Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRESSA MARIA AGUIAR DE CARVALHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRESSA MARIA AGUIAR DE CARVALHO
DATA: 26/04/2018
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 733 do Campus Ministro Reis Velloso
TÍTULO: ATIVIDADE ANTIFÚNGICA in vitro DOS ALCALOIDES DE Pilocarpus microphyllus
PALAVRAS-CHAVES: cromoblastomicose, epiisopiloturina, pilocarpina, sinergismo
PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

As infecções fúngicas têm papel importante na morbimortalidade humana. Apesar disso, pesquisas que visam à busca de terapias ou fármacos mais seguros e efetivos, ainda estão defasadas quando em comparação com doenças causadas por outros patógenos. Dentre as infeções causadas por fungos, pode-se citar a cromoblastomicose, que apresenta aspecto polimórfico, acometendo a pele e o tecido subcutâneo. Essa doença ocorre pela implantação traumática de fungos dematiáceos, e até o momento não possui uma terapia padrão. Os vegetais são importantes e promissores fontes de novos fármacos. A espécie Pilocarpus microphyllus, popularmente conhecida como ‘jaborandi’, é uma planta nativa das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Vários alcaloides foram isolados dessa planta, dentre eles, a pilocarpina e a epiisopiloturina, a quais apresentam atividades farmacológicas já descritas na literatura. Porém, carecem de análise no que se refere à atividade antifúngica. Este trabalho teve por objetivo avaliar a susceptibilidade fúngica aos alcaloides obtidos a partir das folhas do jaborandi, através de ensaios in vitro. Inicialmente, foi realizada uma prospecção de atividade antifúngica com sete alcaloides contra diversos gêneros de fungos patogênicos. A partir destes resultados, a pilocarpina foi selecionada para avaliar seu efeito em combinação com a terbinafina contra estes mesmos isolados fúngicos. A epiisopiloturina também foi avaliada quanto ao seu perfil de atividade antifúngica, bem como a sua interação com quatro antifúngicos frente a agentes da cromoblastomicose. Os testes de susceptibilidade foram conduzidos de acordo com os métodos de microdiluição propostos nos protocolos M27-A3 e M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institute. As interações dos alcaloides com os fármacos antifúngicos foram realizadas usando o método tabuleiro de xadrez. Para análise do efeito das alterações morfológicas causadas pelos tratamentos, imagens foram obtidas utilizando microscopia de força atômica. Dos alcaloides testados, o cloridrato de pilocarpina e a pilosina apresentaram atividade antifúngica isoladamente. A interação da pilocarpina com a terbinafina se mostrou sinérgica para todos os isolados testados. A
epiisopiloturina, quando testada isoladamente, não apresentou atividade antifúngica. A associação da mesma, com os antifúngicos: terbinafina, anfotericina B e posaconazol foi sinérgica para todos os agentes da
cromoblastomicose avaliados. Os resultados obtidos nos permitem propor um mecanismo de ação para a epiisopiloturina, onde a mesma agiria intracelularmente, dependendo da desestruturação da membrana plasmática para poder atuar. Este trabalho traz resultados promissores para a terapia antifúngica, no qual a combinação com compostos naturais poderia reduzir o aparecimento da resistência ao passo que diminuiria a toxicidade apresentada pelos tratamentos atuais. A proposição de um mecanismo de ação para epiisopiloturina, favorece um melhor entendimento das atividades apresentadas por este, abrindo caminhos para mais pesquisas com os alcaloides provenientes do jaborandi.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 841.003.203-10 - LEIZ MARIA COSTA VERAS - UFPI
Externo ao Programa - 913.010.843-87 - PATRICK VERAS QUELEMES - UFPI
Presidente - 2147346 - TATIANE CAROLINE DABOIT
Notícia cadastrada em: 16/04/2018 18:09
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb06.ufpi.br.instancia1 28/03/2024 11:41