Karl Raimund Popper é um dos filósofos mais bem conceituados no que diz respeito à Filosofia das Ciências, o mesmo faz uma revisão radical do empirismo por meio da precedência da teoria, provocando assim uma virada na forma de se perceber o método científico, para ele o conhecimento científico começa com uma teoria que antecede aos testes observacionais, estes, por sua vez, servem apenas como tentativas de falsificação da teoria. Já no que se refere à filosofia Popper afirma que tais teorias são desprovidas da característica da refutabilidade, pois as mesmas não podem ser testadas empiricamente, porém nem por isso elas deixam de ser relevantes, pois suscitam discussões importantes a partir do questionamento dos problemas que as originaram. Percebe-se claramente uma postura ou atitude crítica de Popper quanto às suas concepções acerca do que é ciência e do que é filosofia àquilo que chamou de conhecimento do senso comum. Este trabalho consiste em uma intervenção filosófica a partir desta atitude crítica de Popper visando uma semelhante por parte dos professores de filosofia frente a seu ensino em sala de aula, haja à vista o fato de o mesmo se mostrar, por diversos motivos, historicamente carente desta característica em nosso país. Nesta pesquisa foram utilizados textos de autores como Cerletti (2009), Gallo (2012), Guedes (2010), Kohan (2009) e Popper (1972), (1978), dentre outros.