A presente pesquisa vincula-se à Linha de Pesquisa Formação Docente e Prática Educativa do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Piauí. Tem como objetivo investigar os processos subjetivos de professores no trabalho pedagógico com alunos com altas habilidades/superdotação. Como aportes teóricos, adota-se a Teoria da Subjetividade, desenvolvida em uma perspectiva histórico-cultural por González Rey, dialogando com outros autores que discutem a inclusão escolar (MENDES, 2010), o trabalho pedagógico (TACCA, 2006, 2009, 2014; TUNES; BARTHOLO, 2014; MITJÁNS MARTÍNEZ, 2014) e o campo das altas habilidades/superdotação (PÉREZ, 2003; RENZULLI, 2004; AZEVEDO E METTRAU, 2010; MEZZOMO, 2011; SILVA, 2014; PEREZ; FREITAS, 2014). São questionamentos presentes nessa pesquisa: Como o professor subjetiva sua formação, sua relação e o trabalho pedagógico com o aluno com altas habilidades/superdotado? Quais são especificamente as práticas em sala de aula que favorecem a emergência de sentidos positivos em relação a esse aluno? Metodologicamente, a pesquisa se estrutura a partir da Epistemologia Qualitativa, apoiada no método construtivo-interpretativo. Participam do estudo 05 professores que atuam com alunos com altas habilidades/superdotação em uma escola privada na cidade de Teresina. Constituem instrumentos de produção de informações o questionário socioeconômico, as entrevistas, o completamento de frases e as dinâmicas conversacionais. Como constatações parciais, o estudo aponta que para compreender o trabalho pedagógico faz-se necessário pensar o professor em seus processos de formação profissional e na complexidade de sua organização subjetiva. Com esta pesquisa espera-se contribuir de forma substancial para as discussões a respeito dos processos subjetivos e do trabalho pedagógico com alunos com altas habilidades/superdotação.