Resumo Seminário III - José Eduardo dia 18/10 Para a proxima aula, teremos a apresentação do José Eduardo Junior
CARACTERÍSTICAS DOS FRUTOS E DIVERSIDADE GENÉTICA EM PROGÊNIES DE MANGUEIRA, NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO.
Autor: José Eduardo Vasconcelos de Carvalho Júnior Orientadora: Prof.ª Dr.ª Regina Lucia Ferreira Gomes
RESUMO
Os processos de hibridação intervarietais e intravarietais tem sido um importante método para a obtenção de novas variedades de manga. O objetivo deste estudo foi avaliar progênies de mangueira, obtido por polinização aberta, com base em caracteres físicos e químicos dos frutos, além de estudar a diversidade genética entre elas, a fim de encontrar plantas que produzam frutos com qualidade tanto para consumo a fresco como para o processamento. As progênies estudadas foram resultantes da germinação das sementes de frutos coletados, resultantes de polinização aberta, em áreas cultivadas exclusivamente com a variedade Tommy Atkins. Na safra 2016/2017, trinta frutos de cada uma das 45 progênies em estudo foram colhidos, dos quais dez, foram selecionados para serem avaliados quanto a 14 caracteres físicos e químicos do fruto. As médias dos dados obtidos de cada característica avaliada para as diferentes progênies foram analisadas e comparadas para estimar a variabilidades entre elas. Para aferir a diversidade genética, procedeu-se uma análise de agrupamento, além de uma análise de componentes principais. A massa do fruto, comprimento e diâmetro transversal variaram de 160,46 a 434,56 g; 73,63 a 136,77 mm; 63,50 a 83,08 mm, respectivamente. Massa da polpa e rendimento de polpa variaram de 107,64 a 325,77 g; 55,16 a 75,01%, respectivamente. Dois híbridos se destacaram quanto a esses caracteres, cada um com as médias superiores 245 g e 70%, respectivamente. Com relação ao teor de fibras na polpa, seis híbridos apresentaram nota 2, ou seja, frutos pouco fibrosos. Para acidez e sólidos solúveis, as progênies apresentaram variação de 0,19 a 1,06% de ácido cítrico/100g de polpa e de 13,10 a 20,6 ºbrix, respectivamente. Para coloração da casca, ocorreram tons variando entre laranja avermelhado, amarelo e verde, com valores do ângulo hue (H°) entre 74,70 e 115,13. Quanto à coloração da polpa os índices L* e de H° variaram de 59,10 a 76,31; 75,59 a 92,77, respectivamente, com tons alaranjados a amarelo-claro. As progênies foram agrupadas em 4 grupos, sendo que a formação dos mesmos foi devido, principalmente, aos caracteres
relacionados ao tamanho do fruto. Houve variabilidade entre as 45 progênies de mangueira quanto às características do fruto avaliadas e foram identificadas progênies que produzem frutos que reúnem características de interesse econômico. Essas informações são úteis aos melhoristas na escolha de genitores que podem ser integrados em outros processos de hibridação, com o objetivo de desenvolver novas variedades, podendo originar cultivares superiores aos existentes no mercado.
Palavras Chave: Mangifera indica L., hibridações, melhoramento genético.