecendo, no sistema de ensino básico pernambucano, a presença de uma visão empresarial da vida, um modo de ser produtivo, eficiente e competitivo que, além de tentar ressignificar o modo operacional da escola e do sistema de ensino, busca conformar seu público a um novo tipo humano adequado as demandas do mercado. Tendo como metodologia uma revisão bibliográfica e como objeto a filosofia do PEI e do TEAR, concluímos que as EREM’s trabalham em sintonia com as demandas do neoliberalismo quando tentam transformar os jovens em capital humano.
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FELICIANO DE JESUS COSTA
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ADORNO: EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO À LUZ DA INDÚSTRIA CULTURAL
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Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
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Data: 22/09/2021
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Esta pesquisa fundamentada na teoria crítica da escola de Frankfurt discute a teoria crítica de Adorno e Horkheimer à indústria cultural. O problema que levou ao tema foi observado entre os alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Nossa Senhora da Paz, preocupados com o elevado numero de eliminação na prova de redação do Enem. Os motivos encontrados para essas reprovações foram: deficiência no poder de argumentação, habilidade de reflexão e organização de ideias (coerência, clareza, objetividade e adequação do tema ao gênero proposto), Acrescidos pela falta de treino de redação com exploração de temas filosóficos. O objetivo do trabalho foi demonstrar aos alunos a manipulação das informações através do controle da mídia, e as críticas feitas à indústria cultural por Theodor Adorno e Max Horkheimer. Esses filósofos denunciaram os instrumentos de escravização moderna do capitalismo, a manutenção do pensamento dominante, o oportunismo do lucro e aumento do capital, e apontaram a educação como objeto para a emancipação e a libertação do indivíduo. Na pesquisa bibliográfica foram exploradas a obra Dialética do Esclarecimento de Adorno e Horkheimer, principal âncora da pesquisa, as obras de Adorno, Educação e Emancipação, textos escolhidos da coleção Os pensadores, Eclipse da Razão de Max Horkheimer, obras de comentadores da escola de Frankfurt como: Luzes e Sombras do iluminismo, de Olgaria Matos, Filósofos e perspectivas educacionais vários autores, Dialética negativa estética e educação Bruno Pucci e outros, sites e artigos que trataram do tema. Na pesquisa-ação, buscamos: Pedagogia da autonomia e pedagogia do oprimido de Paulo Freire, Filosofia em sala de aula de Lídia Maria Rodrigues, Metodologia da pesquisa-ação de Michel Thiollent, e outros trabalhos de pesquisadores que deram suporte ao Projeto de Intervenção. Esta proposta está fundamentada nas práticas de redação, viabilizando melhores resultados no Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM).
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ANTONIA CRISTIANA SOARES APOLÔNIO ANDRADE
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A PARTIR DA EXPERIÊNCIA: JORGE LARROSA SOBRE O OFÍCIO DE PROFESSOR, A ESCOLA E O ENSINO
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Orientador : DEYVISON RODRIGUES LIMA
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Data: 31/07/2021
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Nesta pesquisa, apresentamos a escola, a educação e o ensino através de uma genealogia da experiência de aprender. Para isso, a ênfase na escola tanto como uma instituição moderna carregada por sua pretensão normalizadora, quanto um lugar de possível da experiência, ou pensando outra maneira, da experiência como possibilidade de uma nova realidade ou da diferença. Em tempos de abandono, reforçamos o elogio da escola, a partir de Jorge Larrosa. Assim, a infância, a experiência e a filosofia se cruzam ao pensar o ensino: a infância tratada como o momento original do começo do infinito – não de modo cronológico, mas sim como a origem sempre presente –, a experiência como aquilo que nos acontece e que se passa, por nós/em nós, e a filosofia como a infância do pensamento. Nesse contexto, o objetivo principal é abordar o ensino de filosofia – em específico, mas não apenas – como possibilidade da experiência, em vez de matérias ou conteúdos, mais afetiva do que formal, mais construtiva do que discursiva. No que diz respeito à possibilidade de uma intervenção prática, elaboramos uma proposta que diz da possibilidade de produção de um diário – diário de leitura (como produto final) – pelos estudantes, o qual aponta para a introdução de um novo mecanismo na escola, mais próximo de uma técnica de si de que de um mecanismo avaliativo, tendo em vista o conceito de experiência, a partir de textos de Jorge Larrosa, cuja finalidade é situar o saber da experiência no âmbito escolar e ainda do texto de Anna Rachel Machado para a construção da proposta de produção do diário de leitura.
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FRANCISCO KLEBER FARIAS
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O ENSINO DE FILOSOFIA COMO CONCEPÇÃO CRÍTICA A PARTIR DE KARL POPPER
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Orientador : GILDASIO GUEDES FERNANDES
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Data: 28/07/2021
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Karl Raimund Popper é um dos filósofos mais bem-conceituados no que diz respeito à Filosofia das Ciências. O mesmo faz uma revisão radical do empirismo por meio da precedência da teoria, provocando assim uma virada na forma de se perceber o método científico. Para ele o conhecimento científico começa com uma teoria que antecede aos testes observacionais; estes, por sua vez, servem apenas como tentativas de falsificação da teoria. Já no que se refere à filosofia, Popper afirma que tais teorias são desprovidas da característica da refutabilidade, pois as mesmas não podem ser testadas empiricamente, porém, nem por isso elas deixam de ser relevantes, pois suscitam discussões importantes a partir do questionamento dos problemas que as originaram. Percebe-se claramente uma postura ou atitude crítica de Popper quanto às suas concepções acerca do que é ciência e do que é filosofia àquilo que chamou de conhecimento do senso comum. O objetivo deste trabalho consiste em apresentar uma proposta de intervenção filosófica a partir desta atitude crítica de Popper visando uma semelhante atitude por parte dos alunos de filosofia do Ensino Médio. Esta pesquisa é totalmente bibliográfica, sendo utilizados para a realização da mesma livros impressos e digitais e ainda periódicos retirados da internet. Adotamos o pressuposto de que, se o ensino de filosofia for realizado a partir de uma concepção de filosofia que seja essencialmente crítica, também os alunos serão levados ao próprio ato ou processo do filosofar criticando suas próprias teorias de senso comum e, dessa forma, melhorar a partir da identificação e eliminação de seus erros.
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GIOVANNI MENESES VIANA
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: ENSINAR FILOSOFIA À MANEIRA PRAGMATISTA: CONTRIBUIÇÕES DE CHARLES SANDERS PEIRCE
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Orientador : EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
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Data: 27/07/2021
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A presente Dissertação de Mestrado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Filosofia denomina-se “Ensinar filosofia à maneira pragmatista: contribuições de Charles Sanders Peirce”. Este estudo tem por finalidade realizar uma investigação sobre o “ensinar filosofia” com base no método pragmatista com o objetivo de apresentar uma sistematização na forma de unidades didáticas inspiradas nas contribuições de uma filosofia que forneça pressupostos lógicos e teóricos sobre o desenvolvimento do pensar numa perspectiva epistemológica crítica, ativa e, sobretudo, menos especulativa. Entende-se que “ensinar filosofia pelo método pragmatista” segue uma abordagem que envolve a atividade de ensino no domínio de algumas habilidades tais como: articulação teoria e prática, pensamento operatório, aprender fazendo, aprendizado do pensamento científico, aprender de forma criativa, ou seja, ensinar filosofia com base nas contribuições teóricas da tradição pragmatista, de maneira mais especifica, na filosofia peirceana. Portanto, pretende-se iniciar com um estudo bibliográfico sobre o pragmatismo relacionando-o ao ensino de filosofia, desenvolver uma investigação sobre as possibilidades teóricas que a escola pragmatista pode oferecer ao ensino de filosofia no nível médio. Desta forma, o foco da pesquisa reside na proposta “ensinar filosofia com base no método pragmatista” para enfatizar o caráter da filosofia muito mais como exercício de pensar do que propriamente enquanto ensino que prioriza o repasse de conteúdo. O que se quer enfatizar é o “filosofar”. Portanto, a pesquisa trata-se de uma investigação sobre a metodologia filosófica de ensinar filosofia com base na escola pragmatista.
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JÉSSICA KELLY DE SOUSA CARVALHO
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EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA NA PERSPECTIVA DE ROUSSEAU: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO FILOSÓFICA NO ENSINO MÉDIO
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Orientador : ELNORA MARIA GONDIM MACHADO LIMA
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Data: 26/07/2021
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A presente pesquisa intitulada “Educação para a cidadania na perspectiva de Rousseau: uma proposta de intervenção filosófica no ensino médio” surge com a proposta de apresentar para o meio escolar uma intervenção filosófica junto aos alunos do Ensino Médio, ao aplicar como metodologia a amostragem de temas filosóficos de Rousseau em um programa de rádio na escola. E isto de forma a despertar a criticidade, o raciocínio, a intelectualidade e a livre iniciativa para a aprendizagem, na intenção de ampliar as reflexões filosóficas frente à educação atual. Algo de modo que com uma reflexão sobre seus aspectos históricos que tem o indivíduo como elemento a ser potencializado para se tornar um ser autônomo, consciente dos seus direitos e deveres sociais, ao exercer com consciência, sua cidadania, e participar dos processos políticos. E ao ter em mente que no ambiente escolar pouco se aborda a educação para a cidadania, bem como os princípios norteadores para a efetiva educação que prepara o cidadão conforme preconiza a Lei, esta intervenção parte da problemática observada com base em uma análise sobre os documentos oficiais. Documentos estes, que regem a educação no Brasil, que trazem recomendações sobre a disciplina de Filosofia para o Ensino Médio, a fim de alcançar os objetivos propostos na lei, a qual determina formar sujeitos autônomos, críticos e, por conseguinte, capazes de vivenciar, com plenitude, a vida cidadã. Quanto à fundamentação teórica, esta teve seu desenvolvimento a partir de um estudo constituído de uma análise bibliográfica mediante designação pelo uso de livros, de artigos, de dissertações e de teses através da execução de uma intervenção filosófica prática para os alunos do Ensino Médio. Tudo na pretensão de apontar, dentro do contexto rousseauniano, o conceito de educação do homem e do cidadão, as características e os princípios que norteiam a formação do educando, pautada na teoria de Jean Jacques Rousseau, especialmente no tocante à obra: “Emilio ou da Educação e Contrato Social”, com aportes das demais obras do autor, para a realização de uma análise acerca da educação doméstica, da educação negativa, da formação do homem e do cidadão. E pelo o estudo da mencionada obra eis a constatação de que é plenamente possível sua aplicação nos dias atuais para o desenvolvimento intelectual do educando do Ensino Médio, ou seja, sua formação para a cidadania, ao intervir pelo viver do mesmo de modo participativo e democrático em consonância com a sua realidade.
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RAIMUNDO RODRIGUES DA SILVA
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O NEOPRAGMATISMO DE RICHARD RORTY: UMA ABORDAGEM METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE FILOSOFIA
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Orientador : EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
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Data: 26/07/2021
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A presente dissertação foi intitulada “O Neopragmatismo de Richard Rorty: uma abordagem metodológica para o ensino de filosofia”. Com base na filosofia redescritiva de Rorty busca-se uma metodologia filosófica para o ensino de filosofia que ressignifique esta prática atribuindo-lhe sentido e valor na vida dos estudantes. Portanto, a pesquisa versa sobre a possibilidade da assimilação do conhecimento em filosofia a partir de categorias que superem o ensino convencional em vista da construção de narrativas que favoreçam a imaginação, a criatividade, o uso de metáforas, a produção de novos vocabulários e a autoconstrução dos sujeitos. O estudo verifica possíveis subsídios e pressupostos metodológicos tendo como abordagem a perspectiva de uma filosofia da prática ou uma filosofia da ação nos termos do neopragmatismo de Rorty. Procura-se instigar o interesse dos docentes e discentes quanto às suas práticas de ensino e aprendizagens vivenciadas em sala de aula. O estudo foi baseado na constatação de que a disciplina filosofia tem muitas potencialidades, no entanto, ainda vem sendo ministrada apenas como componente obrigatório da matriz curricular, sem o devido reconhecimento de seus objetivos e de suas qualidades na formação humana, crítica, investigativa, indispensáveis ao ensino. Aqui buscamos ressaltar sua real e efetiva necessidade, orientados pela importância dos valores e conhecimentos que a filosofia pode instigar para a formação e aprendizado dos alunos. O objetivo da investigação consiste em refletir sobre as tarefas da filosofia e seu ensino e contribuir a partir do estudo teórico neste esforço de criar mecanismo de pensar a práxis, ou seja, a filosofia da ação, como atividade em que docentes e discentes se constituem como protagonistas de seus próprios saberes, podendo tomar consciências de si mesmos. Na perspectiva de redescrição proposta por Rorty, entende-se a Filosofia como sendo a construção da leitura e releitura do mundo e da realidade, cuja consequência se apresenta como uma dinâmica de conhecimento e saberes imersos na historicidade.
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GILBERTO VALENTIM DA SILVA
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TÍTULO DO TRABALHO: A RELAÇÃO ENTRE AUTONOMIA E PODER DO PROFESSOR DE FILOSOFIA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO ESCOLAR: UMA LEITURA FOUCAULTIANA.
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Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
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Data: 28/06/2021
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O presente trabalho, tem o objetivo de discutir a relação entre autonomia e poder do professor de filosofia no processo de formação escolar à luz da argumentação foucaultiana através da discussão do poder, do poder-saber, e como essa relação ocorre no espaço escolar. A manifestação do poder nessa relação, da educação e da formação em diferentes épocas pois é uma problematica histórica e pode ser percebida desde que o homem passou a ter a noção de dominação de uns sobre os outros. Assim, pretendemos, por meio de uma análise filosófica, mas tambem histórica e política, apresentar breves aportes acerca de como esse conceito tem evoluído na sociedade em diferentes épocas e como as relações de poder têm influenciado também os processos de educaçãc, formação e transformação da sociedade. Para tanto, utilizamos uma abordagem baseada nos estudos dessa temática feitos pelo filosofo francês Michel Foucault. De forma mais específica, voltamo-nos para suas concepções de arqueologia do saber e de genealogia do poder, pontos de partida que permitem que Foucault desenvolva uma investigação do comportamento humano que abre portas para o processo de formação do sujeito. Dessa forma, examinaremos o ensino da filosofia na escola, as dificuldades encontradas pelo docente de filosofia para exercer a docência, como o professor pode equacionar essa rel açüo de autoridade que tem sobre o aluno, para que o processo de ensino/aprendizagem seja de fato transformador, ou seja, sem imposição de regras na condução e produção do conhecimento crítico/reflexivo, para a formação do educando. Assim, ocupamo-nos com as diversas manifestações do poder apontadas por Foucault, desde como se utiliza do poder como instrumento de punição e coerção social, passando pelas formas de poderpreconceito, para alcançarmos o poder disciplinar nas escolas, hospitais e quartéis, cujo objetivo é selecionar, examinar, eliminar e excluir. Assim, observa-se que o poder esta intimamente ligado à questão da educação e da formação, resultando na contemporaneidade, um poder vigilante, que se mantém alerta, analisa, observa, controla, vigia, dociliza, educa e forma, mas que também pune, exclui, elimina e segrega. Nosso referencial teórico parte a partir das obras de Foucault, Vigiar e Punir (2013), Historia da Loucura (2013), A Ordem do Discurso (1996), e Em Defesa da Sociedade (1999)
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WILLIAM TAVARES DE LIRA
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O procedimento da razão pública como proposta metodológica para uma educação cidadã
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Orientador : ELNORA MARIA GONDIM MACHADO LIMA
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Data: 19/06/2021
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Pretendemos com esta dissertação apresentar uma proposta metodológica aos professores de filosofia da rede estadual de educação da cidade de Gilbués-PI, que articule os conceitos estruturadores da temática política/cidadania com o exercício do poder político dos educandos como cidadãos. O desenvolvimento dessa proposta parte da seguinte problemática: que tipo de metodologia prática pode contribuir para a formação de um sujeito livre e consciente do seu dever cívico numa aula de filosofia? Nesse sentido, partindo do princípio de que o conceito de democracia deliberativa é compreendido como um modelo ou processo de deliberação no qual, necessariamente, acontece o debate público, apresentamos o procedimento da razão pública rawsiano como uma possível ferramenta de ensino para uma prática metodológica que objetiva ampliar as discussões sobre a formação de um cidadão crítico e consciente. A partir desse ponto, é necessário que se compreenda o procedimento da filosofia política de John Rawls como espaço em que se discutem questões fundamentais, que sempre visam ao bem comum. A fundamentação teórica deste trabalho baseia-se na teoria política de John Rawls. Entretanto, levando em consideração que o ensino de filosofia, impreterivelmente, precisa ser amparado por aspectos legais, fez-se necessária uma análise documental, a qual permitiu conceber uma ideia concreta, sem preconceito, sobre o status da filosofia como disciplina no sistema educacional nacional em diferentes períodos da história. Essa análise permitiu que algumas questões sobre a filosofia como disciplina e a educação cidadã como proposta temática integrassem-se ao processo de discussão, sem ideias preconcebidas. Verdade seja dita, não é de hoje que a filosofia encontra resistência para firmar-se como disciplina, assim como a educação para a cidadania, muitas vezes, é vista com desconfiança pelos docentes da área. Por isso, esperamos que o conjunto de referências empregado para o desenvolvimento teórico desta dissertação cumpra dois propósitos específicos: quebre preconceitos e enriqueça o debate sobre práticas metodológicas para o ensino de filosofia.
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EMANUEL AVELINO ALVES JUNIOR
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"INVOCAÇÃO ÀS MUSAS... A EXPANSÃO DO IMAGINÁRIO ATRAVÉS DA ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA O ENSINO DE FILOSOFIA
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Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
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Data: 28/05/2021
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“Invocação às Musas...” tal era a expressão utilizada pelos poetas (aedos) na Grécia antiga antes do canto de suas peças – epopeias e romances. As Musas, por sua vez, eram deusas associadas à música, ao conto e à memória, sendo estas as responsáveis pela produção poética, enquanto que o poeta era seu porta-voz. Assim, para os gregos da antiguidade a produção poética tratava-se de um feito divino. Ademais, foi por meio dessas histórias que Homero, o maior dos poetas gregos, se tornou o grande educador da Grécia, uma vez que, ao cantar, narrar ou contar essas histórias – Ilíada e Odisseia –, não só transmitia, tradições militares do mundo helênico, com certa base histórica, mas uma miríade de experiências e imagens para a formação e expansão do imaginário daquele povo e, com isso, melhorando a sua capacidade de pensamento. Diante disso, acredita-se, em certa medida, que ensinar filosofia é transmitir conceitos e/ou conteúdos sobre a história da filosofia, o que certamente, é condição sine qua non para que o processo de ensino filosófico esteja imbuído da sua própria história, sendo esse matéria prima para filosofar. No entanto, transmitir a história da filosofia sem vivificá-la no pensamento do aluno é, antes de tudo, um processo reducionista da própria filosofia sem imaginação. Assim, é preciso tal como Homero, proporcionar um processo que perpassa a mera concepção pedagógica de ensino. Partindo deste entendimento, a seguinte questão se evidencia: Como ensinar filosofia? Esta questão é, ela mesma, um problema filosófico. Por isso, buscaremos como possibilidade e/ou proposta para o ensino de filosofia, demostrar que: a arte de contar histórias pode trazer à tona uma prática para além da transmissão de conteúdo. Desse modo, no primeiro momento, buscou-se discutir o ensino da filosofia como problema filosófico; em seguida, dialogou-se acerca do papel da literatura e/ou humanidades na formação humana e, por último, foi demostrado como arte de contar histórias pode fomentar a formação e expansão do imaginário da criança e do adolescente no ensino de filosofia. Entrementes, este trabalho foi realizado na escola Pequeno Príncipe em Floriano/PI, especificamente, com os alunos do 6°, 7° e 8° ano do Ensino Fundamental II. Ademais, como base teórica, o estudo está sustentado nas postulações de Gallo (2012), Cerletti (2009), Porta (2002), Nussbaum (2015), Keen (2017), Oliveira (2014), Colomer (2007), Coelho (2000), Aristóteles (2010) entre outros. Por meio da intervenção filosófica este trabalho possibilitou novas experiências e vivências ao proporcionar novas sensações e emoções pela via da imaginação. Frente ao exposto, foi possível vivenciar outras vidas e épocas – um outro ethos, o que fomentou, em certa medida, a empatia e a tolerância por parte das crianças e adolescentes. Além disso, o presente estudo mostrou-se uma possibilidade livre e criativa para o ensino de filosofia para além da simples transmissão de conteúdo.
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FRANCISCO CLAILSON DE CARVALHO LIMA
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A EDUCAÇÃO EM SÊNECA: Os "exemplos éticomotivacionais" no exercício diário do docente como terapia no enfrentamento das adversidades
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Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
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Data: 27/05/2021
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Esta dissertação, que aborda os "exemplos ético-motivacionais" no exercício diário do docente como “terapia” no enfrentamento às adversidades” tem como objetivo analisar como a filosofia estoica pode oferecer elementos para a qualidade de vida dos docentes. A partir da reflexão acerca da obra de Sêneca Cartas a Lucílio, surgiu a seguinte problematização: os exemplos éticos-motivacionais senequianos podem contribuir como “terapia” no encorajamento do docente nas relações profissionais e pessoais frente à realidade frenética em que estamos expostos na escola e na sociedade? Tal problemática faz-se necessária por partir da hipótese de que a escola é um espaço no qual os valores éticos estão em constante aperfeiçoamento em sua aplicação. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, fundamentada na obra Cartas a Lucílio, do filósofo Sêneca, e com suporte também em autores como Diógenes Laércio (2008), Paul Veyne (2015), Luizir de Oliveira (2010), Pierre Hadot (2014, 2016), Michel Foucault (1985), Jean Brun (1987), entre outros. Esta pesquisa também apresenta uma proposta de intervenção a partir das narrativas dos docentes estabelecer os pontos de diálogos possíveis entre o estoicismo e o contexto na atualidade. A relevância desta pesquisa se apresenta coincidentemente em tempos de pandemia o que colabora ainda mais com a possibilidade por meio dos “exercícios espirituais” o indivíduo tornar-se “exemplo ético-motivacional” para si e também para o outro.
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ROGÉRIO SÉRGIO DOS SANTOS
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Ensino de filosofia numa perspectiva da ética das virtudes aristotélica: uma proposta de intervenção para o ensino médio.
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Orientador : JOSE RENATO DE ARAUJO SOUSA
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Data: 13/04/2021
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A presente pesquisa intitulada ensino de filosofia numa perspectiva da ética das virtudes aristotélica como uma proposta para o ensino médio tem como objetivo geral promover uma ação intervencionista através da prática docente em filosofia, no nível médio da Escola Família Agrícola Santa Ângela, com o propósito de trazer para o meio escolar reflexões pautadas nos saberes éticos, a fim de ampliar os debates em sala de aula sobre a temática. Propõe-se trabalhar no contexto escolar a partir de uma reflexão sobre a ética das virtudes aristotélica em sala de aula com os discentes; discussão sobre a ética das virtudes aristotélica no ensino de filosofia e a utilização através de estratégias de ensino, a reflexão e o diálogo sobre a perspectiva das virtudes ética aristotélica como possível evolução crítica reflexiva dos discentes. A pesquisa se desenvolve a partir de um estudo teórico baseado numa análise bibliográfica em livros, artigos, periódicos, dissertações, teses e de um estudo prático em campo, com uma pesquisa ação, através da execução de uma proposta de intervenção filosófica na sala de aula. O trabalho em prática tem um caráter filosófico de cunho qualitativo pautado na obra ética a Nicômacos de Aristóteles, assim como de outros comentadores que discutem o tema. Optou-se em trabalhar tal temática numa proposta de intervenção, por achar ainda que a escola é o melhor lugar para se discutir os valores éticos. E por acreditar que trabalhar nessa perspectiva possa estimular os discentes a refletir sobre os dilemas éticos que afetam a relação de convivência no espaço escolar e sociedade.
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GLEISON LIMA DA SILVA
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O ENSINO DE FILOSOFIA NA PERSPECTIVA DELEUZIANA: uma possibilidade interventiva para o Ensino Médio
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Orientador : JOSE RENATO DE ARAUJO SOUSA
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Data: 26/03/2021
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A presente dissertação, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), analisa o ensino de Filosofia sob a perspectiva deleuziana enquanto possibilidade interventiva para o Ensino Médio, uma vez que ao pensar as linhas e o percurso histórico do ensino de filosofia no Brasil, nesse âmbito, é possível perceber inúmeros paradoxos e tensões curriculares, que não favorecem o ensino desta disciplina como força capaz de afetar o discente na criação de seus próprios conceitos, impedindo, assim, que essa atividade venha a se tornar um exercício verdadeiramente filosófico. Frente a isso, o presente estudo tem como objetivo geral problematizar a prática docente dos professores de filosofia de duas escolas de Ensino Médio da rede pública estadual, localizadas no município de Castelo do Piauí-PI, tomando por base a dinâmica de trabalho com a disciplina de filosofia em sala de aula. Trata-se de uma proposta de intervenção filosófica que sugere a ressignificação das aulas focadas na mera transmissão de conteúdos, apresentando a concepção Deleuziana como uma possibilidade que, buscando associar os conteúdos do Ensino Médio com os saberes filosóficos dentro de uma perspectiva ontológica, pode vir a contribuir para a construção de novos conceitos na escola e na comunidade. A presente pesquisa utiliza-se do percurso metodológico cartográfico como alternativa de abordagem e intervenção; por tratar-se de um procedimento que acompanha processos ocorridos num determinado território existencial em que a realidade é tomada sob a perspectiva da multiplicidade, é aberto, flexível e coerente com a perspectiva filosófica adotada nesta dissertação. A partir dessa constatação, buscam-se fundamentos teóricos, à luz dos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, bem como em alguns de seus principais comentadores, tais como Cerletti (2009), Gallo (2012) e Kohan (2000), dentre outros.
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