Esta dissertação objetivou problematizar como os professores de filosofia do Ensino Médio de algumas escolas da zona urbana da cidade de União-PI criam conceitos a partir dos processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização. A pesquisa tem como objetivo cartografar a prática docente dos professores de filosofia a partir dos processos da geofilosofia de territorializar, desterritorializar e reterritorializar na criação conceitual de acordo com a perspectiva filosófica de Gilles Deleuze. O percurso metodológico adotado foi a cartografia, entendida como procedimento de acompanhamento de processos ocorridos num território existencial em que a realidade é tomada como multiplicidade, considerada como procedimento aberto, flexível e coerente com a perspectiva filosófica adotada nesta pesquisa. A partir da problemática apontada nesta pesquisa, pretendeu-se, com base nas narrativas dos docentes, compreender como eles traçam seu plano de imanência, como se desterritorializam para outros territórios fora da filosofia, enquanto professores nômades em busca de elementos não-filosóficos, trazendo-os para seu território e, assim, fazem das suas aulas momentos de inspiração, de criação conceitual. Como fundamentação teórica recorreu-se ao aporte teórico de Gilles Deleuze e seus principais comentadores, tais como Machado (1990) e Gallo (2012).