Nota de esclarecimento
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO “PROF. MARIANO DA SILVA NETO”
CAMPUS UNIVERSITÁRIO “MINISTRO PETRÔNIO PORTELLA”
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO/CIÊNCIAS DA NATUREZA
NOTA DE ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE ACADÊMICA DO CURSO LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO.
Com o objetivo de prestar os devidos esclarecimentos à comunidade discente e docente sobre o trancamento do componente curricular “Química para o Ensino Médio”, período 2018.2 realizado pelo alunos e alunas do VIII Bloco, elaboramos um breve resumo, acompanhado de algumas ponderações que julgamos necessárias à harmonia e aos avanços institucionais do curso.
1. A Coordenação do Curso recebeu na tarde da data de 25 de janeiro um baixa assinado dos alunos do VIII Bloco no qual pleiteava a suspensão da avaliação sob o argumento de que não se encontravam preparados adequadamente;
2. A professora titular do componente curricular foi comunicada pela coordenação na manhã do dia 26 de janeiro de 2019;
3. Na data citada acima, agendamento da aplicação do instrumento de avaliação, os alunos não compareceram à sala de aula;
4. A professora titular do componente curricular, deu ciência, a título de informe, aos seus pares, na assembleia do curso realizada no dia 28 de janeiro;
5. A coordenação, na data de 28 de janeiro, provocou, por mensagem de watt zap, a direção do movimento estudantil para auxiliar na resolução da questão, uma vez que é a instância legitima para a defesa dos interesse dos alunos;
6. Durante a manhã do dia 29 de janeiro, alguns estudantes procuraram a coordenação para solicitar a intervenção da Coordenação na condução da questão, ocasião, na qual, a coordenação apresentou as prescrições dos dispositivo relacionados na Resolução 177/12 da UFPI sobre o item avaliação;
7. Na tarde do dia 29 de janeiro a Coordenação agendou, via mensagem watt zap, diálogo com a professora titular do componente curricular. A situação permaneceu inalterada.
8. No final da tarde do dia 29 de janeiro, a professora titular do componente curricular informou, por telefone, a Coordenação que todos os discentes haviam trancado o referido a matricula no citado componente curricular. Ação prevista na resolução 177/12 e no calendário acadêmico.
Assim, considerando essa cronologia do fatos, a Coordenação do Curso Licenciatura em Educação do Campo lamenta que os alunos e alunas do Bloco VIII tenham recorrido ao trancamento do componente curricular, mesmo considerando uma ação legitima, respaldado na citada resolução e previsto no calendário acadêmico 2018.2. No entanto, no entendimento da Coordenação, esse desfecho revela que precisamos exercitar mais e melhor o diálogo. Acreditamos, como Paulo Freire, que não existe docência sem dicência, portanto, qualquer que seja a opção política-ideológica de ambos, ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
Lamentamos tal desfecho. Acreditamos que somos capazes de aprender com esse acontecimento. No entanto, o Curso não pode entrar numa letargia e aguardar uma revisão das práticas docentes, mesmo entendendo como imperativa, ampla e necessária ao processo de discussão, amadurecimento e reconstrução profissional. Os tempos hodiernos revelam um cenário sombrio e ameaçador para a Educação do Campo.
Para elucidar definitivamente qualquer dúvida a respeito da interpretação do fato ocorrido pela Coordenação, ratificamos nosso posicionamento com relação ao desfecho desse acontecimento. Para nós, os discentes são os mais prejudicados. Eles terão que postergar o sonho de conclusão do curso superior, além vivenciarmos um desgaste na relação educador e educando.
Assim, conclamamos a comunidade acadêmica, docentes e discentes, para refletirem, com mais afinco, sobre o exercício do diálogo e não temer as críticas e contribuições que podem aprimorar a nossa prática pedagógica. Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa. Nessa relação docente e discente se descobrem como seres aprendentes.
Por fim, a Coordenação reafirma o propósito de continuar buscando o diálogo crítico e propositivo entre docentes e discentes e não medirá esforços para que a pratica docente autentica exigida na relação ensinar-aprender faça nascer um educador democrático que não se furta em transforma sua experiência pedagógica em uma práxis critico-reflexiva.
Teresina, 29 de janeiro de 2019.
Ariosto Moura da Silva
Coordenador da LEDOC – Teresina.
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