Karl Raimund Popper é um dos filósofos mais bem-conceituados no que diz respeito à Filosofia das Ciências. O mesmo faz uma revisão radical do empirismo por meio da precedência da teoria, provocando assim uma virada na forma de se perceber o método científico. Para ele o conhecimento científico começa com uma teoria que antecede aos testes observacionais; estes, por sua vez, servem apenas como tentativas de falsificação da teoria. Já no que se refere à filosofia, Popper afirma que tais teorias são desprovidas da característica da refutabilidade, pois as mesmas não podem ser testadas empiricamente, porém, nem por isso elas deixam de ser relevantes, pois suscitam discussões importantes a partir do questionamento dos problemas que as originaram. Percebe-se claramente uma postura ou atitude crítica de Popper quanto às suas concepções acerca do que é ciência e do que é filosofia àquilo que chamou de conhecimento do senso comum. O objetivo deste trabalho consiste em apresentar uma proposta de intervenção filosófica a partir desta atitude crítica de Popper visando uma semelhante atitude por parte dos alunos de filosofia do Ensino Médio. Esta pesquisa é totalmente bibliográfica, sendo utilizados para a realização da mesma livros impressos e digitais e ainda periódicos retirados da internet. Adotamos o pressuposto de que, se o ensino de filosofia for realizado a partir de uma concepção de filosofia que seja essencialmente crítica, também os alunos serão levados ao próprio ato ou processo do filosofar criticando suas próprias teorias de senso comum e, dessa forma, melhorar a partir da identificação e eliminação de seus erros.