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Banca de DEFESA: POLYANNA DOS SANTOS NEGREIROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: POLYANNA DOS SANTOS NEGREIROS
DATA: 06/07/2018
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais- Bloco 15
TÍTULO: EFICÁCIA DO MONOTERPENO α-TERPINEOL NA ATIVIDADE ANTIDIARREICA EM ROEDORES
PALAVRAS-CHAVES: Monoterpenos, óleo de rícino, prostaglandina E2, cólera, GM1.
PÁGINAS: 91
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
RESUMO:

A diarreia é uma desordem gastrintestinal comum que se caracteriza pela mudança na consistência das fezes com aumento no teor de água, tornando-as líquidas ou pastosas, e alterações na frequência de evacuações. De acordo com a UNICEF, a diarreia é uma das principais causas de morte infantil, representando em 2015, aproximadamente 9% de todas as mortes em crianças menores de 5 anos. A terapêutica de doenças diarreicas geralmente é centralizada na reposição de fluidos e eletrólitos utilizando soluções de reidratação oral, mas as taxas de mortalidade ainda são significativas, sendo que o uso de plantas medicinais ou de compostos oriundos delas como forma de tratamento se mostra de grande relevância. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito do monoterpeno α-TPN na atividade antidiarreica e possíveis mecanismos envolvidos na atividade evidenciada. Inicialmente, a atividade antidiarreica do α-TPN foi avaliada no modelo de diarreia aguda e enteropooling induzido por óleo de rícino em camundongos Swiss, que foram pré-tratados com α-TPN (6,25; 12,5; 25; 50 mg/kg, v.o.), e depois de 1 h receberam óleo de rícino (10 mL/kg, v.o.). Os animais foram então colocados em gaiolas forradas e observados durante 4 h, ao final do tempo, foi avaliado a severidade da diarreia, peso total de fezes e a medição do volume do conteúdo intestinal (enteropooling). Para avaliar o trânsito gastrintestinal, os camundongos receberam óleo de rícino e 1 h depois foram tratados com α-TPN (12,5 mg/kg, v.o.). Após 1 h, todos os animais receberam 0,2 mL de carvão ativado por via oral, e após 20 min, os animais foram eutanasiados e a distância percorrida pelo carvão no intestino a partir do piloro até o ceco foi medida. A participação opióide e/ou antimuscarínica no trânsito gastrintestinal foi também investigada usando naloxona (2 mg/kg, s.c.; antagonista opióide) e betanecol (3 mg/kg, i.p.; agonista muscarínico), respectivamente. Na diarreia induzida por PGE2, os animais foram pré-tratados com α-TPN (12,5 mg/kg, v.o.) e a diarreia foi induzida por PGE2 (100 μg/kg, v.o.). Após 30 minutos os animais foram eutanasiados e o volume do conteúdo intestinal foi mensurado. Além disso, o efeito do α-TPN (12,5 mg/kg, v.o.) na diarreia secretora foi investigado utilizando o modelo de secreção de fluido em alças intestinais isoladas de camundongos vivos tratados com toxina da cólera. O α-TPN foi avaliado quanto à sua capacidade em absorver fluidos em alças intestinais isoladas e interagir com receptores GM1 utilizando o método de ELISA. Todas as doses apresentaram significativo (p<0,05) efeito antidiarreico na diarreia induzida por óleo de rícino, reduzindo a quantidade total de fezes e fezes diarreicas. A dose de 12,5 mg/kg do α-TPN exibiu os melhores resultados no protocolo de enteropooling no modelo induzido por óleo de rícino, sendo adotada como dose padrão para os testes seguintes. O α-TPN reduziu o trânsito gastrointestinal, a partir de mecanismos anticolinérgicos, além de exercer ação significativa no modelo de diarreia induzida por PGE2. Foi capaz de reduzir a geração de fluidos e perdas de íons Cl-, ao interagir diretamente com os receptores GM1 e a toxina da cólera no modelo de diarreia secretora, além de aumentar a absorção de fluidos no modelo de absorção intestinal em alças isoladas de camundongos. Diante dos resultados apresentados, comprova-se a atividade antidiarreica do α-TPN por meio de redução da motilidade gastrintestinal na diarreia aguda através da ação anticolinérgica, na diarreia induzida por PGE2 e na diarreia induzida pela toxina da cólera, a partir da interação entre α-TPN-Toxina-GM1, reduzindo assim a perda de fluidos e íons para o lúmen intestinal, tornando-o um forte candidato à fármaco para tratamento de doenças diarreicas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 423551 - RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
Interno - 423602 - MARIA JOSE DOS SANTOS SOARES
Externo ao Programa - 7422077 - PAULO HUMBERTO MOREIRA NUNES
Notícia cadastrada em: 01/07/2018 22:18
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