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BRUNA MARIA PRADO DA SILVA
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Bandeamento cromossômico e identificação botânica de pimentas pertencentes ao Banco de Germoplasma de Capsicum da UFPI
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Orientador : LIDIANE DE LIMA FEITOZA
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Data: 28/11/2018
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O gênero Capsicum é nativo das Américas e compreende as espécies de pimentas e pimentões cultivados em todo o mundo. Estas hortaliças se destacam pelo sabor e versatilidade demonstrada nas diferentes formas de uso de seus frutos e valor econômico que agregam. Considerando a importância do gênero, suas espécies são motivo de estudo e preservação em Bancos de Germoplasma. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar citogeneticamente acessos de pimentas Capsicum conservados no Banco Ativo de Germoplasma de Capsicum da Universidade Federal do Piauí (BAGC-UFPI) a partir das metodologias de coloração convencional e de bandeamento com fluorocromos e avaliar botanicamente os acessos por meio de chave morfológica de identificação. Os citótipos foram avaliados de acordo com as variações morfométricas e do padrão de bandas heterocromáticas já conhecidas para o gênero. Todos os acessos mostraram 2n = 24 cromossomos com cariótipos simétricos, núcleos semi-reticulados e padrão de condensação da prófase proximal. Os tamanhos dos cromossomos variaram de 1,30 µm em C. frutescens (BAGC 225) a 6,51 µm em C. annuum (BAGC 98) com polimorfismo morfométrico entre diferentes acessos. A partir da análise por meio do bandeamento com fluorocromos CMA3 e DAPI foi observado o padrão de bandas rico em GC, variáveis quanto a quantidade e localização, não sendo encontradas bandas de heterocromatina rica em AT. Foram observadas também ao menos duas bandas altamente ricas em GC subterminais em todos os acessos avaliados que possivelmente corresponderiam as RON’s. Foram identificadas bandas pericentroméricas em todos os cromossomos nos acessos BAGC 95, 98, 100, 205 e 225, aparecendo como pontos fracos de marcação CMA+/DAPI-, enquanto nos acessos BAGC 204, 207, 226, 229 apareceram somente em um ou poucos cromossomos. Os demais acessos BAGC 96, 112, 202 e 206 apresentaram somente bandas terminais visíveis pela técnica utilizada. As marcações CMA+/DAPI- variaram de quatro bandas em C. frutescens BAGC 112 a trinta e seis em C. baccatum var. pendulum no acesso BAGC 95. As bandas fortemente marcadas CMA++/DAPI- variaram de duas (na maioria dos acessos) a seis no BAGC 206, aparecendo sempre na região terminal. A maior complexidade de bandas foi observada nos acessos BAGC 95 e 204. Nestes acessos foram vistas 36 bandas CMA+/DAPI- e 2 CMA++/DAPI- e 26 marcações CMA+/DAPI- e 2 CMA++/DAPI-, respectivamente. No BAGC 204 apareceram em ambos os braços de quatro cromossomos. Por meio da identificação botânica foram identificados 28 acessos de Capsicum, sendo dez pertencentes a espécie C. annuum L. (BAGC 98, 100, 199, 202, 203, 207, 220, 229 e 230) sendo um acesso C. annuum var. annuum (BAGC 228), catorze a espécie C. chinense Jacq. (BAGC 96, 97, 108, 113, 127,146,195,197, 200, 201, 204, 205, 223 e 226), dois a espécie C. baccatum var. pendulum L. (BAGC 95 e 206) e dois a espécie C. frutescens L. (BAGC 112 e 225). Os resultados obtidos são de grande importância para a ampliação do conhecimento necessário a utilização destes recursos genéticos contidos em Bancos de Germoplasma.
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LEONARDO FURTADO DE OLIVEIRA
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Estudo de expressão gênica em pau-ferro: estratégias otimizadas para a detecção e análise de genes associados com tolerância à seca
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Data: 31/08/2018
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A seca é o problema que mais afeta a produção e a sustentabilidade de muitas culturas agrícolas. Quando submetidas ao estresse hídrico, as plantas desenvolveram uma série de respostas, incluído a mudança na expressão gênica. O presente trabalho objetivou prospectar, otimizar e validar ensaios RT-qPCR (transcrição reversa do RNA codificante (RNAm) combinada à PCR quantitativa em tempo real) de genes ortólogos relacionado à tolerancia a seca (HSP70, NAC e DREB) e genes ortólogos de referência (GAPDH, β-Actina e eEF1A) utilizando o transcriptoma do Pau-Ferro (Caesalpinia ferrea), bem como avaliar protocolos de extração de RNA total de folha e raiz de pau-ferro. Todos os primers desenhados para os genes ortólogos amplificaram por RT-qPCR utilizando RNA de Pau-Ferro como molde. Os resultados das eficiências de amplificação de todos os genes variaram de 93% a 106,87%. Os coeficientes de correlação (reprodutibilidade) variaram de 0,986 a 0,998 e da faixa dinâmica linear igual a 5log evidenciaram a robustez e precisão das reações. O resultado das curvas de melting e os controles de contaminação (NTC e –RT) demonstraram a especificidade dos ensaios RT-qPCR que foram confirmados através de eletroforese em gel de agarose. A avaliação dos protocolos mostrou que o protocolo modificado CTAB-Sílica obteve rendimento de RNA, parâmetros de pureza e integridade superiores aos protocolos comercialmente disponíveis avaliados.
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ANA PAULA SOARES E SILVA MATIAS
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Toxidade e citogenotoxicidade de aditivos corantes utilizados na fabricação de alimentos e rações animais
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Orientador : ANA PAULA PERON
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Data: 30/08/2018
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Os corantes alimentares são uma categoria de aditivos com importante relevância para a indústria alimentícia por melhorar a aparência dos alimentos destinados a humanos e animais. No entanto, uma série de questionamentos quanto aos níveis de segurança para o uso desses aditivos têm sido feitos nos últimos anos. Por esse motivo, o corante inorgânico dióxido de titânio, o natural carmim e o corante sintético idêntico ao natural caramelo IV foram avaliados quanto a toxidade e a citogenotoxicidade frente aos bioensaiosAllium cepa e Artemia salina em 24 e 48 horas de exposição. Para o Dióxido de titânio foram avaliadas as concentrações 25; 50; 100; 200; 400 g/1000 mL (corante/água destilada); para o Carmim 10 mL/10; 5; 2,5; 1,25; 0,625 mL (corante/água destilada) e para o caramelo 1; 10; 20; 30; 40 mL/1000 mL (corante/água destilada) em células meristemáticas de Allium cepa. Para Artemia salina as concentrações com intervalo de 125.000 a 122,07 ppm para o dióxido de titânio e carmim e 7.812,50 a 61,04 ppm para o caramelo foram utilizadas para avaliação de toxidade. Em Allium cepa, as células foram analisadas totalizando 3.000 para cada controle e tempo de exposição cuja análise dos resultados para citogenotoxicidade foi feita pelo software R com o teste não paramétrico de Kruskal Wallis a 5%, os resultados mostraram que todas as concentrações do dióxido de titânio causaram significativa redução do índice mitótico, sendo que nas concentrações 200 e 400 g/1000 mL em 48 horas de exposição esse efeito foi ainda mais efetivo apresentando-se como significativo em relação ao controle e também ao tempo de exposição de 24 horas. Não diferente, o carmim e o caramelo também reduziram o índice de divisão celular logo nas 24 horas de exposição, condição que se manteve para todas as concentrações em 48 horas de exposição. Para Artemia salina a análise de regressão mostrou que os produtos foram tóxicos para os náuplios causando mortalidade, condição essa que ampliou em concentrações maiores e maior tempo de exposição. Assim, esses resultados confirmam o efeito tóxico dos corantes dióxido de titânio, carmim e caramelo sobre os sistemas testes avaliados demonstrando a necessidade de controle no uso desses aditivos pelas principais agências reguladoras.
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TAMIRES DE SOUSA SILVA
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Avaliação tóxica e citogenotóxica de bioestimulantes vegetais em Allium cepa L. e Artemia salina L.
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Orientador : ANA PAULA PERON
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Data: 30/08/2018
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Bioestimulantes vegetais são produtos comerciais ou não que quando aplicados em plantas estimulam os processos naturais para melhorar a absorção e a eficiência de nutrientes, a tolerância ao estresse abiótico e a qualidade das culturas. Apesar da eficiência que os bioestimulantes promovem na agricultura, não há estudos de avaliação de efeitos de toxidade, citogenotoxicidade sobre os mesmos. Assim os produtos bioestimulantes Ácido indolbutírico (AIB), Forth® e Aminon® foram avaliados quanto aos potenciais tóxico, citogenotóxico em dois bioensaios padrão nos estudos toxicogenéticos, os sistemas testes Allium cepa e Artemia salina, em 24 e 48 horas de exposição. Foram avaliadas as concentrações 50; 100; 150 e 200g/L do produto AIB, 0,5; 1; 2 e 4 mL/L do Forth®, e 0,5; 1; 5 e 10mL/L do Aminon® em meristemas radiculares de A. cepa. O intervalo das concentrações 125.000 a 30,58 ppm de AIB; 15,625 a 0,061 ppm de Forth®; e 31,25 a 0,122 ppm de Aminon® foram usadas para avaliação tóxica em A. salina. Para detectar diferenças estatísticas entre os tempos de exposição foi utilizado o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, com pós teste de Dunn, considerando significativo (* p < 0,05), no bioensaio A. cepa. Para a análise da toxidade em A. salina o método de regressão linear foi usado, considerando significativo p< 0,05. Em A. cepa o produto Forth® reduziu significativamente o IM em todas as concentrações, diferentemente AIB induziu um aumento significativo do IM em todas as concentrações, assim como para Aminon® que na concentração 5 mL/L, em 48 horas, e para 10mL/L nos dois tempos de exposição também induziu aumento significativo em relação ao controle. Em relação à genotoxicidade, nesse estudo não foram encontrados alterações cromossômicas significativas em células meristemáticas de A. cepa expostas aos três bioestimulantes. A análise em A. salina mostrou que os três bioestimulantes são tóxicos e causaram 100%, de mortalidade a partir das concentrações 125.000; 7,81 e 3,9 ppm em AIB, Forth® e Aminon®, respectivamente. Esses resultados demonstram os efeitos toxicogenéticos desses produtos, comumente usados em produções agrícolas, relatando dessa forma os riscos ao usar tais produtos nas concentrações testadas nesse estudo. Além disso, para garantir a segurança do uso desses produtos, é importante levar em consideração os efeitos biológicos da interação entre os compostos inorgânicos e orgânicos presentes nas misturas complexas, e quando entram em contato com as substâncias presentes no solo.
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GISELE HOLANDA DE SÁ
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Diversidade genética em acessos de pinha do Banco de Germoplasma da Embrapa Meio-Norte, PI, Brasil.
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Orientador : SERGIO EMILIO DOS SANTOS VALENTE
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Data: 29/08/2018
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A pinha (Annona squamosa L.) é uma fruta bastante apreciada por seu sabor adocicado e por sua riqueza em nutrientes, além de apresentar propriedades medicinais. O germoplasma de espécies da família Annonaceae está disponível em bancos ativos de germoplasma (BAGs), porém, a variabilidade genética deste germoplasma é pouco conhecida, dificultando a sua conservação, multiplicação e utilização em futuros programas de melhoramento genético. Dessa forma, utilizou-se nove primers ISSR que amplificaram 127 locos, além de descritores morfoagronômicos e físico-químicos para estabelecer as relações genéticas dentro e entre acessos de pinha do BAG da Embrapa Meio-Norte, Teresina-PI. Os 19 acessos apresentaram uma menor variabilidade genética entre as populações e uma maior variabilidade dentro das populações, provavelmente devido o seu modo reprodutivo e suas formas limitadas de dispersão. Os marcadores morfológicos e moleculares ISSR foram eficientes na caracterização de genótipos de A. squamosa. Os acessos G2, M1F1 e M4F4 mostraram-se mais divergentes sendo, portanto, recomendados à introgressão ao BAG da Embrapa Meio-Norte.
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MANOEL BRAZ DA SILVA JUNIOR
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Triagem e validação SNPs Para uso em seleção assistida por marcadores moleculares em ovinos Santa Inês
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Orientador : FABIO BARROS BRITTO
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Data: 25/06/2018
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No Brasil, a demanda por carne ovina é superior à sua produção, levando à necessidade de importação desse produto. A ausência de programas de melhoramento definidos justifica o déficit na produção e indica a necessidade de esforços em pesquisas que busquem o aumento da produtividade. Objetivou-se com este trabalho identificar polimorfismos do tipo SNP em sequências de genes candidatos para características de medidas corporais e de desenvolvimento de carcaça em ovinos. Foram coletadas informações de área, comprimento e profundidade de olho de lombo, altura da garupa, comprimento corporal, circunferência torácica, altura da cernelha, altura da pata, profundidade torácica e comprimento da garupa em 293 animais de ambos os sexos. Onze genes candidatos foram selecionados na literatura (RPL26, SLC2A4, DVL2, CHRNB1, TP53, POLR2A, CTC1, PIK3R5, MYH10, NCAPG e LCORL), para a triagem de SNPs, visando sua genotipagem com técnicas de PCR-RFLP. Os polimorfismos presentes foram associados aos fenótipos dos animais amostrados por meio de análises de regressão. Dos genes avaliados, apenas o LCORL mostrou polimorfismo com sítio de restrição para a enzima BsrI, a qual pôde ser utilizada para genotipar as variáveis Adenina e Guanina, na posição 149.731. Os resultados mostraram que esse SNP é uma mutação não sinônima que causa a substituição do aminoácido Serina, na posição 417, por uma Glicina no peptídeo codificado. As análises estatísticas apontaram que as variáveis genotípicas estão significativamente associadas a medidas de tamanho corporal e de qualidade de carcaça em ovinos da raça Santa Inês. As medias de área, comprimento e profundidade de olho de lombo, altura da garupa, comprimento corporal e circunferência torácica apresentaram diferenças significativas para os diferentes genótipos. O genótipo com menor frequência nos rebanhos estudados (f(GG) = 0,018) apresentou maiores valores médias para todas essas características.
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AURICÉLIA SOUSA DE CARVALLHO
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Caracterização morfocultural e identificação filogenética de Colletotrichum spp. causadoras de antracnose em Spondias spp
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Orientador : JOSE EVANDO AGUIAR BESERRA JUNIOR
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Data: 21/06/2018
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Antracnose é uma importante doença de plantas que pode ser causada por espécies de fungos do gênero Colletotrichum. Em frutíferas, os sintomas da antracnose geralmente apresentam-se como manchas marrons acinzentadas com margens escuras visíveis nas folhas, flores e frutos maduros, acarretando perdas de produção e qualidade dos frutos e resultando em perdas econômicos. No Brasil, há diversos estudos reunindo informações valiosas sobre diferentes espécies desse patógeno que apresentam diferentes estilo de vida e afetam uma vasta gama de hospedeiros. No entanto, são poucos os trabalhos que relatam antracnose em fruteiras do gênero Spondias tais como sirigueleira (S. purpurea L.), umbuzeiro (S. tuberosa L.) e cajazeira (S. mombin L.). Essas espécies possuem frutos comercializados principalmente para produção de polpas para sucos ou para o consumo in natura nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Apesar da importância sócio-econômia dessas espécies para produtores dessas regiões, não existem trabalhos de identificação, que adotem análise multilocus para identificação precisa das espécies. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar e caracterizar por aproximação polifásica sete isolados de Colletotrichum causadoras de antracnose em espécies de Spondias (cajazeira, sirigueleira e umbuzeiro). Os isolados foram caracterizados quanto à morfologia de conídios e apressórios, presença de setas, coloração de colônia e taxa de crescimento. Foi realizado teste de patogenicidade de quatro isolados em mudas de cajazeira. A caracterização filogenética foi realizada com base na amplificação e sequenciamento parcial dos genes actina (ACT), glutamina sintase (GS) e região espaçadora transcrita interna do DNA ribossomal (ITS). Os caracteres morfológicos foram informativos para identificar alguns isolados com conídios oblongos ou cilíndricos de extremidades arredondadas, característicos do complexo Colletotrichum gloeosporioides. Embora pelas análises morfoculturais tenha sido possível observar diversidade entre os isolados, estas são insuficientes para distinguir espécies. A velocidade de crescimento foi bastante similar entre os isolados. Os quatro isolados de Colletotrichum foram patogênicos a S. mombin, causando sintomas típicos de antracnose nas folhas. Filogeneticamente os isolados de cajazeira, sirigueleira e umbuzeiro agruparam em clados dentro do complexo C. gloeosporioides. Além disso, um isolado de cajazeira agrupou com o isolado tipo de Colletotrichum brevisporum. As espécies C. dianesei, C. siamense e C. brevisporum foram identificadas como novos agentes causais da antracnose em folhas de plantas do gênero Spondias.
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THALES EDUARDO GALDINO ANDRADE
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Caracterização citogenética e predição de cruzamentos intraespecíficos em acessos superiores de Phaseolus lunatus L.
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Orientador : ANGELA CELIS DE ALMEIDA LOPES
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Data: 28/05/2018
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O gênero Phaseolus é um dos 222 gêneros da Família Fabaceae, originário da Mesoamérica e tem o feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) como sua segunda espécie mais estudada e importante socioeconomicamente. O feijão-fava é uma espécie importante na agricultura de subsistência nos ambientes tropicais úmidos da América, assim como, uma fonte de nutrientes para populações rurais na América do Sul e África, oferecendo oportunidades para o desenvolvimento de pequenos e médios produtores agrícolas. Além do mais, essa cultura também é reconhecida como fonte de proteínas, carboidratos, ferro, cálcio, fibra da dieta básica humana, com baixo conteúdo de gorduras, com o potencial na prevenção de doenças cardiovasculares. No Brasil, a região Nordeste brasileira foi responsável por 99,17% do valor da produção no país, onde os genótipos utilizados por produtores são considerados variedades crioulas, não havendo uso de variedades melhoradas, mesmo com necessidade, pois há dificuldades de plantio, colheita, combate a pragas e doenças, além da baixa produtividade. O presente trabalho objetivou caracterizar citogeneticamente 24 acessos superiores de feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) do Banco Ativo de Germoplasma de Phaseolus com características agronomicamente superiores, a fim de identificar os possíveis cruzamentos mais favoráveis com base na localização e mensuração da heterocromatina. Os acessos selecionados apresentaram as características: hábito de crescimento determinado, poucos dias para floração, elevado número de vagens por planta, elevado número de sementes por vagem, grande volume das sementes, alta produtividade, resistência à Antracnose e à Macrophomina. Foram observados e mensurados os padrões de heterocromatina constitutiva como forma de diferenciação dos genótipos e ordenação de cruzamentos dirigidos intraespecíficos. O cariótipo se mostrou estável quanto ao número e tamanho cromossômicos dos conjuntos, porém houve variação no padrão de bandas e na proporção da heterocromatina constitutiva, variando de 21,1% a 38,77% do genoma total. Conclui-se que a técnica de dupla coloração com fluorocromos CMA e DAPI é eficaz na caracterização citológica de feijão-fava; a espécie exibe variação no padrão de heterocromatina constitutiva em diferentes genótipos; as informações providas têm importância para programas de melhoramento.
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CLAUDIANA SILVA PEREIRA
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Caracterização polifásica da comunidade bacteriana simbionte e endofítica presentes em nódulos de feijão-fava.
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Orientador : ADEMIR SERGIO FERREIRA DE ARAUJO
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Data: 24/05/2018
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As bactérias capazes de estabelecer simbiose com leguminosas a partir da formação de nódulos em suas raízes e/ou caules são genericamente chamadas de rizóbios ou simbiontes. Anteriormente, acreditava-se que todas as bactérias que habitavam o interior desses nódulos tinham capacidade de induzir sua formação e de fixar nitrogênio atmosférico. No entanto, estudos mostram que a comunidade bacteriana presente em nódulos de muitas leguminosas é formada não somente por rizóbios, mas também por bactérias endofíticas que não possuam as habilidades citadas a cima. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi descrever a diversidade da comunidade bacteriana associada aos nódulos radiculares de feijão-fava (P. lunatus L.) a partir de uma abordagem polifásica, por meio da caracterização morfofisiológica, da análise de fragmentos rep(BOX)-PCR e do sequenciamento parcial dos genes 16S rRNA, glnII e gyrB. Os 36 isolados foram obtidos em amostras de solos dos distritos de Nova Esperança (07º77’10”S E 93º51’58”W) e Santa Rita (07º71’49”S E 93º60’08”W), pertencentes ao município de Água Branca-PI, classificados como Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico, utilizando feijão-fava como planta isca. A extração do DNA foi realizada utilizando kit comercial, conforme recomendação do fabricante, após cultivo dos isolados em meio YM líquido em agitador orbital. Destes isolados, 34 foram submetidos a uma caracterização bioquímica, 29 a uma análise rep(BOX)-PCR, 32 a uma amplificação do gene 16S rRNA, 14, do gene glnII e 15, do gene gyrB. Uma matriz binária foi construída a partir das características fenotípicas avaliadas e os isolados foram agrupados baseados no algoritmo UPGMA e coeficiente de Jaccard. As análises dos fragmentos BOX foram realizadas no programa Bionumercs versão 7.5, utilizando o algoritmo UPGMA e o coeficiente de Jaccard. A análise das sequências dos genes 16S rRNA, glnII e gyrB foi realizada a partir do programa Phred. O alinhamento foi realizado usando MEGA softwere versão 6.0 com os parâmetros padrão, o modelo de distância K2P e algoritmo Neighbour-Joining. Tanto o dendrograma fenotípico quanto a árvore filogética gerada a partir de perfis rep(BOX)-PCR mostraram grande diversidade entre os isolados, os quais agruparam-se a um baixo nível de similaridade. Foram detectados representantes dos gêneros Bradyrhizobium; Rhizobium e Burkholderia, os quais possuem espécies de rizóbios, assim como representantes de gêneros de bactérias endofíticas tais como Pseudomas, Enterobacter Williamsia, Enterobacteriaceae, Agrobacterium, Bacillus, Paenobacillus e Serratia, relatados pela primeira vez em P. lunatus. A preferência desta leguminosa por associar-se Bradyrhizobium foi confirmada. No entanto, uma grande diversidade de bactérias simbiontes e endofíticas também foram contatadas em seus nódulos. Além disso, os isolados UFPI-F16, UFPI-F06, UFPI-F03, UFPI-F15, UFPI-F17 e UFPI-F19 são apontados como prováveis novas espécies.
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PÂMELA PONCE MARTINS
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Identificação filogenética do complexo Rhizoctonia solani em coentro.
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Data: 04/05/2018
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O coentro (Coriandrum sativum L) é uma planta herbácea que pertence à família Apiaceae. É classificada como hortaliça folhosa e aromática. Possui centro de origem no Sul da Europa e Oriente Médios, e foi disseminado para diversos países do mundo no período da colonização europeia. Sendo Rússia e Índia os maiores produtores mundiais, e México e Brasil grandes consumidores desta hortaliça. É muito usada na culinária de diferentes culturas e de várias maneiras. As folhas frescas e sementes secas são utilizadas como temperos e especiarias em diversos países, além de apresentar interesse para as indústrias de bebida e farmacêuticas. No Brasil, usa-se mais as folhas frescas como tempero e decoração de pratos, principalmente nas regiões Norte e Nordeste Diversos agentes etiológicos causam doenças na cultura do coentro, e os fungos apresentam maior importância devido ao grande prejuízo que causam na produção. Dentre os problemas fitossanitários de maior relevância estão os patógenos que causam problemas no sistema radicular. Fungos que estão frequentemente associados à tais problemas são Fusarium, Rhizoctonia spp e Macrophomina phaseolina. A ocorrência de sintomas de podridão radicular e tombamento em plantas de coentro já foram relatados em trabalhos no Brasil, no entanto, a identificação dos fitopatógenos foi realizada apenas com avaliação dos caracteres morfológicos. Desta forma, este estudo teve como objetivos: 1. identificar quais são os agentes que causam tombamento e podridão radicular em coentro, através de abordagem morfológica e filogenética. 2. confirmar se os fungos identificados causam tombamento. Amostras de plantas sintomáticas foram coletadas nos estados do Ceará, Piauí e Distrito Federal nos anos de 2016 e 2017. Foram obtidos 25 isolados de fungos das plantas sintomáticas. Inicialmente, os isolados foram caracterizados morfologicamente e identificados como Rhizoctonia solani, Fusarium solani e Macrophomina phaseolina. Aplicando a técnica de coloração de núcleos nos isolados caracterizados como R. solani, 9 isolados se apresentaram com hifas multinucleadas e 3, com hifas binucleadas. Através do sequenciamento de nucleotídeos confirmou-se que oito isolados avaliados pertencem ao complexo de R. solani, dois isolados são de Waitea sp. e um isolado pertence a Ceratobasidium ramicola . No teste de patogenicidade confirmou-se que todos os 12 fungos inoculados causaram tombamento em plântulas, sendo os grupos de anastomose AG4-HGI e AG2-2 os mais agressivos. Este é o primeiro registro de R. solani AG2-2 e AG4-HG1, Waitea sp e Ceratobasidium ramicola em coentro no Brasil
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TERESINHA DE JESUS FEITOSA DE SOUSA
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: Seleção de genótipos de feijão-caupi para adaptabilidade e estabilidade produtiva de grãos verdes.
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Data: 30/04/2018
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O mercado de vagens e grãos verdes tem crescido a cada dia, principalmente na região Nordeste do Brasil e representa uma alternativa de produção ao mercado de grãos secos. No entanto, predomina no comércio as cultivares locais, com baixa produtividade e qualidade comercial. O objetivo deste trabalho foi selecionar genótipos de feijão-caupi para adaptabilidade e estabilidade produtiva de grãos verdes em ambientes dos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, por meio de três diferentes metodologias. Foram avaliados 16 genótipos de feijão-caupi em nove ambientes constituídos pela combinação de local (Pentecoste-CE, Acaraú-CE, Teresina-PI e Mossoró-RN) e ano (2012, 2013, 2014, 2015 e 2017). Em todos os ensaios adotou-se o delineamento de blocos completos casualizados com quatro repetições. Foram avaliados os seguintes caracteres: números de dias para o início da floração e maturação, comprimento de vagem, número de grãos por vagem, peso de cem grãos, índice de grãos e produtividade de vagens e grãos verdes. Foram realizadas análises de variâncias individuais e conjunta e agrupamento de médias para todos os caracteres, além de análise de adaptabilidade e estabilidade para a produtividade de grãos verdes, utilizando-se três metodologias: Eberhart e Russel, GGE Biplot e REML/BLUP. Observou-se variabilidade para todos os caracteres dentro de ambientes e, conjuntamente, exceto para o número de dias para a floração e a produtividade de vagens verdes. Os genótipos considerados ideais pela metodologia de Eberhart e Russel são MNC05-835B-16, MNC05-847B-123, MNC05-847B-126 e BRS Guariba, já pelas metodologias GGE Biplot e REML/BLUP são os genótipos MNC00-595F-27, MNC05-847B-123 e BRS Tumucumaque. As metodologias de GGE Biplot e REML/BLUP, por conseguirem informar de forma mais direta os genótipos superiores em produtividade, adaptabilidade e estabilidade, são mais práticos do que a metodologia de Eberhart e Russel no processo de seleção. As linhagens MNC00-595F-27, MNC05-847B-123 e a cultivar BRS Tumucumaque foram superiores em precocidade, produtividade de grãos verdes, adaptabilidade e estabilidade, com maior probabilidade de sucesso de cultivo nas condições edafoclimáticas dos ambientes avaliados neste estudo.
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GÉRSON DO NASCIMENTO COSTA FERREIRA
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Diversidade genética e avaliação do potencial ornamental de acessos de pimentas (Capsicum spp.).
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Orientador : REGINA LUCIA FERREIRA GOMES
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Data: 26/04/2018
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Avaliação de variabilidade genética entre genótipos é essencial para a conservação de qualquer recurso genético, podendo ser usada para ampliar a base genética de plantas cultivadas e ainda promover a agricultura sustentável. Neste estudo, objetivou-se avaliar a diversidade genética e o potencial ornamental de 50 acessos de Capsicum spp. por meio de descritores morfoagronômicos. O experimento foi conduzido em telado, localizado no Departamento de Fitotecnia, do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal do Piauí, no período de fevereiro a novembro de 2017, onde os acessos foram delineados inteiramente ao acaso, com quatro repetições, uma planta por parcela, e caracterizados com base em 35 descritores, sendo 23 qualitativos multicategóricos e 12 quantitativos. Foram realizadas análises de comparação de médias, componentes principais, agrupamento pelo método de Tocher modificado e UPGMA. Pela análise de variância, evidenciaram-se diferenças significativas entre os acessos de pimentas para todos os descritores quantitativos. Os coeficientes de variação do experimento variaram de 5,2% (NDM) a 31,4% (NFP). Por meio da análise de componentes principais foram acumulados 60,8% da variância nos dois primeiros componentes, e o método de Singh mostrou que os descritores comprimento do fruto e largura do fruto foram os que mais contribuíram para a divergência genética entre os acessos. O método de agrupamento de otimização de Tocher modificado (Sequencial) detectou a formação de nove grupos para os descritores qualitativos multicategóricos. Pelo método UPGMA, formaram-se sete grupos baseando-se na combinação dos descritores quantitativos e qualitativos multicategóricos. Os acessos de pimentas alocados no Banco de Germoplasma de Capsicum da Universidade Federal do Piauí apresentam alta variabilidade genética inter e intraespecífica, atribuídas principalmente às diversas cores e formatos de frutos, morfologia das flores e arquitetura de planta. Oito acessos avaliados possuem potencial ornamental e estão dentro dos padrões estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Floricultura. Os acessos BGC 98, 100, 203, 207, 224 e 236 foram adequados para o cultivo em vasos, enquanto o BGC 220, para cultivo em jardins. Contudo, o acesso BGC 199 destaca-se como o mais promissor por corresponder a todos os critérios de qualidade para porte, folhagem, flores e frutos, propostos pela Cooperativa Veiling Holambra.
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