A goiabeira (Psidium guajava L.) é conhecida por sua ampla adaptação a diferentes condições edafoclimáticas, cultivada em todo o mundo, com produção mundial de 54,7MT, o Brasil contribui com 460.000 t/ano. No entanto, a sazonalidade climática das regiões de cultivo, expõe as plantas a diferentes condições ambientais, capazes de influenciar na sua fenologia e produção. Logo, a determinação do comportamento das cultivares em diferentes épocas de poda de frutificação são ferramentas importantes para o planejamento do cultivo. São muitos os desafios para chegar a essa produção, enfrentado fatores bióticos e abióticos, como nematoides Meloidogyne enterolobii, já presente em vários países, sendo a principal praga da goiabeira interferindo na qualidade físico-química e nos estágios fenológico, com isso a EMBRAPA, lançou no Brasil, o porta-enxerto resistente ao nematoide, BRS Guaraçá, que se mostra eficiente no controle, proporcionando excelente qualidade aos frutos. Desse modo, o presente estudo tem por objetivo, no capítulo I: avaliar o comportamento fenológico e produtivo de cultivares de goiabeiras, propagadas vegetativamente em diferentes épocas de poda de frutificação no semiárido; no capítulo II: avaliar a qualidade dos frutos de cultivares de goiaba, cultivadas na Região do Semiárido, propagadas vegetativamente e submetidas a diferentes épocas de desenvolvimento dos frutos (chuvosa-seca, seca-chuvosa e seca). O experimento foi conduzido em blocos casualizados, durante o período de 2022 a 2023, em arranjo fatorial duplo 3 x 6, os fatores corresponderam a: i) época de poda (chuvosa-seca, seca-chuvosa e seca) e, ii) cultivar + forma de propagação (Paluma enxertada, Paluma estaca, Tailandesa Vermelha enxertada, Tailandesa Vermelha estaca, Tailandesa Branca enxertada e Tailandesa Branca estaca). Foi avaliado no capítulo I: o ciclo fenológico e atributos produtivos; no capítulo II: qualidades químicas (sólido solúveis, acidez titulável, ratio e pH), qualidade fenólicas (β-carotenos, flavonóides e vitamina C) e qualidade físicas (firmeza, índice de cor, rendimento de polpa, densidade e volume). Os resultados revelaram no capítulo I: que os métodos de propagação não alteram o ciclo fenológico das cultivares que foi de 184 a 196 dias. O método de enxertia, proporcionou melhores índices produtivos (número de fruto, produção, peso médio do fruto) nas cultivares Paluma e Tailandesa Branca, nas 3 épocas de poda. As cultivares apresentaram ciclo reduzido entre a poda e a colheita na poda de época seca. O potencial produtivo da goiabeira é maior na época seca-chuvosa. A cultivar Tailandesa Branca propagada por enxertia com poda na época seca chuvosa, demonstrou ser mais promissora na região Semiárido, no capítulo II: As cultivares de goiabeira propagadas tanto por enxertia quanto por estaquia demonstraram múltiplas respostas em relação às características físico-químicas dos frutos, com valores que atendem adequadamente às exigências para consumo humano e ao mercado internacional. A propagação por enxertia utilizando o porta-enxerto BRS Guaraçá, mostrou-se essencial no controle do nematoide Meloidogyne enterolobii, dando mais vigor às plantas, proporcionando excelente qualidade aos frutos. As características dos frutos apresentaram respostas diretas quanto a época de desenvolvimento do fruto, sendo assim necessário observar o destino da produção, para escolha adequada da época.