Caros alunos,
Fiz a leitura comentada dos textos que me foram encaminhados. As sugestões foram para uma revisão mais cuidada em relação ao conteúdo, vocês podem ampliar as referências de modo a fortalecer os argumentos teóricos expostos. Após uma revisão cuidadosa, vocês poderão organizar no formato gênero acadêmico (em alguns casos, apenas ajustar) e pensar em uma publicação.
Farei uma alteração na média final, aproximando o grau, conforme a minnha avaliação qualitativa.
Mas, por enquanto, deixo o registro dos graus tal qual atribuídos. Após 24h deste comunicado, eu alterarei a média e consolidarei a turma.
Agradeço o envolvimento de todos no decorrer da disciplina. Gostei muito de conhecê-los e desejo tudo de bom na trajetória acadêmica e, especialmente, na pessoal.
Uma palavra final por meio de uma leitura que a trago em mim, de tão inspiradora e penetrante:
"Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto -- e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente. Mas é um vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras -- quais? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo" (Clarice Lispector, obra Um sopro de vida, p. 15)
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Se escrever é lançar uma pedra no poço fundo, onde a buscará o leitor? Encontrando essa pedra ele dará conta do vazio de uma existência intuitiva? Como será essa leitura? Ficam essas indagações para vocês se lembrarem da complexidade que pode envolver o estudo da interpretação e da compreensão leitora: do cognitivo ao linguístico.
Meu abraço,
Até.