Este trabalho apresenta uma análise da situação dos jovens indígenas no Curso de Licenciatura em Educação do Campo/Ciências da Natureza – LEDOC, da Universidade Federal do Piauí, campus Ministro Petrônio Portela, no Centro de Ciências da Educação – CCE. Falo sobre a população indígena no Piauí e emergência étnica, trazendo um pouco dos dados historiográficos, como também os dados dos Censos Demográfico de 1991, 2000 e 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE. Apresento os jovens indígenas acadêmicos de Oiticica e Nazaré, falando sobre suas comunidades e do mito da “índia pega a dente de cachorro” que é compartilhada pelas duas comunidades. Busco refletir sobre a educação para os indígenas, evidenciando a presença destes e a invisibilidade no âmbito do LEDOC – UFPI. Apresento o curso de Licenciatura em Educação do Campo, os editais de entrada e sobre como os colega e professores no espaço acadêmico reagem ao se depararem com estes jovens que se auto declaram indígenas e sofrem preconceito. Evidencio a atuação destes jovens em suas comunidades, os conflitos de lideranças que se tornou evidente em um evento indígena. Abordo o clima de exclusão que alguns sentiam em relação ao Movimento Indígena e falo sobre a ocupação da reitoria pelos estudantes de Educação do Campo em 2017 e suas consequências. Os procedimentos da pesquisa foram observação, entrevistas e registro audiovisual das falas e episódios em que os referidos indígenas estavam presentes. A coleta de dados foi realizada na aldeia Nazaré e Oiticica e na UFPI, durante as etapas de formação acadêmica.