As leis 10.639/2003 e 11.645/2008 foram responsáveis por iniciar o debate a respeito do reconhecimento da cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena na identidade cultural brasileira. Após quase vinte anos da política educacional, ainda temos a discriminação, desigualdade, apagamento histórico e social dos povos que constituíram e constituem nossa nação. Centralizando a instituição escolar (pública e privada) como protagonista por implantar essas mudanças durante o processo de ensino e aprendizagem, o Livro Didático, reconhecido como principal instrumento de referência no processo de transmissão do conhecimento formal constitui um dos principais alvos das analises cientificas por diferentes áreas. Dessa forma, buscamos realizar um estudo antropológico a respeito das representações dos negros nos livros didáticos de história e sociologia, visando compreender o papel desempenhado por tal instrumento no reconhecimento (ou não) da cultura negra no processo de autoreconhecimento identitário. Os acontecimentos da Covid-19 impactaram significativamente tal pesquisa recorrendo a entrevistas e questionários online para coleta de dados deste estudo, durante a realização das incursões em campo, a observação participante, questionários e rodas de conversa com os alunos foram utilizados como instrumento de coleta de dados.