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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ RODRIGUES DE ALMEIDA NETO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ RODRIGUES DE ALMEIDA NETO
DATA: 17/08/2018
HORA: 14:00
LOCAL: TROPEN/UFPI
TÍTULO: GESTÃO DO CONHECIMENTO TRADICIONAL AGRÍCOLA DE PLANTAS PRAGUICIDAS EM COMUNIDADES RURAIS EM UMA ÁREA DE CAATINGA DO NORDESTE DO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Etnobiologia. Uso de plantas. Conhecimento tácito. Etnoecologia. Rural.
PÁGINAS: 136
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

As comunidades rurais, especialmente de países em desenvolvimento, possuem uma gama de conhecimentos que lhes são próprias. A partir destes, desenvolvem suas práticas tradicionais e uma delas é o uso de plantas no combate de pragas na agricultura. Essa pesquisa, portanto, centrou-se nessa categoria de plantas e na gestão tradicional desse saber. O trabalho em campo, foi desenvolvido nas comunidades rurais Poço do Jatobá, Olho D`água da Fazenda, Cacimba e Gangorra, todas pertencentes a uma área de caatinga do estado do Piauí, Nordeste brasileiro. A pesquisa teve início no ano de 2015 com o desenvolvimento da técnica de Rapport, mas o trabalho de coleta em campo foi compreendido entre 2016 e 2018. Entrevistou-se 111 pessoas, entre homens e mulheres, maiores de idade, que se autoidentificavam como agricultores. Todas as residências das quatro comunidades foram visitadas, no intuito de levantar dados socioeconômicos, sociodemográficos, de produção, conhecimento e uso de plantas praguicidas. De cunho qualiquantitativo, além de estatística descritiva e aplicação de índices de diversidade, uma nova ferramenta de análise sobre conhecimento e uso dessas plantas foi proposto coletivamente por meio da construção de um Quadro de Gestão de Conhecimento Tradicional (QGCT), além da análise qualitativa de dados êmicos e percepção ambiental. Viu-se que, as comunidades rurais estudadas possuem características socioculturais e produtivas que as classificam como tradicionais, além de fazerem uso de plantio em consórcio como estratégia de conservação on farm. No entanto, a maioria do agricultores (n= 62) entrevistados utiliza agrotóxicos, com maior ênfase no uso de herbicidas. As informações para o uso de agrotóxico possuem influências endógenas e exógenas às comunidades rurais, estas últimas representadas especialmente pela televisão, rádio, o comércio local, o banco e os serviços de extensão rural. Dos entrevistados, 39 conhecem plantas praguicidas e apenas 18 fazem uso. A espécie mais citada foi Azadirachta indica A. Juss. (Nim) e a mais utilizada foi Nicotiana tabacum L. (Fumo). O uso dessas plantas possui mais repasse de forma endógena, dentro das próprias comunidades, entre parentes e amigos. Fontes exógenos desse conhecimento de plantas, como a extensão rural, também foram citadas, mas com menor influência se comparado ao repasse de informações dessas fontes para o uso de agrotóxicos. Constatou-se a partir do QGCT, processos de conversão de conhecimento tácito em explícito e vice-versa, por intermédio das trocas de experiência entre os agricultores presentes nas reuniões, mostrando-se como um instrumento importante na preservação da sabedoria popular sobre o conhecimento agrícola, podendo ser utilizado pelos serviços de extensão rural na tomada de decisão sobre políticas voltadas ao campo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1167785 - ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
Interno - 1354664 - WILZA GOMES REIS LOPES
Interno - 423289 - JOAO BATISTA LOPES
Externo ao Programa - 021.712.764-95 - REINALDO FARIAS PAIVA DE LUCENA - UFPB
Externo à Instituição - MAURICIO EDUARDO CHAVES E SILVA - IFMA
Externo à Instituição - LUCILENE LIMA DOS SANTOS - IF SERTÃO PE
Externo à Instituição - ANTONIO JOAQUIM DA SILVA - IFPI
Notícia cadastrada em: 12/07/2018 10:19
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