A presente pesquisa analisa “Os exemplos éticos motivacionais senequianos como “terapia”[1] no encorajamento dos docentes da Unidade de Ensino Santos Dumont, em Trizidela do Vale, no Estado do Maranhão. Este estudo fundamenta-se nos “Exemplos ético-motivacionais” ou Exortações Morais encontradas nas “Cartas a Lucílio”, obra principal do filósofo Sêneca, em um conjunto de 124 Cartas direcionadas ao seu discípulo, Lucílio. Trata-se de uma proposta de intervenção filosófica que propõe, a partir das narrativas dos docentes, estabelecer os pontos de diálogos possíveis entre o estoicismo e o contexto dos docentes na atualidade. Mediante isso, sugerir aulas direcionadas na transmissão de temáticas da filosofia estoica, organizadas como “Oficinas” no espaço escolar, transformando em momentos de prática dos “Exercícios Espirituais” encontrados nos ensinamentos senequianos como “terapia” no combate às adversidades a que estão submetidos no dia a dia em suas atividades laborais. Ademais, também colaboram com a presente pesquisa as ideias de Diórges Laércio, (2008), Paul Veyne, (2015), Luizir de Oliveira (2010), bem como outros comentadores da filosofia antiga, tais como Pierre Hadot (2014, 2016), Michael Foucault (1985); Jean Brun (1987), entre outros. O momento da intervenção filosófica da pesquisa foi realizado na Unidade Escolar Santos Dumont, na cidade de Trizidela do Vale, no Estado do Maranhão, com participação espontânea dos docentes da disciplina de filosofia do Ensino Fundamental (5 ao 9 ano). Sendo organizada em 07 “Oficinas”, para práticas dos “exercícios espirituais” realizados em (14) doze encontros paralelos aos dias das aulas de filosofia para que pudesse realizar todas as tarefas propostas. O resultado desta pesquisa revela a possibilidade por meio dos “exercícios espirituais” do o indivíduo tornar-se “Exemplos éticos-motivacionais” para si e também para o outro, estudos estes baseados nos ensinamentos da filosofia estoica em uma relação com o passado e o presente, assim a sala de aula, as relações pessoais e sociais dos docentes tornam-se um espaço de cooperação e aprendizagem.
[1] O termo “Terapia” é usado no sentido de cooperação, orientação, prevenção, não tem a proposta de “cura”, mas, cuidado do ser.