Dissertações/Teses

2024
Descrição
  • MOISANIEL LOPES DE ALMEIDA JUNIOR
  • A ética deontológica em Kant e as suas aplicações no cotidiano do aluno: Uma intervenção filosófica para o ensino médio.
  • Orientador : ELNORA MARIA GONDIM MACHADO LIMA
  • Data: 14/10/2024
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  • Esta pesquisa tem como objetivo desenvolver, por meio de estudos de caso, uma sequência de ensino que possa estimular a consciência moral dos alunos no ensino médio com base na deontologia e no imperativo categórico kantiano. O trabalho acadêmico está dividido em quatro partes. O tópico 1, baseado nas duas obras “A Crítica da Razão Pratica” e “Metafisica dos Costumes” e a analise do comentador kantiano, Paton (1946), em sua obra “The CategoricalImperative”, discutindo a lei moral de Kant como fundamento da razão prática além de tratar sobre a relação da ética kantiana e o utilitarismo. No tópico dois é realizado uma analise da deontologia de kant em um ambiente escolar e o seu campo de investigação. No tópico 3, o presente projeto tem como desígnio a elaboração de uma abordagem pedagógica filosófica que explore a aplicação da deontologia kantiana e da moralidade no contexto da sala de aula  No tópico 4, são apresentadas as conclusões do trabalho, que destaca um aprendizado a partir da  verdadeira liberdade humana que emerge quando as ações são orientadas pelo dever.  Esse projeto também contribuiu para que os estudantes exerçam a sua liberdade de maneira autônoma, ou seja, autodeterminassem a sua conduta moral em prol da boa vontade. Por fim, são tiradas conclusões com base nas questões de pesquisa deste projeto.

  • GEORGIO FAMARION RODRIGUES LACERDA
  • A FILOSOFIA DA PRÁXIS NO ENSINO MÉDIO E O CINEMA COMO RECURSO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO: uma possiblidade na perspectiva de Antônio Gramsc
  • Orientador : PEDRO PEREIRA DOS SANTOS
  • Data: 30/09/2024
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  • O presente trabalho investiga a relação entre a filosofia da práxis no ensino médio e o cinema, visto que esse pode ser uma das possibilidades de mediação para a apropriação e a reelaboração do acervo filosófico construído pelo sujeito histórico. O estudo fundamenta-se no pensamento de Gramsci e, para tanto, foram analisados alguns Cadernos do Cárcere, bem como o pensamento de seus intérpretes. Pelo estudo realizado, percebe-se que o ímpeto filosófico é inerente ao ser humano, na medida em que cada sujeito possui uma determinada concepção de mundo por meio da qual compreende a sua realidade e indaga sobre ela, mesmo que de forma não sistematizada. Não se pode   compreender a filosofia como um exercício intelectual distante da realidade, mas como uma prática política e cultural que desempenha um papel ativo na transformação do mundo. Gramsci entende que a educação, a cultura e a economia estão intimamente ligadas à atividade filosófica, posto que o humano aprende a ser ele mesmo em um contexto de múltiplas determinações. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que o ser social organiza a sociedade, ele também é conformado por ela, o que não significa a anulação absoluta de sua liberdade, mas que sua visão de mundo resulta de um determinado contexto econômico, político, social e cultural. Ademais, Gramsci concebe o aprendizado como construção, pois ao tempo em que o sujeito histórico assimila o conhecimento herdado e adquirido, também o reelabora para a intervenção crítica na sociedade em que faz parte. Daí que a escola, pensada pelo filósofo, cumpre o importante papel de não somente transmitir o arcabouço teórico-cultural da humanidade, como também ser veículo de aquisição e transformação de uma cultura hegemônica por uma nova hegemonia emancipadora. Assim, espera-se contribuir para que o ensino, fundamentado na filosofia da práxis, por meio do cinema, tenha um caráter provocador para a reflexão crítica e para a superação da sociabilidade legitimadora da subalternidade. Daí acreditarmos ser o cinema um poderoso recurso, desde que o professor de filosofia assuma uma postura semelhante à do intelectual orgânico, que visa refletir sobre as diversas questões do cotidiano dos sujeitos sociais para elevá-los do senso comum à consciência filosófica. Portanto, Gramsci compreende que a filosofia, a educação e a escola são constructos históricos que não podem estar à serviço da subalternização dos indivíduos. Mas, que promovam uma cultura para a formação humanista, comprometida com o desenvolvimento das diversas dimensões dos sujeitos sociais.

  • HUGO JARDEL BARROS DE ABREU
  • O papel formador do ensino de filosofia no ensino fundamental maior a partir dos conceitos de Sócrates
  • Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
  • Data: 08/08/2024
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  • O presente trabalho apresenta análises dos conceitos formulados por Sócrates de Atenas (470 – 399 A.E.C) visando fundamentar o papel da Filosofia inserida no contexto do ensino fundamental maior na escola pública, em específico do 6º ano, tendo em vista que sua inclusão na grade do ensino fundamental não é obrigatória, mas que existem em vários municípios pelo Brasil a exemplo do município maranhense de Caxias, cidade que fica a 281 km da capital São Luís. Além disso, a lei que fundamenta o ensino básico, e em específico, do ensino fundamental maior (conhecida por LDB 9394/96) versa sobre habilidades que devem ser trabalhadas nesse segmento, portanto, a partir das análises dos conceitos e diálogos de Sócrates, podemos concluir que a Filosofia pode ser uma contribuidora nesse processo de construção civilizatório, crítico e humano. Toda a prática da filosofia na infância foi pensada na realidade da escola pública de zona rural, respeitando seus limites e suas contradições nesse processo de construção do ensinar filosofia.

  • WENER GUIMARÃES MARIZ FURTADO
  • MÚSICA E FILOSOFIA EM DIÁLOGO: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
  • Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
  • Data: 19/07/2024
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  • O presente trabalho tem por objetivo demonstrar de que modo a articulação entre música e filosofia pode contribuir para mediar o conhecimento filosófico para o ensino Fundamental Maior e Ensino Médio. Segundo Herbert Marcuse (1973) a sociedade tecnológica da maneira que organiza a sua práxis social fomenta e milita contra as perspectivas de libertação dos indivíduos, ocasionando um pensamento que não os leva a contestar os fatos, bem como, os direciona para fins específicos. No que diz respeito ao processo ensino aprendizagem da disciplina de filosofia é notório como no interior das sociedades tecno capitalistas, permeia um pensamento que não leva os alunos a desenvolverem uma consciência crítica que venha lhes possibilitar a entender a relevância dessa disciplina para a sua formação humana. Ainda segundo Marcuse, a sociedade tecnológica é repressiva como um todo, ao passo que, instrumentaliza a natureza, os seres humanos, além dos mais diversos sistemas e áreas da sociedade. Porém, segundo o filósofo, em sua Dimensão Estética (1977) a arte em seu total de qualidades estéticas possui autonomia perante as relações sociais. Desse modo, entendemos que a articulação que conecta música e filosofia em um plano dialógico e metodológico permanente talvez possa contribuir para proporcionar um debate mais proveitoso entre o docente e os seus alunos, podendo também os levar a um despertar de consciência sobre todas as contradições prevalecentes dentro da sociedade vigente.

  • FRANCISCO ROGERIO DE CARVALHO MOURA
  • As contribuições da teoria Kantiana na educação a partir dos conceitos de autonomia e liberdade
  • Data: 06/06/2024
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  • O objetivo da presente investigação bibliográfica consiste em analisar como a educação baseada no ideal de autonomia e liberdade proposto por Kant pode ajudar a pensar a educação nos dias atuais na realidade de um país como o Brasil, que diante dos maus investimentos feitos pelos governos nesta área, levando a uma situação de heteronomia, tornando a população dependente a princípios que não condizem com uma vida humana digna em seu sentido mais significativo, como cidadãos cônscios dos seus direitos e deveres e participantes de sua vida social autêntica, baseada na liberdade. Tudo isso aliado a falta de estrutura da escola e família, proporcionando cansaço e desesperança na educação. A presente investigação consiste em analisar o que realmente pode ser compreendido como autonomia e liberdade na perspectiva kantiana para a educação. Em vista da proposta levantada buscou-se uma fundamentação teórica com o objetivo de projetar o ensino de filosofia como uma experiência do pensamento demonstrando ser uma disciplina relevante porque permite um encontro que induz ao ato de pensar, permitido que o estudante construa sua própria visão sobre a realidade que podemos delinear como educação menor onde o ensino de filosofia deve oportunizar o protagonismo. Desse modo, tem-se a intensão de contribuir para o aprimoramento do ensino de filosofia superando uma visão de senso comum estimulando ao autoconhecimento, o enfretamento em sociedade, aproximando-a cada vez mais das áreas de conhecimento do sistema educacional.

  • MOISANIEL LOPES DE ALMEIDA JUNIOR
  • A ética deontológica em Kant e as suas aplicações no cotidiano do aluno: Uma intervenção filosófica para o ensino médio.
  • Orientador : ELNORA MARIA GONDIM MACHADO LIMA
  • Data: 25/04/2024
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  • Esta pesquisa tem como objetivo desenvolver, por meio de estudos de caso, uma sequência de ensino que possa estimular a consciência moral dos alunos no ensino médio com base na deontologia e no imperativo categórico kantiano. O trabalho acadêmico está dividido em quatro partes. O tópico 1, baseado nas duas obras “A Crítica da Razão Pratica” e “Metafisica dos Costumes” e a analise do comentador kantiano, Paton (1946), em sua obra “The Categorical Imperative”, discutindo a lei moral de Kant como fundamento da razão prática além de tratar sobre a relação da ética kantiana e o utilitarismo. No tópico dois é realizado uma analise da deontologia de kant em um ambiente escolar e o seu campo de investigação. No tópico 3, o presente projeto tem como desígnio a elaboração de uma abordagem pedagógica filosófica que explore a aplicação da deontologia kantiana e da moralidade no contexto da sala de aula No tópico 4, são apresentadas as conclusões do trabalho, que destaca um aprendizado a partir da verdadeira liberdade humana que emerge quando as ações são orientadas pelo dever. Esse projeto também contribuiu para que os estudantes exerçam a sua liberdade de maneira autônoma, ou seja, autodeterminassem a sua conduta moral em prol da boa vontade. Por fim, são tiradas conclusões com base nas questões de pesquisa deste projeto.

  • MARIA HELENA DE SOUSA MELO
  • O ensino de filosofia, a sociedade de controle e a criação em Deleuze
  • Orientador : JOSE RENATO DE ARAUJO SOUSA
  • Data: 10/04/2024
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  • Este estudo questiona o atual projeto educacional brasileiro, ao que ele confere à filosofia. O problema é o papel a que ela se presta, quando se descaracteriza para contribuir com a ordem estabelecida. Quando se tem uma educação como máquina de captura e uma filosofia leniente a seu favor, se tem uma arquitetura da construção social de sujeitos conformadores, motivo pelo qual se buscou explorar uma rota diferente daquela empreendida nos documentos oficiais. Neste sentido, para responder à questão, “é possível, a partir de Deleuze, pensar uma filosofia em sala de aula que explore os limites da máquina social escolar e incite os alunos a se afirmarem na diferença, como uma atividade de enfrentamento ao domínio?” escalou-se como objetivo geral, cartografar o ensino de filosofia justaposto no atual modelo educacional brasileiro, dado na esteira da sociedade de controle, para mapear linhas de fuga que escapem ao controle escolar e se ponham em fluxo de modo a afirmar a diferença. Para não dá aceitação à filosofia conformadora, buscou-se intercessão em Deleuze porque denuncia a estratificação capitalista e suscita acontecimentos capazes de resistir à ordem. O percurso traçado se deteve na exploração de três aspectos, primeiro na localização do modelo econômico e sua implicação na produção genética da escola neoliberal e a tarefa confiada à filosofia nesse agenciamento; segundo, na denúncia do atual projeto educacional brasileiro no que confere à filosofia, a partir dos conceitos sociedade de controle e processos de subjetivação; terceiro, faz a crítica do modelo pela proposição da filosofia da diferença em sala de aula, como linha capaz de incitar focos de resistência à maquinaria agenciada no campo social e criar possibilidades de vidas menos presas à ordem. Da denúncia à crítica, argumentou-se a partir do caráter da verdade como produção. Tudo é construção política. O neoliberalismo foi produzido e racionalizado modelo universal. Na sociedade de controle, os sujeitos são constituídos por processos de subjetivação a partir da legítima causa neoliberal, têm seus desejos esmagados para adequar-se à forma desejante capitalista, logo, a escola passa a reproduzir o neoliberalismo e a filosofia é descaracterizada para adequar-se ao modelo. Se tudo é política, é preciso suscitar uma política de resistência ao modelo para a filosofia. Face à questão problema, a mobilização da crítica se referenciou no diferencialismo deleuziano, pela experimentação do filosofar em sala de aula, a partir da imagem do pensamento que desloca o desejo para o campo produtivo. Nessa esfera, a aprendizagem é involuntária, o aluno entra em contato com a experiência real, em alguma medida pode afetar, ser afetado, e forçado a pensar diferente. A intervenção foi realizada objetivando explodir com as amarras da escola e explorar uma linha de fuga para o filosofar a partir do problema da totalidade do neoliberalismo. A valoração desse modelo foi inquietada por éticas tanto prisioneiras do devir e do esmagamento do desejo, quanto afirmativas do devir e do desejo intensivo, onde os alunos foram provocados a fazer a crítica da ética menos presa à dominação e mais consciente da lógica de mercado.

  • CLÉSIO OLIVEIRA LIRA
  • A EPISTEMOLOGIA PRAGMATISTA DE JOHN DEWEY: UMA CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO DE FILOSOFIA
  • Orientador : EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
  • Data: 26/03/2024
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  • O estudo que se segue tem por finalidade uma investigação teórica com conteúdos filosóficos
    trabalhados a partir das experiências dos alunos enquanto possibilidades reais de aprendizado
    contextualizado, crítico e investigativo. A base para essa investigação parte das contribuições
    epistemológicas de John Dewey, sobretudo, no que se refere à ideia de uma aprendizagem
    significativa baseada na unidade ‘pensamento e ação’. A distância dos temas e abordagens filosóficas
    da dimensão prática da vida das pessoas torna necessária a problematização das questões filosóficas
    em suas experiências de vida diárias, fazendo-as perceber a filosofia não como contemplação da
    realidade, mas como experiência de vida. A pesquisa discorre sobre o pragmatismo ou
    instrumentalismo de Dewey, revisitando sua extensa obra bibliográfica e, dentro dela, categorias
    como concepção de experiência, verdade, educação e democracia. Essa abordagem nos faz perceber
    que o ensino que se constrói com base na experiência, amparado por uma filosofia que se apoia nos
    conceitos científicos de verificação, falibilidade e reflexão, se torna mais efetivo na resolução dos
    problemas sociais e reais dos seres humanos. Consideramos que a cognição, advinda das
    consequências da experiência, é o instrumento de uso operativo que nos conecta ao mundo. A
    pesquisa tem como finalidade refletir sobre a atualidade da teoria deweyana ao sentido de fazer o
    ensino de filosofia uma prática fundamental para o desenvolvimento intelectual e social dos
    educandos e apresentar uma proposta metodológica de uma aula laboratorial para os professores da
    rede estadual de ensino da cidade de Gilbués que articule esses dois processos. O estudo visa analisar
    criticamente as diretrizes sobre o ensino de filosofia contidas na BNCC – Base Comum Nacional
    Curricular à luz da epistemologia deweyana.

  • ERNANDO JOSÉ NASCIMENTO DOS SANTOS
  • Ensino de filosofia e o pensamento de Hannah Arendt: por uma reconstrução da visão educacional
  • Orientador : DEYVISON RODRIGUES LIMA
  • Data: 22/03/2024
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  • Esta pesquisa trata da filosofia de Hannah Arendt e uma proposta de ensino baseada em seu pensamento. O problema da pesquisa é a compreensão da crítica arendtiana da condição humana ao animal laborans e a análise dos modos pelos quais a condição do homem atual interfere na educação. Tem como objetivo uma reconstrução da visão sobre o campo educacional a partir do posicionamento crítico no campo político a promover o alargamento do pensamento reflexivo, proporcionando condições de possibilidades para enxergar a política como esfera da vida humana a qual envolve ação, espaço público e liberdade. Ao passo que se pergunta como a Educação sofre interferência a partir da atividade do trabalho, acredita-se que com tal proposta de pesquisa e a adequada intervenção educacional, seja possível compartilhar com jovens do Ensino Médio um conjunto de saberes sobre política, espaço público e ação, principalmente na perspectiva de Arendt. Para tanto, a dissertação é dividida em três capítulos, a saber, a reconstrução do problema, a filosofia e seu ensino e, por fim, uma proposta de intervenção a ser realizada na escola. Como conclusão, apresentamos algumas condições de possibilidade de reconstrução da visão sobre a Educação e o homem contemporâneo.

     

  • GENIVAL SANTOS DE OLIVEIRA
  • Pensando identidade de gênero nas escolas a partir de Judith Butler: Seja queer você quiser
  • Orientador : LUCAS NOGUEIRA DO REGO MONTEIRO VILLA LAGES
  • Data: 28/02/2024
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    A presente dissertação enfrenta o problema de como pensar uma educação que trabalhe a questão da identidade de gênero, de modo a promover igualdade e liberdade. O objetivo central é analisar e compreender como a teoria queer de Judith Butler desafia e reconfigura as noções tradicionais de identidade de gênero e sexualidade, investigando como suas ideias influenciam e moldam as discussões contemporâneas sobre questões LGBTQIA+ e os debates sobre poder, performatividade e normatividade na sociedade. O trabalho busca explorar a subjetividade e as experiências individuais e coletivas dos alunos. O principal marco teórico é a obra de Judith Butler, em especial o texto "Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade". O método empregado é de pesquisa bibliográfica e revisão sistemática de literatura. A dissertação se divide em três capítulos. O primeiro capítulo percorre o caminho teórico de Judith Butler, apresentando o quadro geral de seu pensamento. O segundo procura apontar, esquemática e sistematicamente, como a teoria butleriana pode possibilitar intervenções no discurso escolar. O terceiro narra a intervenção realizada, os resultados da pesquisa e a confecção do “produto”, enquanto ferramenta filosófico-pedagógica. A intervenção realizada em sala de aula, que resultou na produção de ferramentas audiovisuais (vídeo aminado), leva à conclusão de que a teoria queer tem muito a contribuir para a promoção uma educação libertadora, por meio do ensino de filosofia nas escolas.


  • ISAAC SABINO CARDOSO
  • O problema das contradições filosóficas nos debates dos jovens secundaristas: uma saída pelo uso de ambientes virtuais criados a partir de Lévi e outros Filósofos das Tecnologias
  • Orientador : GILDASIO GUEDES FERNANDES
  • Data: 24/01/2024
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  • A presente dissertação é procedente da inquietação docente acerca de uma mistura de ideias contrárias encontradas nas dissertações e debates dos alunos do Ensino Médio e, após alguns anos de tentativas metodológicas para sanar essa deficiência, é que se descobriu que ela é de ausência de hábito de leitura. Mas, é só com o advento da internet, que surge uma possibilidade de intervenção com a criação de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) usando as Tecnologias da Inteligência e Comunicação (TIC) contemporâneas. Nisso, a problemática é a busca em responder à pergunta: como usar as tecnologias atuais de forma a dar coerência filosófica às dissertações e debates dos jovens? Como o trabalho tem pretensões para uso num ano letivo inteiro, vale citar em capítulo próprio, de forma superficial, a leitura de Filósofos da antiguidade, do século XIX e contemporâneos que podem ser trabalhados com os alunos para mostrar as oposições filosóficas, contudo, reforçase que, visto como saída para o problema do hábito de leitura, optou-se por criar um ambiente usando como referenciais tecnofilósofos como Lúcia Santaella (2004 e 2021), Gildásio Guedes (2008) e Pierre Lévy (1999, 2010 e 2011) para, como objetivo geral, usar as diversas tecnologias de forma a dar coerência filosófica às dissertações e debates dos jovens. Como objetivos específicos, buscar-se-á apresentar um AVA que incentive a discussão consciente e que induza a escrita dissertativa coerente; apresentar, de forma breve, Filósofos diversos que se contrapõem; por fim, nomear e descrever essa mistura de ideias contrárias como “ecletismo de ideias”, isso porque, num ano em que se observou com mais atenção às leituras e argumentos no Ensino de Filosofia no Ensino Médio, atestou-se uma vontade dos garotos em quererem uma intersecção entre temas que são contrários, e que, num olhar superficial, pode ser por conta do pluralismo e multiculturalismo brasileiro, e bem por conta disso é que se observou uma recusa ao debate para defender uma ou outra tese. Como futura intervenção, pretende-se avaliar a proposta por meio de textos e atividades via formulários eletrônicos, distribuídos em mensageiros instantâneos. O objetivo é ampliar o repertório cultural e filosófico dos jovens, incentivando o diálogo, desenvolvendo habilidades de leitura, escrita e argumentação para reconhecer e superar incoerências na realidade.

2023
Descrição
  • PAULO JORGE DE OLIVEIRA VIANA
  • Paradigmas da Filosofia Africana para uma educação antirracista brasileira.
  • Data: 05/12/2023
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  • O presente trabalho dissertativo aborda a importância dos Paradigmas da Filosofia Africana para uma educação antirracista brasileira na contemporaneidade, trazendo como base argumentativa elementos teóricos dispostos: (a) no aporte de filósofos africanos — Castiano, Oruka, Cheik Anta Diop, Aimé Cesaire, Ramose e Towa, dentre outros autores afrodiaspóricos — que forneceram subsídios para o processo de descolonização do pensamento tradicional eurocêntrico; (b) na contribuição de filósofos brasileiros — Adilbênia F. Machado, Gilberto F. da Silva, João Alberto S. Munsberg, Luís Thiago F. Dantas e Renato Noguera — , além do peruano Aníbal Quijano e do estadunidense Molefi K. Asante, que se debruçaram na reflexão da afrocentricidade como paradigma imprescindível para o desenvolvimento de um currículo pluriétnico e de práxis pedagógicas de enfrentamento ao racismo, especialmente o antinegro; (c) na apresentação de intervenções realizadas em sala de aula e de seus resultados como possibilidade de transgressão curricular para superação dos entraves oriundos da influência cultural eurocêtrica, racista e excludente. A pesquisa se apresenta com a característica de uma investigação qualitativa teórica e quantitativa, preocupada em retratar a complexidade do problema do racismo antinegro com o objetivo de proporcionar práxis pedagógicas pautadas na intersubjetivação e na afroperspectiva filosófica para uma educação antirracista, problematizando qualquer ideia preconcebida que favoreça intolerâncias, exclusões e atitudes racistas no ambiente escolar e na sociedade contemporânea. Nesse sentido, parte-se da contribuição de uma filosofia desde a África para uma descolonização epistêmica da atividade filosófica, indicando caminhos importantes frente aos desafios da Filosofia Africana: (a) o desenvolvimento de uma crítica às epistemologias e aos currículos eurocêntricos; (b) a descolonização curricular e metodológica como forma de descentralização filosófica e epistêmica; (c) a criação e aplicação de práxis pedagógicas que visem a interculturalidade nos referenciais da Filosofia Africana; (d) a introdução da intersubjetivação e do afroperspectivismo como práxis pedagógica curricular capaz de promover uma educação antirracista; (e) formação inicial e continuada dos docentes associada ao incentivo dos mesmos para que assumam um perfil afroperspectivista. Os paradigmas da intersubjetivação e do afroperspectivismo no currículo brasileiro são indicados como caminhos para a construção de uma educação baseada na cultura da paz, do respeito às diferenças e da mediação de conflitos.

     

2022
Descrição
  • RONALD SOUZA DA SILVA
  • INTERFACE HUMANO-COMPUTADOR E SEUS CONTRIBUTOS NO ENSINO DE FILOSOFIA
  • Orientador : GILDASIO GUEDES FERNANDES
  • Data: 01/11/2022
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  • A humanidade vive hoje um processo de aceleração das informações, imagens, conteúdos, pesquisas, tudo em tempo acelerado e dinâmico, visto as contribuições trazidas pelo avanço das tecnologias nos dias atuais. Percebemos, pois, que essas informações vindas por esse canal de desenvolvimento, permite uma ferramenta para elucubração em aspectos construtivos, na construção e formação da sociedade contemporânea. Partido desse princípio, a presente pesquisa, intitulada As Interfaces Humano-Computador e seus Contributos no Ensino de Filosofia, tem como objetivo, responder alguns questionamentos inerentes aos avanços tecnológicos, bem como seus contributos e problemas causados com má utilização dessa ferramenta. São elas:  quais as interfaces entre as mídias sociais e as estratégias do ensino de filosofia, mediante seus contributos para a formação do estudante nos diversos níveis da educação; os problemas causados pela má utilização dessas interfaces no processo de formação do indivíduo; as contribuições dos avanços tecnológicos para o ensino de filosofia.Nesse trabalho, buscaremos tratar de discussões acerca do uso dos recursos tecnológicos no processo ensino/aprendizagem. Trataremos de concepções, caminhos e problemas que esse processo enfrenta, nos reportando principalmente a dois princípios: a apropriação dos conhecimentos do referido recurso (TIC’s) por parte de professores e alunos, bem como o ensino de filosofia por meio desses recursos na formação crítica do aluno.

  • CLAUDIANA MARIA DA COSTA
  • O ensino da Filosofia e o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação: um estudo com alunos do Ensino Médio sobre o desenvolvimento da autonomia a partir do pensamento de Dewey.
  • Orientador : ELNORA MARIA GONDIM MACHADO LIMA
  • Data: 01/11/2022
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  • Este trabalho é uma pesquisa relativa à dissertação do mestrado profissional (PROF_FILO) da Universidade Federal do Piauí-UFPI no qual procurou-se apresentar uma discussão acerca do ensino de Filosofia mediada pelo uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC’s): um estudo com alunos do Ensino Médio sobre o desenvolvimento da autonomia a partir do pensamento de Dewey. Durante toda a sua carreira, Dewey, principal representante do Pragmatismo, desenvolveu uma filosofia que põe fim a dicotomia teoria e prática, mostrando através de um modelo educacional desenvolvido por ele essa integração.  Procurou-se saber como as tecnologias de comunicação e informação podem subsidiar o ensino de maneira que o estudante consiga se apropriar dos conceitos filosóficos e vinculá-los à sua vida prática, bem como conhecer as principais dificuldades enfrentadas pelo professor de Filosofia; relacionar pensamento e ação em Dewey e a prática pedagógica vivenciada por alunos e professores no chão da escola, demonstrando a importância da autonomia no processo de aprendizagem. O primeiro capítulo traz a contextualização sobre o uso das tecnologias digitais no âmbito escolar, reflexão com base na obra “O que é virtual” do filósofo contemporâneo Pierri Levy (2001).  Nela, ele aborda conceitos como virtualização e inteligência coletiva; buscou-se fazer a relação entre o ensino da Filosofia mediado pelas tecnologias e os seus usos no Ensino Médio à luz do Pragmatismo de John Dewey. No segundo capítulo, aborda-se a teoria de John Dewey, a forma como ele acolheu e desenvolveu temas e problemas pertinentes à Educação.  Por fim, traz-se os resultados referente ao desenvolvimento de um projeto que consistiu na produção de uma série de Podcast Reforço de Filosofia referentes aos temas trabalhados em aula. A veiculação deu-se através das principais plataformas de divulgação, como também em espaços comunitários como as rádios FM locais. O intuito é o de democratizar o acesso ao conteúdo, integrar alunos e professores, contribuir para a autonomia do educando bem como a consolidação do entendimento sobre os conteúdos trabalhados.  Espera-se, que este trabalho represente um avanço no sentido de trazer informações consistentes sobre o uso das TDIC’s como ferramentas pedagógicas no ensino de Filosofia, como ainda contribuir junto à academia e aos professores, sobretudo, da Educação Básica, com uma metodologia ativa, dinâmica e participativa que venha colaborar de fato com o saber e autonomia do estudante.

  • MARIVALDO DE OLIVEIRA MENDES
  • A CONTRIBUIÇÃO DO MÉTODO SOCRÁTICO NA ESCOLA: UMA PRÁTICA DO ENSINO DE FILOSOFIA
  • Orientador : JOSE RENATO DE ARAUJO SOUSA
  • Data: 14/10/2022
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    Esta pesquisa visa identificar o uso e a contribuição do método socrático como abordagem mediadora no ensino de filosofia nas escolas do Ensino Médio, com vista a responder como o método socrático, a partir de exercícios dialéticos, pode facilitar o ensino da filosofia. Desta forma, objetiva-se discutir a aplicação do método socrático como viés metodológico, independente da abordagem ou conteúdo da literatura filosófica, no ensino de filosofia no Novo Ensino Médio. Tendo como hipótese, a tese de que o uso do método socrático (dialética socrática como racionalização na solução dos problemas) pode ou deve melhorar a mediação da prática de ensino da filosofia na sala de aula. Essa pesquisa está seguindo os seguintes passos: 1) Análise da obra Apologia de Sócrates de Platão e outros diálogos socráticos, identificando a estrutura da utilização do método; 2) Discussão sobre o ensino de filosofia no Ensino Médio na ótica de autores contemporâneos, como Alejandro Cerletti (2003 e 2009), Silvio Gallo (2000, 2003 e 2012) e Walter Omar Kohan (2000, 2003, 2005, 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013), que de certa forma realizam o exercício dialético de Sócrates em suas abordagens filosóficas; 3) Proposição de um projeto pedagógico de disciplina eletiva, da parte diversificada do currículo do Novo Ensino Médio, como exercício dialético argumentativo da filosofia na sala de aula, com a realização de laboratório discursivo de temas variados, subsidiando a produção de ensaio filosófico pelos alunos. A partir da análise da obra Apologia de Sócrates e do contexto histórico dos fatos relacionados à defesa de Sócrates diante das acusações dos seus compatriotas atenienses constata-se na argumentação socrática desvinculação doutrinária específica, mas com uma preocupação recorrente de racionalização dos acontecimentos e de tornar coerente as leis da pólis, bem como uma preocupação intencional com formação das pessoas de sua época, mesmo que isso signifique ir contra os poderes constituídos e as tradições. Por isso, a pesquisa tenta explicitar como os exercícios dialéticos (nos diálogos socráticos) realizados por Sócrates na sua jornada de contrapor o dito do oráculo, a partir da sua afirmativa “só sei nada sei”, abrindo horizonte para novas possibilidade de conhecimento. E como esse exercício na sala de aula pode auxiliar o professor no ensino da filosofia.

  • DÉRIK WILLBERT LIMA PAIXÃO
  • USO DO RPG NO ENSINO FILOSÓFICO PARA O 1º ANO DO ENSINO MÉDIO E A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM COM ÊNFASE NOS JOGOS DE LINGUAGEM DE WITTGENSTEIN
  • Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
  • Data: 20/09/2022
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    Este trabalho desenvolve uma análise a partir da filosofia de Wittgenstein acerca dos problemas encontrados no ensino de filosofia para as turmas de 1º ano do Ensino Médio na Unidade Escolar Benjamin Baptista. Nesse processo se buscou perceber as mutações que ocorrem no uso da linguagem filosófica quando se compara a sua veiculação na academia e na sala de aula tanto por parte do docente de filosofia, como por parte dos profissionais de outras áreas. A filosofia de Ludwig Wittgenstein passa a mediar tal reflexão, partindo do conceito de jogos de linguagem para perceber a sua aplicação no ensino de filosofia. Esse estudo tem abordagem metodológica qualitativa, com pesquisa do tipo aplicada envolvendo uma amostra de 10 discentes e 10 docentes. Os dados a serão coletados através de questionários e formulários aplicados pelo pesquisador após instruir os discentes e docentes. Existe uma transição, pela qual passam os discentes da primeira série do ensino médio, que resulta num ambiente onde a filosofia pode encontrar um terreno fértil para a promoção da reflexão acerca da linguagem que permeia o pensamento humano e para isso também se investigará sobre os impactos da transdisciplinaridade que a filosofia deve ter em relação às demais disciplinas que integram o currículo básico do ensino médio. Aliás, será esta a maneira de se enfrentar o problema didático do contato com a filosofia no ensino médio, superando a mentalidade que confunde o filosofar com a aquisição de cultura filosófica por meio do mero repasse da história da filosofia. A presente pesquisa visa analisar o uso do RPG numa abordagem dos jogos de linguagem de Wittgenstein como meio de superar deficiências na aprendizagem da filosofia na primeira série do ensino médio.

     

     

  • BERNARDO SILVA ARAUJO
  • A FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO: uma análise sobre os interesses dos estudantes na perspectiva do filósofo István Mészáros
  • Orientador : PEDRO PEREIRA DOS SANTOS
  • Data: 14/09/2022
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    A presente pesquisa visa compreender a razão de ser do pouco interesse dos estudantes pela disciplina de filosofia no ensino médio. Para tanto, considera-se que o ato de ensinar filosofia é perpassado pelos fatores intrínsecos- que são aqueles próprios do processo de ensino e aprendizagem, como a figura do professor, do estudante, o conteúdo a ser ensinado, a metodologia e os recursos de ensino- como também pelos fatores extrínsecos de ordem econômica, política, social e cultural que, em larga medida, podem condicionar o ensino do professor em sala de aula.  Pelo estudo previamente realizado, identificou-se que há diversas pesquisas sobre o ensino de filosofia, mas que priorizam os fatores intrínsecos e secundarizam os fatores extrínsecos do processo educativo. Assim, explica-se de forma unilateral que o pouco interesse dos estudantes pela disciplina de filosofia é, sobretudo, uma questão de caráter intrínseco e que pode ser minimizada pelo domínio de conteúdo e a didática do professor. Na contramão, a pesquisa pretende demonstrar que, para compreender o pouco interesse dos estudantes, é preciso articular dialeticamente os fatores supracitados a fim de uma melhor intervenção no problema investigado. Nessa direção, fundamenta-se no pensamento do filósofo húngaro István Mészáros e no método materialista histórico dialético.   Espera-se contribuir para o debate acerca do ensino da disciplina, da formação do educador e do processo de apropriação do conhecimento comprometido com a luta pela superação da sociabilidade do capital.

  • ANA CÉLIA CARVALHO FERREIRA
  • PENSAMENTO E AÇÃO EM DEWEY: PRAGMATISMO E DEMOCRACIA
  • Orientador : EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
  • Data: 31/08/2022
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    A presente Dissertação de Mestrado foi intitulada "Pensamento e ação” em Dewey: Pragmatismo e Democracia. A problemática de pesquisa em questão trata de articular as categorias ‘pensamento e ação’ considerando-as como temas fundamentais da doutrina pragmatista, sobretudo pelo fato dessa corrente representar uma ruptura com a tradição filosófica que priorizou o absoluto, a abstração, a teoria em detrimento da experiência e da prática. A filosofia de John Dewey representa uma contribuição importante para o pensamento quando compreende que o pensamento é uma ferramenta de muitos e variados usos, sendo que seu papel principal é a ‘resolução de problemas’. Neste sentido, será agregada à análise sobre pensamento e ação a noção de democracia construida por John Dewey e, o papel que a experiência democrática exerce no campo da educação. O propósito é realizar a discussão proposta à luz dos objetivos que buscamos para o ensino de Filosofia.  A categoria teórica principal da filosofia pragmatista de Dewey é a noção de experiência, segunda a qual estamos em processos de interação, presente tanto na natureza quanto nas relações sociais, políticas e educacionais. O ser humano está em constante interação com a sua história, com as pessoas e as coisas. O objetivo principal é realizar uma investigação teórica sobre as concepções de Dewey que envolvem a relação pensamento e ação, presente em sua epistemologia pragmatista, portanto em sua concepção de conhecimento, a noção de experiência e por fim, o significado da experiência democrática e sua contribuição ao ensino de Filosofia. Os objetivos específicos visarão compreender a epistemologia pragmatista e sua unidade entre pensamento e ação; investigar a noção de experiência, sobretudo a experiência educativa fundada na atividade do pensamento que implica em resolução e problemas; realizar um estudo sobre a noção de experiência democrática e sua contribuição ao ensino de filosofia e por fim, apreseentar uma proposta metodológica para o ensino de Filosofia a partir das contribuições do pragmatismo de John Dewey.Trata-se de um estudo teórico de natureza bibliográfico que tomara a obra do autor pesquisado com base nos seus textos e no contexto e a partir da delimitação produzida pelo estudo, ou seja, para fins da nossa investigação serão consideradas as seguintes categorias de análises: Pensamento e Ação; Experiência, Resolução de Problemas, Experiência Democrática e Ensino de Filosofia. Para que os propósitos da Dissertação sejam satisfatoriamente alcançados a pesquisa tomará por base as seguintes obras de Dewey: Reconstrução em Filosofia (1920); Experiência e Natureza(1925); Como Pensamos (1909); Democracia e Educação(1979); A Questão da Certeza( 1929), além de textos de intérpretes de Dewey e escritos atuais sobre ensino de filosofia.

  • ANTONIO JOSE DOS SANTOS SOUSA
  • O ESPAÇO FILOSÓFICO COMO FERRAMENTA DE RESISTÊNCIA ÉTNICORACIAL DOS CORPOS NEGROS
  • Orientador : LUCAS NOGUEIRA DO REGO MONTEIRO VILLA LAGES
  • Data: 31/08/2022
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    Esta pesquisa intitulada: “O espaço filosófico como ferramenta de resistência étnico- racial dos corpos negros” tem como tema estudo do ensino de filosofia sobre um recorte étnico- racial, na instituição de ensino Prof.ª Eliza Sousa, situada na cidade de União, no Estado do Piauí. Esse estudo apresentar propostas de intervenção, no ensino escolar de filosofia, capazes de problematizar as questões étnico-raciais, permitindo a difusão de discursos antirracistas e a ressignificação/resistência de corpos negros assim como também insere  nos debates da disciplina de filosofia autores e conceitos que contextualizem reflexões sob a perspectiva étnico-racial e a educação antirracista; analisa também os dispositivos de saber-poder racial implícitos ou explícitos da disciplina de filosofia da escola Professora Eliza Sousa tal como trabalha os conceitos-chave de poder disciplinar, biopolítica e governamentalidade, oriundos da filosofia de Michel Foucault, com foco nas relações étnico-raciais nas instituições escolares. Desse modo, o problema de pesquisa é pensar, a partir do ensino filosófico, formas representativas de resistência aos mecanismos biopolíticos que excluem as relações étnico-raciais da construção de narrativas educativas. O estudo afirma que: a inserção de leituras representativas acerca do pensamento étnico-racial no ensino escolar de filosofia, em uma sociedade como a nossa, instrumentalizada pelo pensamento eurocêntrico, pode contribuir profundamente para a construção de um pensamento crítico sobre o racismo. Nesse contexto, a pesquisa se desenvolve a partir do estudo de alguns aportes das teorizações de Michel Foucault (2010) sobre os mecanismos biopolíticos de saber-poder que são exercidos sobre a vida como formas de governo, estudados pelo autor em sua trajetória literária no Collége de France. De igual modo, analisa-se as contribuições de Achille Mbembe (2018) do pensamento crítico pós-colonial, que narra formas de pensar o racismo no contexto social atual. Nessas discussões, procura-se associar também as ideias de Fanon (2008), Almeida (2020), Noguera (2014), Munanga (2016); bem como de outros pensadores que estudam formas de resistência às práticas racistas, dentro da perspectiva de um ensino de filosofia que contemple a pluralidade étnica e cultural de povos africanos e afro-brasileiros.

     

  • ROSANA CARVALHO BASTOS DO AMARAL
  • AS RELAÇÕES DE GÊNERO EM JUDITH BUTLER E O ENSINO DE FILOSOFIA: POR UMA ANÁLISE DOS CORPOS E SUA “ROUPA DE GÊNERO
  • Orientador : DEYVISON RODRIGUES LIMA
  • Data: 25/04/2022
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  • Esta pesquisa tem por tema a análise dos conceitos de gênero, a partir dos primeiros escritos de Judith Butler, mais especificamente, da obra “Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade” e suas relações com o cotidiano escolar. Para Butler, o corpo não é meramente matéria, mas uma construção através do discurso. Nesse contexto, analisa como o ambiente escolar instaura regras normalizadoras da diversidade sexual através de uma heteronormatividade que torna homogêneos as práticas e os corpos. Após a revisão conceitual, aborda o modo pelo qual a escola trata e reconhece esses corpos, sobretudo aqueles que não se enquadram no binômio sexo/gênero observados a partir de uma conduta heteronormativa. Diante disso, a pesquisa observa os mecanismos de subjetivação através dos quais há (re)produção dessa identidade, servindo de objeto de estudo de campo para uma intervenção nas aulas de filosofia no ensino médio. Assim, como conclusão, a intervenção filosófica consiste na inserção de apontamentos e material didático nas aulas de filosofia, em torno do conceito de gênero, corpo e abjeto.

2021
Descrição
  • ROSIVALDO DOS SANTOS SOUZA
  • FILOSOFIA DA PRÁXIS EM ANTÔNIO GRAMSCI: UMA ANÁLISE DA FILOSOFIA IMPLÍCITA NO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL (PEI) E NA TECNOLOGIA EMPRESARIAL APLICADA A EDUCAÇÃO PARA FINS DE RESULTADO (TEAR)
  • Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
  • Data: 24/09/2021
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  • Apesar de ser espaço público e plural, as Escolas de Referência em Ensino Médio de Pernambuco (EREM) tem sido mecanismo de colonização política e conformação ideológica. Serve ao discurso hegemônico que, no caso atual, enxerga nela um ambiente favorável a formação de capital humano. Essa pesquisa tem entendido a filosofia (visão de mundo) institucionalizada na educação básica de Pernambuco, Programa de Educação Integral (PEI), como ideologia contemporânea da competência, orientada pelo espírito capitalista neoliberal. Seu objetivo é desnaturalizar essa realidade do sistema de ensino pernambucano, retirando-a da condição de necessidade dos novos tempos e colocando-a na condição de discurso que conseguiu se tornar dominante. Buscando as condições sociais e históricas do discurso como intervenção filosófica e o materialismo histórico e dialético de Gramsci e a teoria do discurso de Laclau e Mouffe como instrumental teórico metodológico dessa intervenção, confrontaremos os conceitos e marcas identitárias do PEI e da TEAR. Destacamos ainda que intervenção filosófica nessa pesquisa é tensionamento discursivo, ou seja, análise materialista, histórico e dialética do discurso, e não simplesmente aplicação de metodologia de ensino de conteúdo filosófico. Esses dois elementos estruturantes das Escolas de Referência em Ensino Médio, trabalhando na formatação do sistema de ensino nos moldes da logística empresarial – planejamento sistemático e hierarquizado (SEC/GRE/EREM), no controle de qualidade (SAEPE/SAEB), no incentivo financeiro (BDE) – fortalece o ideário de formação controlada do ser humano.  Esses elementos constitutivos, sob aporte neoliberal, acabam atendendo os interesses do discurso hegemônico e fortalecendo, no sistema de ensino básico pernambucano, a presença de uma visão empresarial da vida, um modo de ser produtivo, eficiente e competitivo que, além de tentar ressignificar o modo operacional da escola e do sistema de ensino, busca conformar seu público a um novo tipo humano adequado as demandas do mercado. Tendo como metodologia uma revisão bibliográfica e como objeto a filosofia do PEI e do TEAR, concluímos que as EREM’s trabalham em sintonia com as demandas do neoliberalismo quando tentam transformar os jovens em capital humano.

     

  • FELICIANO DE JESUS COSTA
  • ADORNO: EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO À LUZ DA INDÚSTRIA CULTURAL
  • Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
  • Data: 22/09/2021
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  • Esta pesquisa fundamentada na teoria crítica da escola de Frankfurt discute a teoria crítica de Adorno e Horkheimer à indústria cultural. O problema que levou ao tema foi observado entre os alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Nossa Senhora da Paz, preocupados com o elevado numero de eliminação na prova de redação do Enem. Os motivos encontrados para essas reprovações foram: deficiência no poder de argumentação, habilidade de reflexão e organização de ideias (coerência, clareza, objetividade e adequação do tema ao gênero proposto), Acrescidos pela falta de treino de redação com exploração de temas filosóficos. O objetivo do trabalho foi demonstrar aos alunos a manipulação das informações através do controle da mídia, e as críticas feitas à indústria cultural por Theodor Adorno e Max Horkheimer. Esses filósofos denunciaram os instrumentos de escravização moderna do capitalismo, a manutenção do pensamento dominante, o oportunismo do lucro e aumento do capital, e apontaram a educação como objeto para a emancipação e a libertação do indivíduo. Na pesquisa bibliográfica foram exploradas a obra Dialética do Esclarecimento de Adorno e Horkheimer, principal âncora da pesquisa, as obras de Adorno, Educação e Emancipação, textos escolhidos da coleção Os pensadores, Eclipse da Razão de Max Horkheimer, obras de comentadores da escola de Frankfurt como: Luzes e Sombras do iluminismo, de Olgaria Matos, Filósofos e perspectivas educacionais vários autores, Dialética negativa estética e educação Bruno Pucci e outros, sites e artigos que trataram do tema. Na pesquisa-ação, buscamos: Pedagogia da autonomia e pedagogia do oprimido de Paulo Freire, Filosofia em sala de aula de Lídia Maria Rodrigues, Metodologia da pesquisa-ação de Michel Thiollent, e outros trabalhos de pesquisadores que deram suporte ao Projeto de Intervenção. Esta proposta está fundamentada nas práticas de redação, viabilizando melhores resultados no Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM).

     

  • ANTONIA CRISTIANA SOARES APOLÔNIO ANDRADE
  • A PARTIR DA EXPERIÊNCIA: JORGE LARROSA SOBRE O OFÍCIO DE PROFESSOR, A ESCOLA E O ENSINO
  • Orientador : DEYVISON RODRIGUES LIMA
  • Data: 31/07/2021
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  • Nesta pesquisa, apresentamos a escola, a educação e o ensino através de uma genealogia da experiência de aprender. Para isso, a ênfase na escola tanto como uma instituição moderna carregada por sua pretensão normalizadora, quanto um lugar de possível da experiência, ou pensando outra maneira, da experiência como possibilidade de uma nova realidade ou da diferença. Em tempos de abandono, reforçamos o elogio da escola, a partir de Jorge Larrosa. Assim, a infância, a experiência e a filosofia se cruzam ao pensar o ensino: a infância tratada como o momento original do começo do infinito – não de modo cronológico, mas sim como a origem sempre presente –, a experiência como aquilo que nos acontece e que se passa, por nós/em nós, e a filosofia como a infância do pensamento. Nesse contexto, o objetivo principal é abordar o ensino de filosofia – em específico, mas não apenas – como possibilidade da experiência, em vez de matérias ou conteúdos, mais afetiva do que formal, mais construtiva do que discursiva. No que diz respeito à possibilidade de uma intervenção prática, elaboramos uma proposta que diz da possibilidade de produção de um diário – diário de leitura (como produto final) – pelos estudantes, o qual aponta para a introdução de um novo mecanismo na escola, mais próximo de uma técnica de si de que de um mecanismo avaliativo, tendo em vista o conceito de experiência, a partir de textos de Jorge Larrosa, cuja finalidade é situar o saber da experiência no âmbito escolar e ainda do texto de Anna Rachel Machado para a construção da proposta de produção do diário de leitura.


  • FRANCISCO KLEBER FARIAS
  • O ENSINO DE FILOSOFIA COMO CONCEPÇÃO CRÍTICA A PARTIR DE KARL POPPER
  • Orientador : GILDASIO GUEDES FERNANDES
  • Data: 28/07/2021
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    Karl Raimund Popper é um dos filósofos mais bem-conceituados no que diz respeito à Filosofia das Ciências. O mesmo faz uma revisão radical do empirismo por meio da precedência da teoria, provocando assim uma virada na forma de se perceber o método científico. Para ele o conhecimento científico começa com uma teoria que antecede aos testes observacionais; estes, por sua vez, servem apenas como tentativas de falsificação da teoria. Já no que se refere à filosofia, Popper afirma que tais teorias são desprovidas da característica da refutabilidade, pois as mesmas não podem ser testadas empiricamente, porém, nem por isso elas deixam de ser relevantes, pois suscitam discussões importantes a partir do questionamento dos problemas que as originaram. Percebe-se claramente uma postura ou atitude crítica de Popper quanto às suas concepções acerca do que é ciência e do que é filosofia àquilo que chamou de conhecimento do senso comum. O objetivo deste trabalho consiste em apresentar uma proposta de intervenção filosófica a partir desta atitude crítica de Popper visando uma semelhante atitude por parte dos alunos de filosofia do Ensino Médio. Esta pesquisa é totalmente bibliográfica, sendo utilizados para a realização da mesma livros impressos e digitais e ainda periódicos retirados da internet. Adotamos o pressuposto de que, se o ensino de filosofia for realizado a partir de uma concepção de filosofia que seja essencialmente crítica, também os alunos serão levados ao próprio ato ou processo do filosofar criticando suas próprias teorias de senso comum e, dessa forma, melhorar a partir da identificação e eliminação de seus erros.

     

     

     

     

     


  • GIOVANNI MENESES VIANA
  • : ENSINAR FILOSOFIA À MANEIRA PRAGMATISTA: CONTRIBUIÇÕES DE CHARLES SANDERS PEIRCE
  • Orientador : EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
  • Data: 27/07/2021
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    A presente Dissertação de Mestrado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Filosofia denomina-se “Ensinar filosofia à maneira pragmatista: contribuições de Charles Sanders Peirce”. Este estudo tem por finalidade realizar uma investigação sobre o “ensinar filosofia” com base no método pragmatista com o objetivo de apresentar uma sistematização na forma de unidades didáticas inspiradas nas contribuições de uma filosofia que forneça pressupostos lógicos e teóricos sobre o desenvolvimento do pensar numa perspectiva epistemológica crítica, ativa e, sobretudo, menos especulativa. Entende-se que “ensinar filosofia pelo método pragmatista” segue uma abordagem que envolve a atividade de ensino no domínio de algumas habilidades tais como: articulação teoria e prática, pensamento operatório, aprender fazendo, aprendizado do pensamento científico, aprender de forma criativa, ou seja, ensinar filosofia com base nas contribuições teóricas da tradição pragmatista, de maneira mais especifica, na filosofia peirceana. Portanto, pretende-se iniciar com um estudo bibliográfico sobre o pragmatismo relacionando-o ao ensino de filosofia, desenvolver uma investigação sobre as possibilidades teóricas que a escola pragmatista pode oferecer ao ensino de filosofia no nível médio. Desta forma, o foco da pesquisa reside na proposta “ensinar filosofia com base no método pragmatista” para enfatizar o caráter da filosofia muito mais como exercício de pensar do que propriamente enquanto ensino que prioriza o repasse de conteúdo. O que se quer enfatizar é o “filosofar”. Portanto, a pesquisa trata-se de uma investigação sobre a metodologia filosófica de ensinar filosofia com base na escola pragmatista.

     


  • JÉSSICA KELLY DE SOUSA CARVALHO
  • EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA NA PERSPECTIVA DE ROUSSEAU: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO FILOSÓFICA NO ENSINO MÉDIO
  • Orientador : ELNORA MARIA GONDIM MACHADO LIMA
  • Data: 26/07/2021
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    A presente pesquisa intitulada “Educação para a cidadania na perspectiva de Rousseau: uma proposta de intervenção filosófica no ensino médio” surge com a proposta de apresentar para o meio escolar uma intervenção filosófica junto aos alunos do Ensino Médio, ao aplicar como metodologia a amostragem de temas filosóficos de Rousseau em um programa de rádio na escola. E isto de forma a despertar a criticidade, o raciocínio, a intelectualidade e a livre iniciativa para a aprendizagem, na intenção de ampliar as reflexões filosóficas frente à educação atual. Algo de modo que com uma reflexão sobre seus aspectos históricos que tem o indivíduo como elemento a ser potencializado para se tornar um ser autônomo, consciente dos seus direitos e deveres sociais, ao exercer com consciência, sua cidadania, e participar dos processos políticos. E ao ter em mente que no ambiente escolar pouco se aborda a educação para a cidadania, bem como os princípios norteadores para a efetiva educação que prepara o cidadão conforme preconiza a Lei, esta intervenção parte da problemática observada com base em uma análise sobre os documentos oficiais. Documentos estes, que regem a educação no Brasil, que trazem recomendações sobre a disciplina de Filosofia para o Ensino Médio, a fim de alcançar os objetivos propostos na lei, a qual determina formar sujeitos autônomos, críticos e, por conseguinte, capazes de vivenciar, com plenitude, a vida cidadã. Quanto à fundamentação teórica, esta teve seu desenvolvimento a partir de um estudo constituído de uma análise bibliográfica mediante designação pelo uso de livros, de artigos, de dissertações e de teses através da execução de uma intervenção filosófica prática para os alunos do Ensino Médio. Tudo na pretensão de apontar, dentro do contexto rousseauniano, o conceito de educação do homem e do cidadão, as características e os princípios que norteiam a formação do educando, pautada na teoria de Jean Jacques Rousseau, especialmente no tocante à obra: “Emilio ou da Educação e Contrato Social”, com aportes das demais obras do autor, para a realização de uma análise acerca da educação doméstica, da educação negativa, da formação do homem e do cidadão. E pelo o estudo da mencionada obra eis a constatação de que é plenamente possível sua aplicação nos dias atuais para o desenvolvimento intelectual do educando do Ensino Médio, ou seja, sua formação para a cidadania, ao intervir pelo viver do mesmo de modo participativo e democrático em consonância com a sua realidade.

     

  • RAIMUNDO RODRIGUES DA SILVA
  • O NEOPRAGMATISMO DE RICHARD RORTY: UMA ABORDAGEM METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE FILOSOFIA
  • Orientador : EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
  • Data: 26/07/2021
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  • A presente dissertação foi intitulada “O Neopragmatismo de Richard Rorty: uma abordagem metodológica para o ensino de filosofia”. Com base na filosofia redescritiva de Rorty busca-se uma metodologia filosófica para o ensino de filosofia que ressignifique esta prática atribuindo-lhe sentido e valor na vida dos estudantes.  Portanto, a pesquisa versa sobre a possibilidade da assimilação do conhecimento em filosofia a partir de categorias que superem o ensino convencional em vista da construção de narrativas que favoreçam a imaginação, a criatividade, o uso de metáforas, a produção de novos vocabulários e a autoconstrução dos sujeitos. O estudo verifica possíveis subsídios e pressupostos metodológicos tendo como abordagem a perspectiva de uma filosofia da prática ou uma filosofia da ação nos termos do neopragmatismo de Rorty. Procura-se instigar o interesse dos docentes e discentes quanto às suas práticas de ensino e aprendizagens vivenciadas em sala de aula. O estudo foi baseado na constatação de que a disciplina filosofia tem muitas potencialidades, no entanto, ainda vem sendo ministrada apenas como componente obrigatório da matriz curricular, sem o devido reconhecimento de seus objetivos e de suas qualidades na formação humana, crítica, investigativa, indispensáveis ao ensino. Aqui buscamos ressaltar sua real e efetiva necessidade, orientados pela importância dos valores e conhecimentos que a filosofia pode instigar para a formação e aprendizado dos alunos. O objetivo da investigação consiste em refletir sobre as tarefas da filosofia e seu ensino e contribuir a partir do estudo teórico neste esforço de criar mecanismo de pensar a práxis, ou seja, a filosofia da ação, como atividade em que docentes e discentes se constituem como protagonistas de seus próprios saberes, podendo tomar consciências de si mesmos. Na perspectiva de redescrição proposta por Rorty, entende-se a Filosofia como sendo a construção da leitura e releitura do mundo e da realidade, cuja consequência se apresenta como uma dinâmica de conhecimento e saberes imersos na historicidade.

     

  • GILBERTO VALENTIM DA SILVA
  • TÍTULO DO TRABALHO: A RELAÇÃO ENTRE AUTONOMIA E PODER DO PROFESSOR DE FILOSOFIA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO ESCOLAR: UMA LEITURA FOUCAULTIANA.
  • Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
  • Data: 28/06/2021
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    O presente trabalho, tem o objetivo de discutir a relação entre autonomia e poder do professor de filosofia no processo de formação escolar à luz da argumentação foucaultiana através da discussão do poder, do poder-saber, e como essa relação ocorre no espaço escolar. A manifestação do poder nessa relação, da educação e da formação em diferentes épocas pois é uma problematica histórica e pode ser percebida desde que o homem passou a ter a noção de dominação de uns sobre os outros. Assim, pretendemos, por meio de uma análise filosófica, mas tambem histórica e política, apresentar breves aportes acerca de como esse conceito tem evoluído na sociedade em diferentes épocas e como as relações de poder têm influenciado também os processos de educaçãc, formação e transformação da sociedade. Para tanto, utilizamos uma abordagem baseada nos estudos dessa temática feitos pelo filosofo francês Michel Foucault. De forma mais específica, voltamo-nos para suas concepções de arqueologia do saber e de genealogia do poder, pontos de partida que permitem que Foucault desenvolva uma investigação do comportamento humano que abre portas para o processo de formação do sujeito. Dessa forma, examinaremos o ensino da filosofia na escola, as dificuldades encontradas pelo docente de filosofia para exercer a docência, como o professor pode equacionar essa rel açüo de autoridade que tem sobre o aluno, para que o processo de ensino/aprendizagem seja de fato transformador, ou seja, sem imposição de regras na condução e produção do conhecimento crítico/reflexivo, para a formação do educando. Assim, ocupamo-nos com as diversas manifestações do poder apontadas por Foucault, desde como se utiliza do poder como instrumento de punição e coerção social, passando pelas formas de poderpreconceito, para alcançarmos o poder disciplinar nas escolas, hospitais e quartéis, cujo objetivo é selecionar, examinar, eliminar e excluir. Assim, observa-se que o poder esta intimamente ligado à questão da educação e da formação, resultando na contemporaneidade, um poder vigilante, que se mantém alerta, analisa, observa, controla, vigia, dociliza, educa e forma, mas que também pune, exclui, elimina e segrega. Nosso referencial teórico parte a partir das obras de Foucault, Vigiar e Punir (2013), Historia da Loucura (2013), A Ordem do Discurso (1996), e Em Defesa da Sociedade (1999)

     

     

     

  • WILLIAM TAVARES DE LIRA
  • O procedimento da razão pública como proposta metodológica para uma educação cidadã
  • Orientador : ELNORA MARIA GONDIM MACHADO LIMA
  • Data: 19/06/2021
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  • Pretendemos com esta dissertação apresentar uma proposta metodológica aos professores de filosofia da rede estadual de educação da cidade de Gilbués-PI, que articule os conceitos estruturadores da temática política/cidadania com o exercício do poder político dos educandos como cidadãos. O desenvolvimento dessa proposta parte da seguinte problemática: que tipo de metodologia prática pode contribuir para a formação de um sujeito livre e consciente do seu dever cívico numa aula de filosofia? Nesse sentido, partindo do princípio de que o conceito de democracia deliberativa é compreendido como um modelo ou processo de deliberação no qual, necessariamente, acontece o debate público, apresentamos o procedimento da razão pública rawsiano como uma possível ferramenta de ensino para uma prática metodológica que objetiva ampliar as discussões sobre a formação de um cidadão crítico e consciente. A partir desse ponto, é necessário que se compreenda o procedimento da filosofia política de John Rawls como espaço em que se discutem questões fundamentais, que sempre visam ao bem comum. A fundamentação teórica deste trabalho baseia-se na teoria política de John Rawls. Entretanto, levando em consideração que o ensino de filosofia, impreterivelmente, precisa ser amparado por aspectos legais, fez-se necessária uma análise documental, a qual permitiu conceber uma ideia concreta, sem preconceito, sobre o status da filosofia como disciplina no sistema educacional nacional em diferentes períodos da história. Essa análise permitiu que algumas questões sobre a filosofia como disciplina e a educação cidadã como proposta temática integrassem-se ao processo de discussão, sem ideias preconcebidas. Verdade seja dita, não é de hoje que a filosofia encontra resistência para firmar-se como disciplina, assim como a educação para a cidadania, muitas vezes, é vista com desconfiança pelos docentes da área. Por isso, esperamos que o conjunto de referências empregado para o desenvolvimento teórico desta dissertação cumpra dois propósitos específicos: quebre preconceitos e enriqueça o debate sobre práticas metodológicas para o ensino de filosofia.

     

  • EMANUEL AVELINO ALVES JUNIOR
  • "INVOCAÇÃO ÀS MUSAS...” A EXPANSÃO DO IMAGINÁRIO ATRAVÉS DA ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA O ENSINO DE FILOSOFIA
  • Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
  • Data: 28/05/2021
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  • “Invocação às Musas...” tal era a expressão utilizada pelos poetas (aedos) na Grécia antiga antes do canto de suas peças – epopeias e romances. As Musas, por sua vez, eram deusas associadas à música, ao conto e à memória, sendo estas as responsáveis pela produção poética, enquanto que o poeta era seu porta-voz. Assim, para os gregos da antiguidade a produção poética tratava-se de um feito divino. Ademais, foi por meio dessas histórias que Homero, o maior dos poetas gregos, se tornou o grande educador da Grécia, uma vez que, ao cantar, narrar ou contar essas histórias – Ilíada e Odisseia –, não só transmitia, tradições militares do mundo helênico, com certa base histórica, mas uma miríade de experiências e imagens para a formação e expansão do imaginário daquele povo e, com isso, melhorando a sua capacidade de pensamento. Diante disso, acredita-se, em certa medida, que ensinar filosofia é transmitir conceitos e/ou conteúdos sobre a história da filosofia, o que certamente, é condição sine qua non para que o processo de ensino filosófico esteja imbuído da sua própria história, sendo esse matéria prima para filosofar. No entanto, transmitir a história da filosofia sem vivificá-la no pensamento do aluno é, antes de tudo, um processo reducionista da própria filosofia sem imaginação. Assim, é preciso tal como Homero, proporcionar um processo que perpassa a mera concepção pedagógica de ensino. Partindo deste entendimento, a seguinte questão se evidencia: Como ensinar filosofia? Esta questão é, ela mesma, um problema filosófico. Por isso, buscaremos como possibilidade e/ou proposta para o ensino de filosofia, demostrar que: a arte de contar histórias pode trazer à tona uma prática para além da transmissão de conteúdo. Desse modo, no primeiro momento, buscou-se discutir o ensino da filosofia como problema filosófico; em seguida, dialogou-se acerca do papel da literatura e/ou humanidades na formação humana e, por último, foi demostrado como arte de contar histórias pode fomentar a formação e expansão do imaginário da criança e do adolescente no ensino de filosofia. Entrementes, este trabalho foi realizado na escola Pequeno Príncipe em Floriano/PI, especificamente, com os alunos do 6°, 7° e 8° ano do Ensino Fundamental II. Ademais, como base teórica, o estudo está sustentado nas postulações de Gallo (2012), Cerletti (2009), Porta (2002), Nussbaum (2015), Keen (2017), Oliveira (2014), Colomer (2007), Coelho (2000), Aristóteles (2010) entre outros. Por meio da intervenção filosófica este trabalho possibilitou novas experiências e vivências ao proporcionar novas sensações e emoções pela via da imaginação. Frente ao exposto, foi possível vivenciar outras vidas e épocas – um outro ethos, o que fomentou, em certa medida, a empatia e a tolerância por parte das crianças e adolescentes. Além disso, o presente estudo mostrou-se uma possibilidade livre e criativa para o ensino de filosofia para além da simples transmissão de conteúdo.

     

  • FRANCISCO CLAILSON DE CARVALHO LIMA
  • A EDUCAÇÃO EM SÊNECA: Os "exemplos éticomotivacionais" no exercício diário do docente como “terapia” no enfrentamento das adversidades
  • Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
  • Data: 27/05/2021
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  • Esta dissertação, que aborda os "exemplos ético-motivacionais" no exercício diário do docente como “terapia” no enfrentamento às adversidades” tem como objetivo analisar como a filosofia estoica pode oferecer elementos para a     qualidade de vida dos docentes. A partir da reflexão acerca da obra de Sêneca Cartas a Lucílio, surgiu a seguinte problematização: os exemplos éticos-motivacionais senequianos podem contribuir como   “terapia” no encorajamento do docente nas relações profissionais e pessoais  frente à realidade frenética em que estamos expostos na escola e na sociedade? Tal problemática faz-se necessária por partir da hipótese de que a escola é um espaço no qual os valores éticos estão em constante aperfeiçoamento em sua aplicação. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, fundamentada na obra Cartas a Lucílio, do filósofo Sêneca, e com suporte também em autores como Diógenes Laércio (2008), Paul Veyne (2015), Luizir de Oliveira (2010), Pierre Hadot (2014, 2016), Michel Foucault (1985), Jean Brun (1987), entre outros. Esta pesquisa também apresenta uma proposta de intervenção a partir das narrativas dos docentes estabelecer os pontos de diálogos possíveis entre o estoicismo e o contexto na atualidade. A relevância desta pesquisa se apresenta coincidentemente em tempos de pandemia o que colabora ainda mais com a possibilidade por meio dos “exercícios espirituais” o indivíduo tornar-se “exemplo ético-motivacional” para si e também para o outro.


     

  • ROGÉRIO SÉRGIO DOS SANTOS
  • Ensino de filosofia numa perspectiva da ética das virtudes aristotélica: uma proposta de intervenção para o ensino médio.
  • Orientador : JOSE RENATO DE ARAUJO SOUSA
  • Data: 13/04/2021
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  • A presente pesquisa intitulada ensino de filosofia numa perspectiva da ética das virtudes aristotélica como uma proposta para o ensino médio tem como objetivo geral promover uma ação intervencionista através da prática docente em filosofia, no nível médio da Escola Família Agrícola Santa Ângela, com o propósito de trazer para o meio escolar reflexões pautadas nos saberes éticos, a fim de ampliar os debates em sala de aula sobre a temática. Propõe-se trabalhar no contexto escolar a partir de uma reflexão sobre a ética das virtudes aristotélica em sala de aula com os discentes; discussão sobre a ética das virtudes aristotélica no ensino de filosofia e a utilização através de estratégias de ensino, a reflexão e o diálogo sobre a perspectiva das virtudes ética aristotélica como possível evolução crítica reflexiva dos discentes. A pesquisa se desenvolve a partir de um estudo teórico baseado numa análise bibliográfica em livros, artigos, periódicos, dissertações, teses e de um estudo prático em campo, com uma pesquisa ação, através da execução de uma proposta de intervenção filosófica na sala de aula. O trabalho em prática tem um caráter filosófico de cunho qualitativo pautado na obra ética a Nicômacos de Aristóteles, assim como de outros comentadores que discutem o tema. Optou-se em trabalhar tal temática numa proposta de intervenção, por achar ainda que a escola é o melhor lugar para se discutir os valores éticos. E por acreditar que trabalhar nessa perspectiva possa estimular os discentes a refletir sobre os dilemas éticos que afetam a relação de convivência no espaço escolar e sociedade.


  • GLEISON LIMA DA SILVA
  • O ENSINO DE FILOSOFIA NA PERSPECTIVA DELEUZIANA: uma possibilidade interventiva para o Ensino Médio
  • Orientador : JOSE RENATO DE ARAUJO SOUSA
  • Data: 26/03/2021
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  • A presente dissertação, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), analisa o ensino de Filosofia sob a perspectiva deleuziana enquanto possibilidade interventiva para o Ensino Médio, uma vez que ao pensar as linhas e o percurso histórico do ensino de filosofia no Brasil, nesse âmbito, é possível perceber inúmeros paradoxos e tensões curriculares, que não favorecem o ensino desta disciplina como força capaz de afetar o discente na criação de seus próprios conceitos, impedindo, assim, que essa atividade venha a se tornar um exercício verdadeiramente filosófico. Frente a isso, o presente estudo tem como objetivo geral problematizar a prática docente dos professores de filosofia de duas escolas de Ensino Médio da rede pública estadual, localizadas no município de Castelo do Piauí-PI, tomando por base a dinâmica de trabalho com a disciplina de filosofia em sala de aula. Trata-se de uma proposta de intervenção filosófica que sugere a ressignificação das aulas focadas na mera transmissão de conteúdos, apresentando a concepção Deleuziana como uma possibilidade que, buscando associar os conteúdos do Ensino Médio com os saberes filosóficos dentro de uma perspectiva ontológica, pode vir a contribuir para a construção de novos conceitos na escola e na comunidade. A presente pesquisa utiliza-se do percurso metodológico cartográfico como alternativa de abordagem e intervenção; por tratar-se de um procedimento que acompanha processos ocorridos num determinado território existencial em que a realidade é tomada sob a perspectiva da multiplicidade, é aberto, flexível e coerente com a perspectiva filosófica adotada nesta dissertação. A partir dessa constatação, buscam-se fundamentos teóricos, à luz dos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, bem como em alguns de seus principais comentadores, tais como Cerletti (2009), Gallo (2012) e Kohan (2000), dentre outros.

2020
Descrição
  • FRANCISCA D JESUS CARDOSO MOURA
  • O CINEMA NO ENSINO MÉDIO: DA SALA DE AULA TRADICONAL À OFICINA DE PRODUÇÃO DE CONCEITOS
  • Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
  • Data: 25/06/2020
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  • Este estudo analisa a possibilidade do cinema no ensino de filosofia como força capaz de afetar o discente na criação de seus próprios conceitos por meio de imagens cinematográficas. Fundamenta-se nas ideias deleuzianas de Cinema como potência de afetação e Filosofia como potência de criação de conceitos.  Utiliza o método cartográfico como alternativa de abordagem do conteúdo de filosofia em sala de aula, considerando-se o caráter não diretivo do método na condução das atividades e sua ideia de produção coletiva de dados. Trata-se de uma proposta de intervenção filosófica que sugere a reversão de aulas focadas na transmissão de conteúdos para aulas organizadas em termos de “oficinas de produção de conceitos”, espaços interativos nos quais professores e discentes experimentam uma construção coletiva de saberes a partir de imagens cinematográficas associadas ao conteúdo da disciplina. Além das ideias fundamentais de Deleuze (1983, 1988, 1992, 2005), também fundamentam o presente trabalho de forma complementar teóricos como Foucault (1979), Rodrigo (2009), Gallo (2012) e Gelamo (2009). A prática da pesquisa foi realizada na Unidade Escolar Nossa Senhora da Paz, na cidade de Teresina-PI, com participação livre de docentes da disciplina de filosofia e discentes do Ensino Médio. Foi organizada em seis “oficinas de produção de conceitos”, realizadas em dezesseis encontros ao longo das aulas de filosofia para que pudesse alcançar todas as atividades propostas. O resultado deste estudo revela a possibilidade do uso do cinema no ensino de filosofia como prática viável, em se compreendendo a filosofia como criação de conceitos; o cinema uma forma de pensamento que cria imagens e com elas se tematizam questões problematizadas em sala de aula; discentes e professores tornando a sala de aula um espaço de produção coletiva de aprendizados, participando das atividades como equipe de produção de dados das questões problematizadas.

     

  • SANNA CHRIS MOURA NUNES
  • A escola, disciplina e novas tecnologias sob a ordem da violência: uma análise foucaultiana.
  • Orientador : DEYVISON RODRIGUES LIMA
  • Data: 22/06/2020
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  • Este estudo analisa a escola como espaço de disciplina e violência sob a perspectiva conceitual de Michel Foucault. Com o objetivo de atualizar o rol dos mecanismos de disciplina e controle, a pesquisa utiliza a metodologia arqueológica da leitura foucaultiana para problematizar o eixo norteador dessa pesquisa. Primeiramente, partimos da análise das relações de poder na sociedade disciplinada, onde o poder disciplinar e o controle dos corpos se inscrevem na subjetividade massificada dos sujeitos. Em seguida, elaboramos um breve apanhado genealógico dos dispositivos de controle e de poder presentes no campo educacional como um espaço de controle e violência. O crescimento das tecnologias disciplinares na escola atual funciona como práticas que inserem os estudantes em constante observação, no modelo de uma vigilância contínua como forma de tecnologia disciplinar potencializada na normalização da sociedade na era digital. Neste caso, para além da mera análise dos mecanismos de poder, pretendemos explicitar os conceitos na obra Vigiar e Punir, com atenção à escola contemporânea. A contribuição de Foucault é fundamental para entender as questões presentes na escola, pois é no ambiente escolar que as relações de poder são efetivadas e legitimadas de modo exemplar. Como conclusão, propomos pensar a sociedade através do fenômeno do poder que normaliza os sujeitos e suas novas tecnologias de implementação.


     

     

  • ALLAN HENRIQUE BACELAR DA SILVA
  • A DIFERENÇA SEXUAL NA ESCOLA: ABJEÇÃO COMO TENSÃO DO MÉTODO PEDAGÓGICO
  • Orientador : JOSE SERGIO DUARTE DA FONSECA
  • Data: 20/06/2020
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  • A diversidade sexual e de gênero são visivelmente vilipendiadas pelas práticas pedagógicas pautadas em documentos e discussões heteronormativas. Desta forma, essa diversidade é qualificada como algo “pecaminoso”, “desviante” ou “anormal”. Em se tratando do ambiente e prática escolar, tal diversidade é invisibilizada, em decorrência da heteronormatividade reinante. A partir dessa constatação, buscamos fundamentos epistemológicos, a partir de pensamento de Judith Butler (2015), para denunciar e criticar os pressupostos essencialistas com respeito à questão do gênero e do sexo no ambiente escolar, especialmente no que tange aos corpos que não estão enquadrados nas prerrogativas dos documentos e nas práticas educacionais, tidos agora como o “outro” sujeito, o abjeto. Para melhor objetivarmos a discussão, utilizamos os referencias teóricos de Butler (2015), Louro (2001, 2007, 2014) e Miskolci (2017), nos quais nos apresentam a discussão queer, para uma possível reelaboração conceitual-metodológica com respeito à prática educacional.

     

     

  • ALEXANDRO VINÍCIUS DA SILVA FELISMINO
  • UMA ANÁLISE DO PROJETO EDUCATIVO COMUM DA REDE JESUÍTA À LUZ DO PENSAMENTO FILOSÓFICO DE GILLES DELEUZE
  • Orientador : JOSE SERGIO DUARTE DA FONSECA
  • Data: 15/06/2020
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  • A presente dissertação, intitulada “Uma Análise do Projeto Educativo Comum da Rede Jesuíta à Luz do Pensamento Filosófico de Gilles Deleuze”, objetiva analisar o Projeto Educativo Comum – PEC, desenvolvido pela Rede Jesuíta de Educação a partir da filosofia da diferença de Gilles Deleuze. A pesquisa bibliográfica e documental adotou uma metodologia cartográfica na medida em que buscou a realização de um acompanhamento de processos ocorridos num território teórico específico buscando linhas de fuga que permitissem uma desterritorialização e reterritorialização de conceitos. A fundamentação teórica para a desejada análise do PEC esteve centrada no aporte teórico de Gilles Deleuze e de alguns dos seus conhecidos comentadores.





  • ALEXANDRA CAVALCANTE NEPOMUCENO
  • O chão da escola no espaço do mundo da vida
  • Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
  • Data: 05/06/2020
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  • Esta pesquisa busca analisar as contribuições da ação comunicativa habermasiana no ‘chão da
    escola’, entendido por nós como espaço democrático privilegiado para livre discussão e
    possíveis consensos legitimados. Trabalhamos especificamente apresentando alguns
    contributos dessa teoria na análise do projeto político pedagógico da unidade de ensino na
    qual intervimos, articulando as incongruências no cenário pesquisado a um breve diagnóstico
    da crise da racionalidade e da educação na modernidade, tomando como referenciais dois
    conceitos centrais da tese de Habermas: do mundo da vida e do sistema. No lócus educativo é
    perceptível a predominância da razão instrumental. No nosso entender, Habermas, no intuito
    de revisar e superar as dicotomias do pensamento moderno, apresenta outra possibilidade de
    compreensão da racionalidade: a racionalidade comunicativa, oriunda dos processos de
    comunicação que se estabelecem entre os diversos agentes sociais. De acordo com essa teoria,
    é mediante o agir comunicativo que os diversos agentes podem estabelecer entendimentos
    acerca do mundo objetivo, subjetivo e social e, ao mesmo tempo, alcançar consensos acerca
    do que desejam para si mesmos, para a sociedade e, também, para o campo educacional. A
    ação comunicativa pode contribuir com a educação ao questionar sobre os processos mediante
    os quais se dá a formação humana e, a partir disso, propiciar momentos de diálogo e de
    discussão acerca das justificações e dos fundamentos com base nos quais a práxis pedagógica
    escolar é articulada, embora isso seja um desafio no contexto de “colonização sistêmica” em
    que vivemos. Contudo, defendemos que a aproximação entre a teoria habermasiana e o
    complexo âmbito da educação é importante e necessária, como suporte para uma gestão
    escolar democrática na qual a interlocução entre todos os atores envolvidos no processo torne
    possível a melhoria nos conflitos que assolam esse meio, sobretudo na formação de pessoas
    comunicativamente competentes.

  • MÔNICA SAMPAIO DA SILVA
  • CARTOGRAFIA DA PRÁTICA DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA DO ENSINO MÉDIO: OS PROCESSOS DE TERRITORIALIZAÇÃO/DESTERRITORIALIZAÇÃO/RETERRITORIALIZAÇÃO E A CRIAÇÃO CONCEITUAL
  • Orientador : JOSE RENATO DE ARAUJO SOUSA
  • Data: 30/04/2020
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  • Esta dissertação objetivou problematizar como os professores de filosofia do Ensino Médio de algumas escolas da zona urbana da cidade de União-PI criam conceitos a partir dos processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização. A pesquisa tem como objetivo cartografar a prática docente dos professores de filosofia a partir dos processos da geofilosofia de territorializar, desterritorializar e reterritorializar na criação conceitual de acordo com a perspectiva filosófica de Gilles Deleuze. O percurso metodológico adotado foi a cartografia, entendida como procedimento de acompanhamento de processos ocorridos num território existencial em que a realidade é tomada como multiplicidade, considerada como procedimento aberto, flexível e coerente com a perspectiva filosófica adotada nesta pesquisa. A partir da problemática apontada nesta pesquisa, pretendeu-se, com base nas narrativas dos docentes, compreender como eles traçam seu plano de imanência, como se desterritorializam para outros territórios fora da filosofia, enquanto professores nômades em busca de elementos não-filosóficos, trazendo-os para seu território e, assim, fazem das suas aulas momentos de inspiração, de criação conceitual. Como fundamentação teórica recorreu-se ao aporte teórico de Gilles Deleuze e seus principais comentadores, tais como Machado (1990) e Gallo (2012).



  • ANTONIO DANILO FEITOSA BASTOS
  • A Ética da Alteridade na Metodologia da Alternância: Uma Intervenção Filosófica Possível
  • Orientador : ELNORA MARIA GONDIM MACHADO LIMA
  • Data: 13/03/2020
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  • A presente dissertação é procedente da inquietação acadêmica acerca da
    proximidade do fazer filosófico e suas implicações no mundo da vida
    (Lebenswelt). Por isso, discorre sobre a máxima preocupação de Lévinas que é
    a possibilidade dos homens perderem a sua individualidade e, por esse motivo,
    o verdadeiro sentido do humano em face de um contrato social massificador.
    Desse modo, uma justiça que tem profundidade apenas em seu caráter formal
    pode ser elogiada pelo seu arcabouço técnico e formal de aplicabilidade, mas,
    como veremos, perde a sua significação primordial, a saber: ser justiça. O que
    o filósofo coloca em evidência é que a justiça é a fonte da verdadeira igualdade
    e sociabilidade ética entre os homens. Nesta inferência, mostra que é
    importante pensar a justiça para além da formalidade e procedimentos
    burocráticos que, evidentemente, não correspondem ao verdadeiro sentido da
    justiça aplicável ao dia a dia das relações inter-humanas. É preciso sair da
    impessoalidade totalizante, formal e legalista, para tornar-se justa proximidade
    fraterna entre os diferentes. Desse modo, o trabalho tem como objetivo geral
    propor o método da alter-conversa-ação, que é um método ético e político,
    como ação filosófica e prática para possibilitar no interior das Escolas Família
    Agrícola (EFAs) uma ação agregadora na qual o Outro não será interpretado
    meramente como hóspede do Eu, mas seja sujeito ativo na escolha do Tema
    Gerador norteador do ensino-aprendizagem como concretude da justiça na
    relação Eu-Outro.

     

  • MARCOS FRANCISCO DE AMORIM OLIVEIRA
  • A FILOSOFIA NA CIBERCULTURA: O USO DAS REDES SOCIAIS NO ENSINO DE FILOSOFIA
  • Orientador : GILDASIO GUEDES FERNANDES
  • Data: 12/03/2020
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  • .

    A presente pesquisa intitulada A Filosofia na Cibercultura: as Redes Sociais no Ensino de Filosofia foi realizada tendo como problemática a alienação frente aos ambientes virtuais, sobretudo nas redes sociais digitais. Tem-se como objetivo demonstrar como as redes sociais digitais podem ser um espaço concreto para a construção de uma inteligência coletiva. Os objetivos específicos são: 1) Abordar sobre conceitos básicos como cibercultura, ciberespaço, virtual e inteligência coletiva. 2) Demonstrar que recursos práticos as redes sociais tem para a reflexão filosófica. 3) Comparar na prática as redes sociais digitais com os ambientes virtuais de educação. A metodologia usada foi realizada em dois momentos: pesquisa bibliográfica com caráter fenomenológico e uma parte prática a partir de um curso de extensão realizado através da Universidade Federal do Piauí aberto para alunos do Ensino Médio, alunos das Licenciaturas e para a comunidade. O curso de extensão teve carga horária de 40h e contou com momentos presenciais e à distância. Nos momentos presenciais foram realizadas palestras e discussões em grupo sobre filmes e séries que tratam sobre novas tecnologias e redes sociais. Na parte virtual foram realizadas postagens em redes sociais digitais por parte dos participantes a partir da orientação por parte da coordenação do curso. Pôde-se notar que mais de noventa por cento dos participantes tiveram facilidade em usar as redes sociais no campo do ensino filosófico e poucos tiveram dificuldade ou não abertura para com a proposta. Conclui-se que a proposta das redes sociais digitais no ensino de filosofia é válida para os dias atuais tendo em vista que, em boa parte das vezes, os ambientes virtuais carecem de reflexão séria e racional.

     

  • MARCO ANTONIO CONCEIÇÃO
  • Filosofia e Cinema: o uso de filmes nas aulas de filosofia no Ensino Médio.
  • Orientador : EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
  • Data: 03/03/2020
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  • Este estudo tem como objeto de pesquisa o uso do cinema, especificamente o gênero fílmico, nas aulas de Filosofia no Ensino Médio. Seu objetivo central é produzir, a partir de cinco filmes selecionados, um manual de unidades didáticas que contemple cinco eixos temáticos da filosofia, intervindo como contribuição no espaço escolar e como acervo crítico e cultural da disciplina. O ensino de filosofia pode ocorrer de forma dialógica e expositiva sem, no entanto, desprezar as possibilidades de aprendizagem quando se alia o cinema ao uso de livros didáticos baseados na história da filosofia ou no recorte temático. A avaliação sobre a temática do ensino de filosofia encontrada nos autores referenciados e em muitos outros textos que exploram esse tema por diversas perspectivas nos mostra que ainda é muito habitual a apresentação dos conteúdos disciplinares pelos professores de filosofia de forma expositiva, estática e abstrata. No projeto rortyano de uma utopia liberal, gêneros como romance, filme e televisão, ocupam o lugar dos vocabulários mais tradicionais por se mostrarem mais eficazes ao provocarem o desenvolvimento da capacidade imaginativa, mais poderosa, que a capacidade investigativa. Essa substituição ainda não ocorre de forma mais acelerada porque, por um lado “a grande parte dos não intelectuais continuam ligados a alguma forma de fé religiosa ou a alguma forma de racionalismo iluminista” (RORTY, 1992, p. 18) e, por outro lado, o número de ironistas liberais que não acreditam na existência de uma tal ordem é mínima e insuficiente. Para Rorty (1992), o cinema, como outras formas narrativas, é uma ferramenta mais eficaz para lidarmos com o fato da impossibilidade de encontrarmos um metavocabulário capaz de dar conta de todas as maneiras possíveis de julgar e de sentir, e que tornaria dispensáveis os diversos vocabulários usados por nós. O reconhecimento dessa contingência da linguagem, em função da impossibilidade deste metavocabulário, justifica a inconsequência de apreendermos de maneira monoperspectivista, em um único vocabulário, um mundo que se apresenta diante de nós de forma pluriperspectivista, por diversos vocabulários. Para Cabrera (2006), a partir do surgimento do cinema e da noção de logopatia, é possível classificar os filósofos como pensadores “apáticos” ou “páticos”, sendo que esses últimos seriam os filósofos cinematográficos. Goodenough (2005) afirma que o filme é feito para a filosofia, pois ele muda ou coloca luz diferente sobre qualquer filosofia que tenha especulado sobre aparência e realidade, sobre atores e personagens, sobre ceticismo e dogmatismo, sobre presença e ausência, mas também, a partir do efeito produzido no espectador e explicado a partir da noção frozen pode também ser caracterizado como filosofia propriamente dita. Mas, ele também pode ser filosofia. Assim, esse estudo propõe a utilização de filmes como recurso didático-metodológico para um ensino de filosofia menos discursivo-teórico e mais narrativo. Compreendemos que a partir da diversidade dos temas, gêneros e perspectivas abordados pelo cinema, como alternativa à forma expositiva e conceitual que predomina atualmente no cenário escolar, poderemos aproximar os alunos do Ensino Médio à filosofia, tornando-a mais próxima, mais significativa e atribuindo-lhe sentido. Inicialmente, a dissertação apresenta um breve histórico
    da presença e influência da filosofia no Brasil, do pragmatismo, do movimento Escola Nova e
    do neopragmatismo rortyano, da arte e linguagem cinematográfica e posteriormente o manual
    de unidades didáticas.

2019
Descrição
  • LEÔNIDAS DA SILVA ELVA DE SÁ
  • EDUCAR EM DIREITOS HUMANOS: UMA PERSPECTIVA PARA O ENSINO DE FILOSOFIA EM SALA DE AULA
  • Orientador : GILDASIO GUEDES FERNANDES
  • Data: 10/04/2019
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  • Os direitos são conquistas e acontecem com a participação e luta das pessoas ao longo da história. Em um momento da história conquistaram direitos civis e políticos e em outros, direitos econômicos, sociais, culturais, ambientais e sexuais. Este trabalho de intervenção filosófica propõe-se desenvolver a temática, Educar em direitos humanos: uma perspectiva para o ensino de filosofia em sala de aula que tem como objetivo implementar em sala de aula a educação em direitos humanos a partir de uma visão não hegemônica, que leve em consideração as diversidades culturais na qual os estudantes estão inseridos, contribuindo para uma perspectiva do ensino de filosofia levar a um pensar e um experimentar para a possiblidade de um concepção emancipatória dos direitos humanos no seio da sala de aula. A sala de aula é um espaço fecundo para trabalhar esta proposta. Acredita-se que é necessária uma educação em direitos humanos a partir das diferenças porque a afirmação da igualdade de todos os humanos não significa igualdade física nem intelectual ou psicológica. Cada pessoa tem uma individualidade, sua personalidade, seu modo próprio de ver e de sentir as coisas. O trabalho é uma é uma intervenção filosófica que é entendida como uma práxis, que cria um vínculo que leva a um movimento teórico-prático que produz de forma reciprocamente uma transformação no mundo e no agente de transformação. O trabalho parte da fundamentação teórica os pensadores Boaventura Sousa Santos, que vai discutir a questão da visão hegemônica dos direitos humanos, que produz a ordem social capitalista, e propõe a construção de uma perspectiva contra hegemônica dos direitos humanos que leva a construção de uma sociedade pautada na dignidade humana. Hanna Arentd, leva a uma discussão para uma perspectiva de reconstrução dos direitos humanos a partir da crítica que ela faz aos direitos humanos levando em consideração o princípio de o direito a ter direitos. Gilles Deleuze e Félix Guattari, a partir de seus pensamentos, faz-se um deslocamento dos seus conceitos para a educação permitindo pensar a construção do conhecimento para ação a partir da multiplicidade da sala de aula.

  • ALEX DE MESQUITA MARINHO
  • A justiça como equidade segundo Rawls: uma proposta para o Ensino de Filosofia
  • Orientador : ELNORA MARIA GONDIM MACHADO LIMA
  • Data: 10/04/2019
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  • O presente trabalho dissertativo tem como objetivo descrever o trajeto teórico-metodológico percorrido para a realização de uma ação intervencionista de caráter filosófico junto às turmas de Filosofia da Unidade Escolar Artur Gonçalves de Sousa, pertencente à 3ª GRE – SEDUC –PI. Com base na utilização de elementos teóricos dispostos na concepção de Justiça como Equidade desenvolvida pelo filósofo norte-americano John Rawls, buscou-se desenvolver uma prática docente pautada numa atitude puramente filosófica no trabalho com a disciplina Filosofia no nível médio. A proposta de intervenção está baseada na necessidade de se obter, a partir do processo educacional, indivíduos capazes de gozar de sua cidadania enquanto pessoas munidas de autonomia política, segundo a teoria rawlsiana. Foram abordadas discussões acerca do método do equilíbrio reflexivo caracterizado como amplo e também foi demonstrada a forma como se aplicou esse método em sala de aula enquanto proposta para o ensino de filosofia. Tratou-se também da exposição de conceitos da filosofia de Rawls, tais como a posição original, autonomia política, consenso sobreposto e razão pública. A partir desse trabalho, os estudantes tiveram a oportunidade de colocar seus juízos e sistemas de crenças em questão e buscar ponderá-los de maneira a obterem uma atitude reflexiva. A intervenção filosófica propiciou um ambiente em sala de aula mais propenso à reflexão e atitude filosóficas, pois através da metodologia trabalhada os discentes puderam perceber que há condições de praticarem isso no contexto social ao qual se inserem.

  • VAGNER MARCOS COSTA LIMA
  • O ENSINO DE FILOSOFIA NO NÍVEL MÉDIO NA PERSPECTIVA DA PRÁXIS GRAMSCIANA
  • Orientador : JOSE RENATO DE ARAUJO SOUSA
  • Data: 10/04/2019
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  • RESUMO

    O trabalho tem como objeto de estudo a prática do professor de filosofia no Centro de Ensino Oscar Galvão (CEOG), escola pública, sediada no Município de Pedreiras, Estado do Maranhão, à luz da Filosofia da Práxis de Antônio Gramsci, filósofo marxista do século XX.  A filosofia da práxis de Gramsci é uma consciência política que tem a capacidade de unir a teoria e prática, e o que pretendemos é sensibilizar os docentes de filosofia, que a sua atividade em sala de aula, deve levar os seus educandos a encarar e solucionar os seus problemas a partir da atividade crítica, superando o senso comum, e propondo elevar a condição cultural da massa e dos indivíduos. O objetivo da pesquisa é levar o professor de Filosofia do Ensino Médio a fazer uma reflexão teórico-metodológico da sua prática docente a partir dos conceitos gramscianos de hegemonia do pensamento, emancipação e cidadania. Desse modo, defendemos mudanças na postura do professor, visto que o mesmo, aqui sendo considerado um intelectual orgânico, deve ter um papel decisivo na reforma intelectual e moral dos seus alunos, compreendendo que o resultado dessas reformas deve ser a reforma econômica. O trabalho será desenvolvido por meio de uma pesquisa qualitativa que envolve os professores de Filosofia da escola como principais participantes, através de entrevista semiestruturada, encontros de formação e elaboração de um jornal comunitário para ser divulgado na escola, com o intuito de estimular os alunos a debaterem os problemas do cotidiano de forma mais crítica e sistemática. Essa pesquisa ação se volta assim para os professores da disciplina de filosofia da escola acima, tudo sempre analisados com base no pensamento gramsciano.


  • FRANCISCA ALAÍNE PINHEIRO
  • A representação de Filosofia na opinião dos discentes do Ensino Médio: uma intervenção filosófica.
  • Orientador : EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
  • Data: 10/04/2019
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  • A presente Dissertação de Mestrado foi intitulada “A representação de Filosofia na opinião dos discentes do Ensino Médio: uma intervenção filosófica. Trata-se de um estudo sobre o ensino de filosofia e a recepção desta disciplina segundo discentes do Ensino Médio. Esse estudo fundamenta-se na percepção de que as opiniões vigentes sobre a filosofia, produzem uma representação negativa acerca dessa área de conhecimento, que interfere na recepção dos discentes em relação ao componente curricular filosofia. Constata-se que isto inviabiliza o trabalho docente e prejudica o desempenho acadêmico dos discentes. Esta problemática, certamente, é vivenciada na experiência daqueles que lidam com ensino de filosofia, o que leva a frequentes dificuldades em efetivar um trabalho pedagógico satisfatório. Este estudo tem como objetivo compreender como se dá a representação de filosofia pelos discentes e, neste sentido, verificar se tal representação ou opinião tem interferido efetivamente na consolidação da filosofia como componente curricular do ensino médio. A filosofia enquanto saber detentor de conteúdo crítico está envolvida em controvérsias, questionamentos, isto é, trata-se de um conhecimento que tem em si mesmo seu objeto de estudo enquanto fundamento do método e da crítica radical. Com base neste entendimento, para realizar a presente pesquisa, parte-se de uma concepção de Filosofia que adota a perspectiva socrático-platônica de “busca amorosa do saber” cuja natureza é a discussão de problemas e questões da experiência humana (opiniões) que, submetida ao exercício da razão e do diálogo (dialética) propicie um conhecimento que amplie e/ou fundamente as opiniões (quando consideradas verdadeiras) ou as supere (quando consideradas falsas). Desse modo, a finalidade desta pesquisa é entender como as opiniões sobre a filosofia, presentes no senso comum, compõem uma representação social acerca deste ensino para o currículo do ensino médio que impactam em sua real efetivação.

  • MARIA SUELI LOPES DA SILVA
  • A PROBLEMATIZAÇÃO FILOSÓFICA COMO PARADIGMA DA CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO COMPLEXO: uma proposta curricular de intervenção
  • Orientador : JOSE SERGIO DUARTE DA FONSECA
  • Data: 10/04/2019
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  • Elaborar esta dissertação resultou do trabalho de uma pesquisa de intervenção filosófica, assentada nos aportes teóricos do Pensamento Complexo de Edgar Morin. As motivações que concorreram para a escolha do tema desta intervenção partiram de reflexões em torno das práticas de como o ensino é conduzido pelos docentes da Educação Básica, pois a ênfase recai no conteúdo que pouco dialoga e se articula com a realidade. O que é característico de um modelo fragmentado, compartimentado, fruto da herança positivista que esfacela o conhecimento em especialidades denominadas de disciplinas. Dessa realidade, emergiu o seguinte questionamento: — Como a problematização filosófica se constitui como paradigma da construção do pensamento complexo mediado no processo de ensino? Esse questionamento traduziu-se na força motriz do delineamento desta pesquisa de cunho intervencionista: a implementação da problematização filosófica como paradigma da construção do pensamento complexo na proposta curricular. Para a aplicação desta intervenção, foi traçado como objetivo geral implementar os eixos de problematização filosófica como paradigma da construção do pensamento complexo na proposta curricular de uma escola de Ensino Médio de Tempo Integral na cidade de Parnaíba-PI. No âmbito dos objetivos específicos, definiu-se: Mapear de forma articulada as potencialidades e fragilidades capazes de exercer influências para a operacionalização do processo de mudança na proposta curricular. Sensibilizar o corpo docente para as bases de um ensino alicerçado na perspectiva globalizadora, integradora e transdisciplinar. Fomentar a proposta pedagógica, tendo como referência a problematização filosófica a partir da abordagem sistêmica da Teoria da Complexidade e elaborar eixos articuladores para um ensino problematizador como implemento político da proposta curricular. O embasamento teórico acerca da complexidade está fundamentado em Morin (2001; 2002; 2005; 2007; 2014; 2015), Morin e Ciurama (2004); Maturama e Varela (1995); Pellanda (2009), entre outros que se dedicam à Teoria da Complexidade. Já em relação ao itinerário metodológico, o embasamento teórico está fundamentado em Deslandes; Fialho (2010). Thiollent (2005); Vázquez (2007); Rodriguez e Limena (2006) dentre outros. O locus da pesquisa-ação foi a Escola Pública Estadual de Tempo Integral Polivalente Lima Rebelo, onde a metodologia multidimensional, fundamentada em Morin, foi aplicada por meio da realização dos encontros com o grupo dialogal norteado por roteiros semiestruturados. A pesquisa focalizou o paradigma da complexidade como norteador para superar a fragmentação do pensamento, por meio da proposição de eixos problematizadores, na proposta curricular, que passam a integrar e articular os conteúdos disciplinares com base no pensamento complexo de natureza transdisciplinar e problematizadora do conhecimento pertinente. Os resultados obtidos constituem uma contribuição para o melhoramento da educação, subsidiando aos professores possibilidades de mudança no trabalho pedagógico por meio da adoção de uma prática docente que trabalhe a problematização, promovendo o pensamento complexo e a formação de uma cidadania planetária.

  • CONCEIÇÃO DE MARIA SOUSA ARAUJO
  • ENSINAR E APRENDER FILOSOFIA NUMA PERSPECTIVA ÉTICA: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NUMA ESCOLA PÚBLICA
  • Orientador : EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
  • Data: 10/04/2019
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  • Esta Dissertação foi intitulada “Ensinar e Aprender filosofia numa perspectiva ética: uma proposta de intervenção numa escola pública”. Tem como proposta verificar a prática do ensino de Filosofia, tendo como perspectiva a possibilidade de uma construção dos saberes éticos na sala de aula. Busca-se, nesta pesquisa, investigar se a Filosofia é capaz de tornar o processo de ensino e aprendizagem crítico e reflexivo. Esta investigação terá, como estratégia metodológica, uma intervenção filosófica para compreender como o saber ético é construído na escola por meio do ensino de Filosofia. A pesquisa se desenvolveu a partir de um estudo teórico e prático que buscou realizar análise do conceito, sua caracterização e problematização da questão relativa à construção dos valores morais; e desenvolver atividades filosóficas com metodologias mais criativas usadas como ferramentas eficazes ao atendimento destes objetivos. Essa problemática sobre a formação ética do estudante é pertinente por partir da hipótese de que a escola ainda é o espaço ideal para o desenvolvimento moral do estudante; um espaço de experimentação e socialização cujos valores éticos são constantemente praticados e avaliados. A metodologia adotada articula uma pesquisa bibliográfica com pesquisa de campo e, em vista deste recurso, o presente estudo culminou na execução de uma proposta de intervenção filosófica na sala de aula. Os objetivos da pesquisa são: verificar a aplicação dos conteúdos relacionados aos valores éticos e morais presentes na escola; levar os (as) estudantes a reconhecer a importância dos
    valores éticos na sua formação integral; analisar, de forma crítica, o processo de ensino aprendizagem na disciplina de Filosofia; e aplicar um diagnóstico para identificar a situação educacional relacionada aos valores éticos. O estudo tem, como fundamentação teórica, uma concepção reflexiva e analítica acerca da construção do saber moral, a partir de filósofos como Aristóteles, na sua obra “Ética a Nicômaco”; em seguida, na fundamentação da ética do dever em Kant, utilizando as seguintes obras: “Sobre a Pedagogia”, “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”; e, por último, analisando a construção dos valores éticos com base nos estágios de desenvolvimento moral em Lawrence Kohlberg.

  • JÉSSICA DE SOUZA LIMA
  • A INSERÇÃO DO CETICISMO METODOLÓGICO NA CONSTRUÇÃO DA REFLEXÃO FILOSÓFICA NO ENSINO MÉDIO
  • Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
  • Data: 09/04/2019
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  • O objetivo desta dissertação é apresentar as contribuições do ceticismo metodológico na construção da reflexão filosófica no Ensino Médio, a partir de uma prática de intervenção na sala de aula, centralizando a problematicidade do ensino da disciplina de Filosofia no Ensino Médio. Nesse contexto, enfatizando a importância do aluno, com o itinerário do professor-problematizador, ou seja, a conduta de provocar, de instigar, de concatenar os conceitos da Filosofia em diversos desdobramentos conceituais, a partir de suas problematizações e a estruturação argumentativa. Mas, para que isso suceda será indispensável que o docente se confronte com a filosofia e o seu ensino como um problema filosófico. Através de uma leitura propedêutica do trabalho do filósofo moderno René Descartes, Meditações Metafísicas (2005), interessa-nos acima de tudo a Primeira Meditação, que ponderaremos nesse trabalho, o aspecto enfático dos argumentos e dúvidas céticas situadas por Descartes e, nesse sentido interpretar significativamente como o filósofo coloca em questão, a problematização. Além disso, a conexão com outros autores contemporâneos (CERLETTI, GALLO, SEVERINO SMITH, RODRIGO e demais). O ponto de partida foi à concepção de que educar significa formar uma subjetividade, no sentido para apoiar as problematizações, uma vez que estamos envolvidos em diversos processos sociais e econômicos que instauram o modo de pensar e sentir em nossa sociedade, portanto, busca-se compreender o significado do conceito de conhecimento, em uma natureza epistemológica. Propusemos a especificidade do problema como uma proposta metodológica e epistemológica aos alunos de filosofia do Ensino Médio, destacando que, o ceticismo metodológico é um procedimento metodológico, tendo em vista, não aceitar nada sem que antes passe pelo crivo da razão, e é nessa linha que a identificação e a sensibilização ao interrogar ou a problematizar conduzem, de modo geral, mas muito significativa, à temática de especificidade da problematicidade filosófica e a busca pela justificação de sua atividade no contexto do mundo contemporâneo que os alunos fazem parte. Desta forma, esta dissertação é uma intervenção metodológica e epistemológica sobre as possibilidades, dentro da construção da reflexão filosófica com a necessidade de interrogar, de problematizar, de questionar ou de inquirir sendo uma ferramenta indispensável para se verificar o conhecimento e colocá-lo sob o crivo da razão. Para tanto, encaramos essa prática na sala de aula e concebemos o aluno como um sujeito ativo e participativo. Esta pesquisa não visa insistir em modelos de ensino, mas trazer um exemplo para inspirar caminhos para pensar em filosofia do ensino de Filosofia.



  • FRANCISCO ATUALPA RIBEIRO FILHO
  • AS MANIFESTAÇÕES DA BARBÁRIE NO AMBIENTE ESCOLAR: O ENCONTRO ENTRE A EDUCAÇÃO EMANCIPADORA DE THEODOR ADORNO E A LITERATURA TRANSGRESSORA DE GEORGES BATAILLE COMO PRÁXIS FILOSÓFICO-LITERÁRIA
  • Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
  • Data: 08/04/2019
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  • A dissertação visa discutir e evidenciar sobre a importância do diálogo entre literatura e filosofia. Com a perspectiva adorniana buscou-se entender quais os mecanismos reprodutores da barbárie no ambiente escolar e qual postura o professor deve tomar diante de tais manifestações. A proposta educacional emancipadora se encontra no livro Educação e emancipação (2006), onde Theodor Adorno elucida que é necessário promover o debate crítico e autorreflexivo sobre os mecanismos que fazem as pessoas agirem de modo agressivo. A instrumentalização da vida, o modelo de formação ideal-heteronômico, a dominação tecnológica, a ausência de consciência crítica, o caráter manipulador, tendo como suporte a educação tradicional: severa e moralizante, constituem mecanismos subjetivos propagadores da barbárie; compreendê-los é a exigência e a meta da educação. Mas, a civilização produz aquilo que combate, isto é, a selvageria. Não estaria a escola nutrindo a barbárie ao encarar como corriqueiras atitudes como: bullying, homofobia, automutilação, assédio sexual e moral, suicídio e autoritarismo docente? Por que a escola onde deveria ser espaço de transformação social se tonou um ambiente caótico reprodutor da barbárie? Então, como romper com esses cenários de violência sem fazer uso de princípios normativos e moralizadores? A efetivação da proposta emancipadora adorniana encontra sua aplicabilidade na crítica e literatura transgressoras de Georges Bataille nos escritos A literatura e o mal (2015) e O erotismo (2017a). As leituras dos textos de Nietzsche, o francês, desenvolve uma hipermoral que desloca a vontade de potência à vontade de chance, onde postula que o ser se encontra entre lances de um jogo. Com os textos freudianos desmitifica a noção de mal como algo ontológico ou como uma luta destrutiva maniqueísta para concebê-lo como impulso criador. A educação emancipadora de Adorno abre caminho à crítica-literária de Bataille, através de ações que possibilitam a transformação do ambiente escolar em um espaço de oposição e luta contra a agressividade e a semiformação. Criou-se uma nova proposta formativa: educação emancipadora-transgressora. Através do método paratático adorniano e da proposta transgressora batailliana apresenta-se a “metodologia sem método”, o parataxismo, tendo na Dialética negativa (2009) de Adorno seu cerne em diálogo com os escritos do sol e visões do excesso de Bataille, cuja metodologia baseia-se na dialética do reconhecimento. A intenção da pesquisa não consiste em excluir autoritariamente a falha ou a agressividade e aprisionar os envolvidos nas malhas do bem ou ainda concebê-los como uma entidade autônoma, mas desenvolver cooperativamente múltiplas possibilidades de emancipação. Encontra-se em Bataille a chance à transgressão, à subversão, ao erro, à emoção como oportunidade filosófico-literária de reacender o espírito dos envolvidos. As atividades emancipadoras como produção de documentários, autobiografias, performances foram desenvolvidas pelos estudantes do terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Nossa Senhora Aparecida no município de Formosa do Rio Preto-BA. Viviane Mosé (2015), Gonçalo Armijos Palácios (2000), Antônio Edmilson Paschoal (2008), Bruno Pucci (2012), Michel Thiollent (1986), Antônio Álvaro Soares Zuin (2007) contribuíram na elaboração e vivência metodológica dos instantes criativos. 

  • WILMA REJANE NERI DE SOUSA MOURA
  • RAZÃO E AFETO COMO MEIOS DE CONCEITUAÇÃO NO DIÁLOGO ENTRE CINEMA E FILOSOFIA: UM DESAFIO CONTEMPORÂNEO PARA ALÉM DA SALA DE AULA TERESINA 2019
  • Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
  • Data: 27/03/2019
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    O objetivo deste trabalho é apresentar o desenvolvimento e o resultado de
    intervenção filosófica ocorrida em turma do ensino médio, em escolas da rede
    pública, na cidade de Teresina-PI. Como fundamentação inicial do campo de
    pesquisa, intentou-se conceituar o aluno participante: que aluno constitui-se como
    campo conceitual a ser trabalhado e de que forma a realidade desse aluno poderia
    ser modificada. Assim, chegou-se ao conceito de aluno dotado de capacidade lógica
    afetiva. A intervenção buscou meios de desenvolver nos alunos a capacidade
    conceitual logopática (lógica e afetiva) nas aulas de Filosofia. Para esse contexto, e
    como base teórica metodológica dos trabalhos, foram adotadas as teorias
    conceituais de Béla Balázs, Felix Guattari, Georg Hegel, Gilles Deleuze, Hans Ulrich
    Gumbrecht, Immanuel Kant, John Dewey, Julio Cabrera, Thomas Kuhn e Northrop
    Frye. Foi observada ainda a teoria de cinema de Marcel Martin que considerou os
    efeitos da linguagem do cinema como condutor de transformação da realidade. A
    metodologia norteadora dos trabalhos em sala de aula ancorou-se nos estudos de
    Guillermo Obiols dirigidos ao ensino e aprendizagem da Filosofia.

     

  • LOISE ANA DE LIMA
  • ENSINO DE FILOSOFIA: CAMINHOS PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E DE EFEITO
  • Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
  • Data: 22/03/2019
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  • Este projeto de intervenção tem como proposta de trabalho o exame de temas e conceitos filosóficos disposto na obra O Príncipe, de Maquiavel, composto por um grupo de trinta alunos distribuídos em quatro turmas de 9º Ano (A, B, C, e D), do Ensino Fundamental II, do Instituto Dom Barreto, localizado na cidade de Teresina –PI, no ano de 2018. A problemática que norteou esse projeto partiu da busca de uma resposta para o cotidiano em sala de aula: o estudo semântico de conceitos filosóficos é importante para a aprendizagem mais significativa e de efeito? Com esta indagação objetivamos compreender se o estudo de conceitos filosóficos se torna mais significativo quando parte de uma estética do efeito, baseada no diálogo entre a filosofia e a literatura, pois a intenção é ir além da lógica, da assimilação documentada da obra, dependente de testemunhos e de uma memória histórico-sociológica que condiciona a sua apreensão porque entendemos que o caminho crítico-reflexivo da leitura de uma obra literária pode se converter em uma experiência com organização própria, porque não traz em si um sentido, mas este acontece através da presença ativa do leitor, que não é apenas um decodificador, mas é aquele que dá sentido às frases justapostas. A questão é saber se esse desafio é capaz de provocar um melhor entendimento, significação e efeitos nos alunos. Para realizar este trabalho de pesquisa recorremos a alguns nomes da literatura, da educação e da filosofia, dentre eles, Tzvetan Todorov (2017) e Sérgio Adas (2012).

     

  • PABLO ANDREY DA SILVA SANTANA
  • Ensino de filosofia: temas filosóficos e seriados
  • Orientador : HERALDO APARECIDO SILVA
  • Data: 28/02/2019
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  • O presente trabalho visa propor uma reflexão sobre o uso dos seriados televisivos como estratégia de intervenção no ensino de filosofia do ensino médio. Embora a questão do ensino de filosofia não seja concebida como uma das questões fundamentais do processo histórico e tradicional da Filosofia, o exercício filosófico na sala de aula não pode ser negligenciado, como apontam Kohan (2004) e Ghedin (2009). A filosofia enquanto disciplina pode ampliar a atuação do indivíduo dentro e fora do universo escolar de diferentes maneiras: buscar a compreensão da realidade, repensar os valores e ensinar aspectos cruciais da evolução do pensamento humano. A problemática  levantada pelo nosso estudo  encontra  apoio  nas reflexões de Gallo (2012), Rodrigo (2009) e outros comentadores que defendem que o  ensino de filosofia necessita dispor também de eventuais recursos não-filosóficos para tornar mais acessível para os estudantes a aprendizagem de temas filosóficos. Nosso estudo evidencia, principalmente, que a aula de  filosofia no ensino médio, deve ser encarada, como propõem Rorty (2007), Ghiraldelli Jr. (1999) como uma forma de ampliação da imaginação e do estímulo ao livre pensar para, consequentemente, criar uma sensibilidade frente aos dramas humanos que, inicialmente, são considerados estranhos. Tal estímulo dado aos alunos para a prática do livre pensar deve ser feita no intuito de relacionar temáticas de sua convivência diária, possibilitando uma atmosfera que os aproxime das obras e pensamentos de autores filosóficos diversos. A proposta de elaboração de unidades didáticas para mediante o uso de seriados na aula de filosofia é baseada na filosofia neopragmatista de Rorty (2002; 2007) que defende o uso de diversos gêneros de narrativa, dentre os quais os filmes e os programas televisivos, como formas de ampliação de nossa imaginação e, consequentemente, da nossa sensibilidade frente aos dramas humanos que, inicialmente, são considerados estranhos. A partir de sua perspectiva, enfatizamos que o uso do seriado pode ser concebido como um recurso eficaz para o ensino de filosofia, visto que além de ser uma abordagem temática interessante e criativa para a prática filosófica na sala de aula, também pode atuar como elemento conectivo entre a realidade discente e o conteúdo teórico, conceitual e metodológico da disciplina de Filosofia.

  • MARISTANE MARIA DOS ANJOS
  • FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO: O USO DE DOCUMENTÁRIO PARA AS AULAS DE FILOSOFIA
  • Orientador : HERALDO APARECIDO SILVA
  • Data: 27/02/2019
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  • RESUMO

     

    Este estudo tem como objeto de pesquisa o uso do gênero documentário nas aulas de Filosofia no Ensino Médio. Seu objetivo central é promover metodologias que possam contribuir para a contextualização do ensino de conceitos filosóficos, mas que impulsionem o discente a uma atitude ativa, de conversação, diálogo, indagação, logo, estimule o desenvolvimento de seu pensamento crítico, reflexivo. Dessa forma, reconhece que a prática docente voltada exclusivamente para o ensino tradicional, teórico, centrada na reprodução de conteúdos, não colabora para o ensino-aprendizagem de sentido, de significado, capaz de tornar o discente mais participativo, pelo contrário, produz aprendizagem mecânica. Defende, portanto, que a preocupação maior do docente seja fornecer ao aluno subsídios para o seu desenvolvimento intelectual, motivá-lo à atividade filosófica de análise, argumentação, investigação, descoberta e, ao mesmo tempo, oferecer a ele autonomia para elaborar suas próprias ideias. Com base nisso, apresenta a narrativa do documentário como meio adequado e eficiente para propiciar a contextualização do ensino de Filosofia e, também, como poderoso instrumento para a expansão do pensamento do discente e, desse modo, auxiliar em seu próprio processo de filosofar, pois, conforme concebe Rorty (2007), as narrativas, seja do gênero documentário, romance, o livro de história em quadrinhos, a reportagem jornalística têm, efetivamente, mais força para sensibilizar, provocar a atenção e o interesse das pessoas do que a teoria. Com isso, os temas de Filosofia, as obras e os textos filosóficos, dos filósofos clássicos da antiguidade aos contemporâneos, assim como textos não filosóficos, compreendidos aqui como músicas, poemas, poesias, textos jornalísticos, quando articulados à linguagem de um documentário pertinente, são capazes de produzir um ensino de Filosofia contextualizado e inspirador. É também, intenção deste trabalho, demonstrar a importância da aquisição do conhecimento filosófico com autonomia e para exercer a liberdade, provocar mudanças, esta é a utilidade prática da Filosofia, buscar sempre transformar a sociedade, com o propósito de torná-la melhor e emancipada. Esses argumentos convergem, essencialmente, com a visão de Rorty sobre o papel da Filosofia, mas, também, com filósofos contemplados nesta pesquisa que propõem a aprendizagem com mais autonomia, maior protagonismo do discente, como forma de construir conhecimento por meio da descoberta, por conseguinte, mais significativo e mais emancipatório.

  • PATRICIO OLIVEIRA LIMA
  • O EQUILÍBRIO REFLEXIVO RAWLSIANO UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA CONSTRUÇÃO DAS DIRETRIZES CONCEITUAIS PARA A FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
  • Orientador : ELNORA MARIA GONDIM MACHADO LIMA
  • Data: 22/01/2019
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  • Esta dissertação se propõe a desenvolver uma reflexão baseada em uma ideia de intervenção filosófica junto aos professores de Filosofia da 21ª GRE – SEDUC-PI, utilizando a metodologia do equilíbrio reflexivo desenvolvida por John Rawls, com a finalidade de construir um documento contendo os conceitos fundamentais que podem auxiliar no planejamento e execução do trabalho desses docentes no Ensino Médio, tendo os documentos oficiais que regem a educação brasileira como referência. Esta intervenção parte da problemática observada a partir de uma análise sobre estes documentos que trazem uma série de recomendações sobre a disciplina de Filosofia para o Ensino Médio, a fim de alcançar os objetivos propostos na lei. De acordo com eles, a tarefa seria produzir, por meio da reflexão, sujeitos autônomos, críticos e, por conseguinte, capazes de vivenciar com plenitude a vida cidadã. Entretanto, esses mesmo documentos não trazem as definições do que viriam a ser a noção de filosofia, de reflexão, de crítica, de autonomia, nem mesmo a ideia de cidadania, deixando os professores num certo vazio conceitual e colocando-os num limbo de onde eles mesmos deveriam sair. Nossa fundamentação teórica se apoia na teoria de John Rawls e nos trabalhos de comentadores como Gondim. De modo mais específico, no procedimento do equilíbrio reflexivo, que acontece no interior daquilo que Rawls chamou de posição original. Trata-se de um processo de representação no qual os cidadãos deliberam sobre os princípios que devem orientar suas vidas na construção de uma sociedade equitativa e justa. Assim como Rawls sugere que cidadãos autônomos, livres e iguais deliberem segundo a metodologia do equilíbrio reflexivo sobre os princípios que vão orientar sua sociedade para o caminho da justiça e do bem, realizamos uma experiência de pensamento, na qual os professores, analogamente, construíram, também utilizando-se do método do equilíbrio reflexivo, as diretrizes conceituais que vão auxiliar na orientação do seu trabalho para atingir a finalidade máxima dada pela lei que é habilitar seus alunos para o exercício pleno da cidadania. Como resultado dessa pesquisa intervencionista filosófica, tivemos um documento contendo cinco diretrizes conceituais que foram sugeridas como referência para produção daquilo que se refere à Filosofia dentro dos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas dos professores envolvido e para orientá-los no planejamento e execução de suas atividades.

     



Dissertações/Teses Antigas
2024
Descrição
  • ERNANDO JOSÉ NASCIMENTO DOS SANTOS
  • ENSINO DE FILOSOFIA E O PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT: POR UMA RECONSTRUÇÃO DA VISÃO EDUCACIONAL
  • Orientador : DEYVISON LIMA RODRIGUES
  • Ano: 2024
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  • Esta pesquisa trata da filosofia de Hannah Arendt e uma proposta de ensino baseada em seu pensamento. O problema da pesquisa é a compreensão da crítica arendtiana da condição humana ao animal laborans e a análise dos modos pelos quais a condição do homem atual interfere na educação. Tem como objetivo uma reconstrução da visão sobre o campo educacional a partir do posicionamento crítico no campo político a promover o alargamento do pensamento reflexivo, proporcionando condições de possibilidades para enxergar a política como esfera da vida humana a qual envolve ação, espaço público e liberdade. Ao passo que se pergunta como a Educação sofre interferência a partir da atividade do trabalho, acredita-se que com tal proposta de pesquisa e a adequada intervenção educacional, seja possível compartilhar com jovens do Ensino Médio um conjunto de saberes sobre política, espaço público e ação, principalmente na perspectiva de Arendt. Para tanto, a dissertação é dividida em três capítulos, a saber, a reconstrução do problema, a filosofia e seu ensino e, por fim, uma proposta de intervenção a ser realizada na escola. Como conclusão, apresentamos algumas condições de possibilidade de reconstrução da visão sobre a Educação e o homem contemporâneo.
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