O presente trabalho, tem o objetivo de discutir a relação entre autonomia e poder do professor de filosofia no processo de formação escolar à luz da argumentação foucaultiana através da discussão do poder, do poder-saber, e como essa relação ocorre no espaço escolar. A manifestação do poder nessa relação, da educação e da formação em diferentes épocas pois é uma problematica histórica e pode ser percebida desde que o homem passou a ter a noção de dominação de uns sobre os outros. Assim, pretendemos, por meio de uma análise filosófica, mas tambem histórica e política, apresentar breves aportes acerca de como esse conceito tem evoluído na sociedade em diferentes épocas e como as relações de poder têm influenciado também os processos de educaçãc, formação e transformação da sociedade. Para tanto, utilizamos uma abordagem baseada nos estudos dessa temática feitos pelo filosofo francês Michel Foucault. De forma mais específica, voltamo-nos para suas concepções de arqueologia do saber e de genealogia do poder, pontos de partida que permitem que Foucault desenvolva uma investigação do comportamento humano que abre portas para o processo de formação do sujeito. Dessa forma, examinaremos o ensino da filosofia na escola, as dificuldades encontradas pelo docente de filosofia para exercer a docência, como o professor pode equacionar essa rel açüo de autoridade que tem sobre o aluno, para que o processo de ensino/aprendizagem seja de fato transformador, ou seja, sem imposição de regras na condução e produção do conhecimento crítico/reflexivo, para a formação do educando. Assim, ocupamo-nos com as diversas manifestações do poder apontadas por Foucault, desde como se utiliza do poder como instrumento de punição e coerção social, passando pelas formas de poderpreconceito, para alcançarmos o poder disciplinar nas escolas, hospitais e quartéis, cujo objetivo é selecionar, examinar, eliminar e excluir. Assim, observa-se que o poder esta intimamente ligado à questão da educação e da formação, resultando na contemporaneidade, um poder vigilante, que se mantém alerta, analisa, observa, controla, vigia, dociliza, educa e forma, mas que também pune, exclui, elimina e segrega. Nosso referencial teórico parte a partir das obras de Foucault, Vigiar e Punir (2013), Historia da Loucura (2013), A Ordem do Discurso (1996), e Em Defesa da Sociedade (1999)