O presente trabalho desenvolvido no município de Assunção do Piauí tendo como espaço delimitado a comunidade remanescente de quilombo Sítio Velho, objetiva compreender os processos de educação social e escolar, como potencializadores da coesão interna da comunidade tomando por base os elementos raciais para além da narrativa comum de luta pela posse da terra. Especificamente, propõe identificar as políticas educacionais na perspectiva da diversidade racial; compreender os aspectos teóricos e metodológicos utilizados na/pela educação escolar e social; descrever os procedimentos metodológicos utilizados na/pela escola na perspectiva dos agentes educativos; caracterizar as práticas educativas dos agentes do processo educacional e social; analisar as práticas educativas dos agentes educacionais da comunidade. A investigação conta com a participação de sete moradores da comunidade e nove professores da escola Antônio Nazário da Silva. O estudo tem como base o método hipotético-dedutivo, a partir de uma abordagem qualitativa que utilizou como técnicas para acessar as informações necessárias ao estudo, a observação participante, rodas de conversa, entrevista semiestruturada e questionário semiestruturado. A pesquisa encontra respaldo nas ideias de Moura (2014); Gorender (1980); Gomes (2015); Brandão (2015); Lima (2005); Mott (1985); Boakari (2005); Almeida (2006; 2011); Arruti (2008; 2010), O’Dwyer (1995; 2002); Leite (1990; 1996; 2000; 2002); Moura (1999); Nunes (2006; 2008); Freire (1977; 1985); Candau (2010); Silva (2010) e outras/os pesquisadoras/es do tema. A investigação torna-se relevante em razão de ampliar o conhecimento sobre práticas educativas e processos de escolarização numa comunidade remanescente de quilombo, além de ampliar o debate sobre a implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola. A pesquisa revela proximidades e distanciamentos entre práticas educativas e os conteúdos do currículo escolar; a necessidade contar e recontar a história da comunidade das mais variadas formas; a atitude de rompimento com os silenciamentos da escola sobre o racismo, assim como, transformar as práticas docentes limitadas ao domínio de métodos e técnicas de ensino em práticas transformadoras e emancipadoras