A inclusão social é uma questão global e constantemente trabalhada por continuar excluindo aqueles que são considerados diferentes; transformando o ambiente em um lugar tenso e inadequado e, não muito raro, causando sérios resultados físicos ou psicológicos. As tendências de alguns países têm sido promover a integração, a participação e a luta em prol da inclusão. Com isto em mente, os governos precisam fortalecer o desenvolvimento da sociedade, a fim de participarem de maneira efetivamente econômica, social, cultural e socialmente institucional; procurando melhorar o interesse social pela igualdade de direitos e oportunidades nos estabelecimentos de ensino no que tange a gerar um ambiente de convivência. Podemos destacar a importância da equidade e igualdade dos direitos como cidadãos em uma sociedade. Tratando-se da inclusão social de estudantes, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) vem recebendo estudantes estrangeiros do continente africano desde o ano de 2010 para graduação e estudantes latinos desde o ano de 2015 para pós-graduação, os quais alguns deles aceitaram participar desta pesquisa. De forma específica, esta pesquisa procurou analisar o processo de inclusão social dos estudantes estrangeiros de graduação e pós-graduação. Para isso, apoiou-se em autores como Aguado (2003), Bauman (1999), Burity (2006), Da Cunha (2017), entre outros. Nesta pesquisa se buscou analisar o processo de inclusão social dos estudantes estrangeiros de graduação e pós-graduação na UFPI, assim como conhecer os fatores sociais que favorecem ou dificultam o processo de inclusão social dos estudantes estrangeiros; identificar as diferenças culturais que favorecem ou dificultam o processo de inclusão social dos estudantes estrangeiros na UFPI e analisar as reações dos estudantes brasileiros e dos professores em relação a presença de estudantes estrangeiros na graduação e na pós-graduação , assim como a aceitação dos mesmos. Optou-se por realizar uma pesquisa de campo de natureza qualitativa. Para a coleta de dados utilizou-se como instrumento a entrevista semiestruturada; uma vez obtido os dados, foram condicionados à análise de conteúdo conforme Bardin (1977). Os resultados das análises demonstraram que em alguns casos se apresenta as representações sociais que dificultam o processo de inclusão social de estudantes colombianos e africanos, principalmente. Outro fator que pode dificultar este processo de inclusão é a diversidade cultural devido o aluno estrangeiro sofrer ao começo por desconhecer o idioma, desconhecer a metodologia e enfrentar uma nova cultura ao qual necessita se adaptar e ainda as vezes serem rejeitados pelos seus colegas de turma que poderiam discriminá-los por preconceitos, inclusive por motivos de racismo e xenofobia.