RESUMO
Este estudo, intitulado de “A educação extraescolar do movimento escoteiro no Piauí (1930 – 2020): história e memória”, traz no cerne de sua pesquisa a trajetória do escotismo desde sua fundação na Inglaterra em 1908, sua chegada ao Brasil em 1910, e no estado do Piauí em 1930. Procura um aprofundamento teórico- metodológico do objeto de estudo a partir do percurso histórico do Movimento Escoteiro Mundial, no Brasil e no Piauí. Objetiva reconstituir o conhecimento histórico do Movimento Escoteiro do Piauí; identificar aspectos importantes da cultura escoteira, (re) construindo memórias de dirigentes, escotistas, escoteiros e familiares sobre o passado e presente do Movimento; analisar práticas educativas do Movimento Escoteiro no Piauí e suas contribuições para a formação integral dos sujeitos partícipes desse movimento, ao longo de seu percurso histórico. Como orientação metodológica, optou-se pela realização de uma pesquisa historiográfica de natureza qualitativa, tendo em vista dar significado às informações coletadas, por meio de interpretação mais aprofundada da complexidade humana (MINAYO, 2003). Foram escolhidos 8 (oito) Grupos Escoteiros entre os 16 (dezesseis) existentes no Piauí, em um total de 24 interlocutores, sendo 13 (treze) escotistas, 5 (cinco) familiares e 6 (seis) escoteiros. A relevância da pesquisa se evidenciou pela possibilidade de reconstituir o conhecimento histórico e a memória do Escotismo no Piauí, com foco nos processos de organização, estruturação e funcionamento, bem como na importância das práticas educativas utilizadas pelo movimento, para a formação de valores. Entre os teóricos que fundamentam a história do Movimento e Cultura Escoteira conta-se com as contribuições de: Baden-Powell (1993), Boulanger (2000), Nascimento (2008). Fávero e Valla (1977), Gutierrez (2004), Thomé (2006), Catarino, Queiroz e Barbosa-Lima (2017), e outros, que contribuíram para as reflexões sobre educação extraescolar, assim como Souza (2000), Julia (2001), Buffa (2002), Gatti Jr (2002), Faria Filho et al (2004), Ferro (2010) e Magalhães (1998, 2004) que trabalham cultura escolar e instituições educativas. Além desses teóricos, Halbwachs (1990), Burke (1991,1992), Certeau (1994), Le Goff, Chartier e Revel (1998), Thompson (2001), entre outros, contribuíram com os preceitos da
História Cultural.