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Banca de DEFESA: JÂNIO JORGE VIEIRA DE ABREU

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÂNIO JORGE VIEIRA DE ABREU
DATA: 22/02/2017
HORA: 08:30
LOCAL: SALA DE DEFESA PPGED
TÍTULO: MASCULINIDADES NA CULTURA ESCOLAR DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM NÍVEL MÉDIO E SUPERIOR DESTINADOS À EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE TERESINA – PI (1996-2014)
PALAVRAS-CHAVES: Homens. Masculinidades. Feminilidades. Pedagogia. Cultura escolar.
PÁGINAS: 204
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Educação Pré-Escolar
RESUMO:

O presente estudo tem como objetivo analisar as masculinidades na cultura escolar dos cursos de Licenciatura em Pedagogia de instituições públicas e privadas de Teresina – PI, Brasil, buscando compreender como se constroem e reconstroem as masculinidades na cultura escolar desses cursos e das instituições formadoras. Apresenta-se como quadro conceitual básico para esta pesquisa os estudos de pesquisadores/ras do campo da Educação, Gênero e da História Cultural, entre outros: Pierre Bourdieu (1999); Peter Burke (2004); Robert W. Connell (1995); Daiane Antunes Vieira Pincinato (2007), Dominique Júlia (2001) e Antonio de Pádua Carvalho Lopes (1999). Fez-se pesquisa documental e de campo em 06 (seis) instituições que oferecem o Curso de Licenciatura em Pedagogia, em Teresina - PI. Nestas, aplicou-se questionários e realizou-se entrevistas com 44 estudantes do sexo masculino e 24 estudantes do sexo feminino; 11 docentes, sendo 3 docentes do sexo masculino e 9 docentes do sexo feminino, totalizando 79 sujeitos. Com o estudo teórico e empírico chegou-se às seguintes conclusões parciais: os estudantes têm idade entre 18 e 60 anos; parte deles considera parda a cor de sua pele e a outra parte a definiu como preta; alguns são oriundos de famílias de classes populares com baixa renda e com pouca escolaridade; outros também de origem econômica igual, afirmaram que outros familiares não tiveram oportunidade de frequentar escolas. Parte dos sujeitos estudou em escolas públicas, outros em escolas particulares. Frequentam Cursos de Pedagogia gratuitos ou financiados, mesmo que esta não tenha sido a primeira opção, mas, contraditoriamente, estão convictos de que fizeram a melhor escolha; sofreram diversos tipos de preconceitos, especialmente em relação à escolha pelo curso; alguns são masculinos de orientação heterossexual e outros são homossexuais; os homens envolvidos nessa pesquisa são em pequena quantidade em relação às mulheres ou ao universo de mulheres do Curso de Licenciatura em Pedagogia, o que repercute na cultura escolar do magistério e na construção das masculinidades discentes. Diversos fatores contribuíram para a baixa presença dos homens nos cursos pesquisados: os bons resultados obtidos com o trabalho feminino no magistério; o afastamento masculino em decorrência dos baixos salários; o aumento da carga-horária docente e a ampliação do mercado de trabalho. Em síntese, todos esses fatores podem ser atribuídos à transformação de valores de uma sociedade patriarcal e androgênica possibilitando mais espaço para as mulheres na sociedade em contradição com a desvalorização do magistério e uma concepção de homem provedor. A relação entre os homens e o magistério, historicamente marcada pela presença, pouca presença ou até pela ausência masculina em determinados níveis de ensino ou de formação é dimensionada por concepções de educação, bem como fatores econômicos e sociais que ora os estimula à inserção e ora os força à evasão. Portanto, em muitas situações, a feminização dos cursos, simbolicamente, pode significar uma tendência à desmasculinização do magistério. Com relação à formação dos homens, especialmente no que se refere à prática de estágio na educação infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, mais que desafios, revelam-se limitações. Para quaisquer outros níveis ou modalidades de ensino o trabalho docente exige uma formação pautada no conhecimento técnico e específico ou conteúdo das diversas áreas de conhecimento, mas não ultrapassam o âmbito escolar ou acadêmico. Quando se exige cuidados básicos essenciais, ou seja, práticas que não só educam, mas também cuidam, extrapola-se a dimensão cognitiva e/ou educativa porque cuidar de uma criança exige habilidades que ainda não são incluídas nos currículos dos cursos de Licenciatura em Pedagogia.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1167868 - ANTONIA EDNA BRITO
Interno - 1168265 - ANTONIO DE PADUA CARVALHO LOPES
Interno - 2175251 - JOSANIA LIMA PORTELA CARVALHEDO
Externo à Instituição - LUCINEIDE BARROS MEDEIROS - UESPI
Presidente - 1167670 - MARIA DO CARMO ALVES DO BOMFIM
Externo ao Programa - 2174309 - PEDRO VILARINHO CASTELO BRANCO
Notícia cadastrada em: 12/01/2017 09:39
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