Metodologia: |
UFPI/CCHL/MS/MP 2 2012-2 60 horas Professora: Dione Morais
Ementa:
Pesquisa em ciências sociais: pólos morfológico e técnico. Tipos de pesquisa e de abordagens, concepção e planejamento. Delimitação do objeto de estudo. O projeto de pesquisa: delimitação do problema, referencial teórico, instrumentos e técnicas de coleta de informações e demais aspectos implicados. Modelos e processos de construção. Ética na pesquisa. Trabalho de Campo: preparação, coleta de informações, processamento e construção de dados de teor quantitativo e qualitativo. Redação do trabalho científico: formas retóricas e elaboração de artigos e relatórios de pesquisa.
Objetivo Geral: Apreender o processo de pesquisa, nas dimensões morfológica e técnica, em diálogo com as dimensões epistemológica e teórica, em termos de planejamento, execução e comunicação dos resultados.
Objetivos específicos: -Apreender o processo de construção do objeto científico (concepção, planejamento e execução da pesquisa); -Assimilar o processo de definição de caminhos metodológicos de interpretação/explicação da realidade e respectivas técnicas de construção e análise de dados, e comunicação de resultados. - Debater os projetos de pesquisa do/as mestrandos que cursam a disciplina.
Conteúdo Programático UNIDADE 1 Pesquisa e produção de conhecimento nas ciências sociais Investigação científica da vida social. Tipos de pesquisa/abordagens. Concepção e planejamento: o projeto de pesquisa científica. (4 sessões = 16 h)
Desenvolvimento: na temática delineamento da pesquisa, será trabalhado o processo de elaboração de projetos de pesquisa: escolha do tópico, delimitação do problema, definição do objeto, definição do marco conceitual, hipóteses ou pressupostos, cronograma; orçamento. Na última unidade, cada um/a do/as mestrando/as apresentará seu projeto de pesquisa. Aulas expositivas sobre concepção e planejamento da pesquisa e processo de elaboração do projeto. Debates sobre construção do problema de pesquisa.
Referências ALVES-MAZZOTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. Revisão de bibliografia. In: O método nas ciências naturais e sociais. Pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira Thomson, Learning, 2004, pp. 179-188. (T1) APPOLINÁRIO, F. Metodologia científica.- Filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Thomson Learning, 2006 (Caps. 5 [dimensões], 6 [etapas], 9 [variáveis], 10 [delineamentos], 11 [amostragem]) (T2). pp.59-72/73-84/103-112/113-124/125-132. APPOLINÁRIO, F. Modelos diversos. In: Metodologia científica.- Filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Thomson Learning, 2006, pp. 195-202. (T3) APPOLINÁRIO, F. Referências padrão ABNT. In: Metodologia científica.- Filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Thomson Learning, 2006, pp. 203-209. (T4) BOOTH, W. C.; COLOMB, G. G.; WILLIAMS, J. M. A arte da pesquisa, São Paulo: Martins Fontes, 2005 (T 5) BOURDIEU, P. Introdução a uma sociologia reflexiva. In: O poder simbólico. São Paulo: Bertrand Russel/DIFEL, 1999, p. 17-58(T 6) GOLDENBERG, M. Fichamento da teoria In: A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record, 2001, pp. 81-4. (T 7) LAPERRIÈRE, A. Os critérios de cientificidade dos métodos qualitativos. In: POUPART, J. et al In: A pesquisa qualitativa. Enfoques epistemológicos e metodológicos, Petrópolis: Vozes, 2008, pp. 410-435 (T8) MORAES, M. D. C. Construindo o projeto de pesquisa: um exercício de autoesclarecimento. Teresina, 2012, 2 p (T 9)
SILVERMAN, D. Quando a pesquisa quantitativa é apropriada/Os equívocos da pesquisa quantitativa. O sentido da pesquisa qualitativa/ In: Interpretação de dados qualitativos. Métodos para análise de entrevistas, textos e interações. Porto alegre: ARTMED, 2009, pp. 45-46/47-50/51-52 (T 10)
Programação sessões Sessão 1: T2- T3- T4 (aula expositiva) Sessão 2: T 5- T7- T 9 (aula expositiva) Sessão 3: Apresentação individual do trabalho feito com base no T9 Sessão 4: T6- T 8- T 10
UNIDADE II Realizando a pesquisa: métodos e técnicas Pólos morfológico e técnico da pesquisa. Trabalho de campo e ética na pesquisa. Coleta de informações, processamento e construção de dados. Elaboração de relatórios. (7 sessões = 28 h)
Desenvolvimento: abordagem das dimensões morfológica e técnica da pesquisa: trabalho de campo e técnicas de pesquisa (entrevista, questionário, observação participante, diário de campo, história oral/ história de vida, pesquisa em fontes secundárias e terciárias). Ética na pesquisa. Avaliação, da unidade: seminários em grupo (Espaços de Diálogos (EDs).
Referências APPOLINÁRIO, F. Tabulação de dados: transformando a coleta em planilhas/Introdução à análise quantitativa dos dados/ Introdução à análise qualitativa dos dados. In: Metodologia científica.- Filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Thomson Learning, 2006, pp. 141-144/145-157/159-168 (T 1) BEAUD, S.; WEBER, F. Guia para pesquisa de campo. Petrópolis: Vozes, 2007 (T2) BITTENCOURT, L. A. Algumas considerações sobre o uso da imagem fotográfica na pesquisa antropológica. In: Desafios da imagem. Fotografia, iconografia e vídeo nas ciências sociais. Campinas: Papirus, 1998 197-211 (T 3) CARDARELLO, A. et all. Nos bastidores de um vídeo etnográfico. In: Desafios da imagem. Fotografia, iconografia e vídeo nas ciências sociais. Campinas: Papirus, 1998 , pp. 269-286 (T 4) GOLDEMBERG. M. Análise e relatório final. In: A arte de pesquisar Como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio d Janeiro/São Paulo: Record, 2004, pp. 94-99 ( T 5) LOIZOS, P. Vídeo, filme e fotografias como documentos de pesquisa. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes, 2003, pp. 137-155. (T 6) SPINK, M. J.P.; LIMA, H. Rigor e visibilidade: a explicitação dos passos da interpretação In: SPINK, M. J (org.) Práticas discursivas e produção de sentido no cotidiano (org). São Paulo: Cortez Editora, 2000, pp. 93-122. (T 7) THIOLLENT, M. Introdução: a procura de alternativas metodológicas. In: Crítica metodológica, investigação social e enquête operária, São Paulo: Polis, 1987, pp. 15-30. (T 8) ZALUAR, A. Teoria e prática do trabalho de campo: alguns problemas. In: CARDOSO, R. (org.). A aventura antropológica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986, pp. 123. (T 9)
ESPAÇOS DE DIÁLOGOS Técnicas de pesquisa. Temas e referências
I- Trabalho de campo/Ética na pesquisa
BABBIE, E. A ética na pesquisa de survey.. In: Métodos de pesquisa de Survey. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003, pp. 447-464 (T1 - ED 1) OLIVEIRA, l. R. C. Pesquisa em versus pesquisa com seres humanos. In: VICTORA et al (orgs) Antropologia e ética. O debate atual no Brasil. Niterói: EdUFF, 2004, pp.33-44 (T 2 - ED 1) OLIVEIRA, R. C. O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir, escrever. In: O trabalho do antropólogo. Brasília: paralelo 15/ São Paulo: UNESP, 2000, pp. 17-36 (T 3 - ED 1) VELHO, G. Observando o familiar. In: NUNES, E. (org.) A aventura sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1978, pp. 36-45 (T 4 - ED 1)
II- Observação/Observação participante/Estudo de caso
FOOTE-WHYTE, W. Treinando a observação participante. In: GUIMARÃES, A. Z (Org.). Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990, pp. 77-86. (T 1- ED 2) GLUCKMAN, M. Análise de uma Situação Social na Zululândia Moderna. In: FELDMAN-BIANCO, B. (org.). Antropologia nas Sociedades Contemporâneas: métodos. São Paulo, Global, 1987, pp.227-267 (T 2 - ED 2) GOLDEMBERG, M. Estudos de caso. In: A arte de pesquisar Como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio d Janeiro/São Paulo: Record, 2004, pp. 33-35 (T 3 - ED 2) MENEGON, V. M. (1999). Por que jogar conversa fora? In: M. J. Spink (Ed.). Práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano: Aproximações teóricas e metodológicas. São Paulo: Cortez, pp. 215-241. (T 4 - ED 2)
III- Utilizando o Diário de campo: BRANDÃO, C. R. Cenários e momentos da vida camponesa: três dias de caderno de campo em uma pesquisa no Pretos de Baixo do Bairro dos Pretos, em Joanópolis, São Paulo. In: NIEMEYER, A. M. GODOI, E. P. (orgs.) Além dos territórios. Campinas: Mercado de letras, 1998, pp.133-166. (T 1- ED 3)
OLIVEIRA, R. C. Viagem ao território Terêna. Os diários e suas margens. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2002, pp.23-51 (T 2 - ED 3) WHITAKER, D. et al. A questão do registro e da memória do pesquisador. In:--------. Sociologia rural: questões metodológicas emergentes. São Paulo: Letras à margem, 2002, pp. 121-168 (T 3 - ED 3) WEBER, F. Entrevista, a pesquisa e o íntimo, ou: por que censurar seu diário de campo? Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 157-170, jul./dez. 2009 (T 4 - ED 3)
IV- Realizando e transcrevendo Entrevistas:
BOURDIEU, P. Compreender. In: --------. (coord.) A miséria do mundo. Petrópolis: Vozes, 1997, pp. 693-732. (T 1 - ED 4)
GASKELL, G. entrevistas individuais e grupais. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes, 2003, pp. 64-89.(T 2 - ED 4) MICHELAT, G. Sobre a utilização de entrevistas não-diretivas em sociologia. In: THIOLLETN, M. Crítica metodológica, investigação social e enquête operária, São Paulo: Polis, 1987, pp. 191-211. (T 3- ED 9) WHITAKER, D. et al. A transcrição da fala do homem rural: fidelidade ou caricatura? In: WHITAKER, D. Sociologia rural: questões metodológicas emergentes. Presidente Venceslau, São Paulo: Letras à margem, 2002, pp. 115-120. (T 4 - ED 4)
V- Trabalhando com História oral e História de vida: JOVCHELOVITCH, S.; BAUER, M. W. Entrevista narrativa. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes, 2003, pp. 90-113.(T 1 - ED 5) PORTELLI, A. A Filosofia e os Fatos. Narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais. Tempo, Rio de Janeiro , vol. 1, n°. 2, 1996, p. 59-72. Disponível em: http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg2-3.pdf (T2 - ED 5) QUEIROZ, M. I. P. Relatos orais: do indizível ao dizível. In: SIMSON, O. M. V. Experimentos com histórias de vida (Itália-Brasil), São Paulo: Vèrtice, 1988, pp. 14-43 (T 3 - ED 5)
WEBER, R. Relato de quem colhe relatos: pesquisa em história oral e ciências sociais. DADOS; Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 39, n.1, p. 163-183, 1996. (T 4 - ED 5)
VI- Elaborando e realizando Surveys: questionários:
BABBIE, E. Conceituação e desenho de instrumentos. In: Métodos de pesquisa de survey. Belo Horizonte: UFMG, 2003, pp. 179- 211. ( T 1- ED 6)
MAY, T.; WILLIAMS, M. Surveys sociais: do desenho á análise. In: Pesquisa social questões, métodos e processos. Porto Alegre: Artmed, 2004, pp. 109- 144. (T2 - ED 6) APPOLINÀRIO, F. Coleta e tabulação de dados quantitativos. : Metodologia científica.- Filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Thomson Learning, 2006, pp.144 (T 3 - ED 6)
SCHWARTZMAN, S. Brain Drain: Pesquisa multinacional? In: NUNES, E. (org.) A aventura sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1978, pp. 68-85 (T 4- ED 6)
VII- Pesquisa Documental/Fontes secundárias e terciárias
CELLARD, A análise documental. In: A pesquisa qualitativa. Enfoques epistemológicos e metodológicos; Petrópolis: vozes, 1997, pp. 295-316(T 1- ED 7) MAY, T. Estatísticas oficiais: tópico e recurso In: Pesquisa social questões, métodos e processos. Porto Alegre: Artmed, 2004, pp. 89-108. (T 2- ED 7 )
MIRIM, L. V. L. Garimpando sentidos em bases de dados. In: SPINK, M. J (org.) Práticas discursivas e produção de sentido no cotidiano (org). São Paulo: Cortez Editora, 2000, pp.153-181 (T 3 - ED 7) SPINK, P. Análise de documentos de domínio público. In: SPINK, M. J (org.) Práticas discursivas e produção de sentido no cotidiano (org). São Paulo: Cortez Editora, 2000, pp. 123-151. (T 4- ED 7 )
VIII - Escrita, autoria, e retóricas do texto sociológico COLOMBO, E. Descrever o social a arte de escrever a pesquisa empírica. In: MELUCI, A. Por uma sociologia reflexiva. Pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005, pp. 265-288. (T1- ED 8 ) FOUCAULT. M. O Que é um Autor? Bulletin de la Societé Française de Philosophic, 63o ano, no 3, julho-setembro de 1969, pp. 73-104. (Societé Française de Philosophie, 22 de fevereiro de 1969; debate com M. de Gandillac, L. Goldmann, J. Lacan, J. d'Ormesson, J. Ullmo, J. Wahl.) Diaponível em: WWW.fido.rockymedia.net/anthro/foucault_autor.pdf(T2- ED 8) SILVA, O. S. F. Entre o plágio e a autoria: qual o papel da universidade? Revista Brasileira de Educação v. 13 n. 38 maio/ago. 2008, pp. 137- 404. (T3- ED 10 ) TOTA, A. l. Políticas e poéticas do texto sociológico. As retóricas da argumentação científica In: MELUCI, A. Por uma sociologia reflexiva. Pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005, pp. 289-313. (T4- ED 8)
Seminário: Entre a crítica a métodos tradicionais a sociologia aplicada Temas: Pesquisa ação e Pesquisa participante Sociopoética (C/ professore/as convidado/as)
Programação sessões Sessão 1: T2 - T 8- T9/ T3-T4-T6 (aula expositiva) Sessão 2: ED 1 - ED 2 Sessão 3: ED 3- ED 4 Sessão 4: ED5 - ED 6 Sessão 5:.ED 7 - ED 8 Sessão 6 e 7: T1- T 5- T7 Sessão 8: Seminário: Entre a crítica a métodos tradicionais e a sociologia aplicada - Ócio criativo
. UNIDADE 3 Projetando: a pesquisa de mestrando/os de Sociologia/UFPI Círculos de Pesquisa: debatendo os projetos de pesquisa dos/as mestrandos/as ( 4 sessões = 16 horas)
Desenvolvimento: com o propósito de contribuir no processo de elaboração dos projetos de pesquisa dos/as mestrandos/as e doutorando/as, a discussão dos pré-projetos dar-se-á a partir da apresentação dos projetos em Círculos de Pesquisa (SP) apreciados por bancas compostas por professore/as.
Referências: Projetos de pesquisa. Atividade de avaliação Unidade III: Círculos de Pesquisa (CPs) - apresentação dos projetos de pesquisa e participação nas bancas
Programação sessões
Sessão 1: Circulo de Pesquisa Sessão 2: Circulo de Pesquisa Sessão 3: Circulo de Pesquisa Sessão 4: Circulo de Pesquisa
Processo de trabalho e avaliação na disciplina
A concepção deste programa volta-se à prática de pesquisa nas ciências sociais, com ênfase em sociologia. O sucesso na realização desta proposta requer disciplina intelectual, observância de horários, e compromisso com o seu desenvolvimento que se dará através de: -Aulas expositivas, com base nas referências, seguidas de debate; -Aulas dissertativas, com trabalhos em grupos, diversos, em sala de aula, com apresentação e debate; -Espaços de diálogos, na forma de seminários, sobre modelos clássicos; -Círculos de pesquisa com apresentação e debate dos projetos de pesquisa de mestrando/as A avaliação de desempenho é processual e compreende: freqüência, participação, rendimento e produção, mensuráveis através da presença em sala de aula, da participação qualificada nas aulas na participação efetiva nos trabalhos, na elaboração de trabalhos escritos, e no resultado destes. Tudo isto implica leitura das referências básicas, obrigatórias, por cada um/a dos/as aluno/as. Possíveis alterações nas referências serão avisadas com antecedência e fichamentos de textos, além dos orientados, poderão ser exigidos, como critério de avaliação.
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