Necessidades formativas de professores iniciantes na produção da práxis: realidade e possibilidades?
Necessidades formativas. Professor iniciante. Práxis
A proposição deste estudo é de que as necessidades formativas compartilhadas por meio da colaboração e da reflexão possibilitam ao professor iniciante desenvolver práxis. O objetivo é investigar a relação das necessidades formativas de professores iniciantes na produção da práxis. Tem como ações específicas: interpretar as necessidades formativas dos professores iniciantes; compreender o contexto sócio-histórico de produção das necessidades formativas dos professores iniciantes; analisar as necessidades formativas de professores iniciantes em contexto de colaboração e de reflexividade crítica na possibilidade de produção da práxis. A pesquisa foi desenvolvida com professores iniciantes de duas escolas públicas, cujo referencial teórico-metodológico é o Materialismo Histórico Dialético, que compreende o desenvolvimento humano decorrente das relações com a natureza, com a história e com o contexto social em que o homem tanto transforma o meio, quanto por ele é transformado. O trabalho está fundamentado nas discussões em Kopnin (1978), Vieira Pinto (1969) Cheptulin (2004), Vázquez (2007), García (1999), Freire (2005) Bakhtin (2009, 2011) e Ibiapina (2008, 2011), entre outros, e é composto de cinco momentos: o primeiro destaca o ponto de partida, as âncoras da investigação, recorrendo à contextualização justificada do objeto de estudo e do estado do campo em que se encontra a categoria professor iniciante; o segundo focaliza os pressupostos teórico-metodológicos, os procedimentos de pesquisa – narrativas em diários e em entrevistas –, e o processo de colaboração e de observação colaborativa da prática docente das professoras iniciantes. O término desta seção traz a apresentação do processo de análise e de interpretação a partir da interação verbal (BAKHTIN, 2009, 2011), mediante enunciações constituídas pelas “Necessidades Formativas e Práxis”, como Unidade Temática Geral (UTG) e como Unidade Temática Específica (UTE): “Contexto e Travessia, Necessidades Formativas e Colaboração e Reflexão.”; a terceira parte destaca as dimensões da formação decorrentes da cultura profissional docente; na quarta seção, o diálogo é com as práticas qualificadas como educativa, pedagógica, docente e práxis; e, na quinta, a interação é com os dados gerados na pesquisa e a consequente produção das análises.