O objetivo deste trabalho é apresentar o desenvolvimento e o resultado de
intervenção filosófica ocorrida em turma do ensino médio, em escolas da rede
pública, na cidade de Teresina-PI. Como fundamentação inicial do campo de
pesquisa, intentou-se conceituar o aluno participante: que aluno constitui-se como
campo conceitual a ser trabalhado e de que forma a realidade desse aluno poderia
ser modificada. Assim, chegou-se ao conceito de aluno dotado de capacidade lógica
afetiva. A intervenção buscou meios de desenvolver nos alunos a capacidade
conceitual logopática (lógica e afetiva) nas aulas de Filosofia. Para esse contexto, e
como base teórica metodológica dos trabalhos, foram adotadas as teorias
conceituais de Béla Balázs, Felix Guattari, Georg Hegel, Gilles Deleuze, Hans Ulrich
Gumbrecht, Immanuel Kant, John Dewey, Julio Cabrera, Thomas Kuhn e Northrop
Frye. Foi observada ainda a teoria de cinema de Marcel Martin que considerou os
efeitos da linguagem do cinema como condutor de transformação da realidade. A
metodologia norteadora dos trabalhos em sala de aula ancorou-se nos estudos de
Guillermo Obiols dirigidos ao ensino e aprendizagem da Filosofia.