A presente dissertação enfrenta o problema de como pensar uma educação que trabalhe a questão da identidade de gênero, de modo a promover igualdade e liberdade. O objetivo central é analisar e compreender como a teoria queer de Judith Butler desafia e reconfigura as noções tradicionais de identidade de gênero e sexualidade, investigando como suas ideias influenciam e moldam as discussões contemporâneas sobre questões LGBTQIA+ e os debates sobre poder, performatividade e normatividade na sociedade. O trabalho busca explorar a subjetividade e as experiências individuais e coletivas dos alunos. O principal marco teórico é a obra de Judith Butler, em especial o texto "Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade". O método empregado é de pesquisa bibliográfica e revisão sistemática de literatura. A dissertação se divide em três capítulos. O primeiro capítulo percorre o caminho teórico de Judith Butler, apresentando o quadro geral de seu pensamento. O segundo procura apontar, esquemática e sistematicamente, como a teoria butleriana pode possibilitar intervenções no discurso escolar. O terceiro narra a intervenção realizada, os resultados da pesquisa e a confecção do “produto”, enquanto ferramenta filosófico-pedagógica. A intervenção realizada em sala de aula, que resultou na produção de ferramentas audiovisuais (vídeo aminado), leva à conclusão de que a teoria queer tem muito a contribuir para a promoção uma educação libertadora, por meio do ensino de filosofia nas escolas.