A presente pesquisa tem por objetivo analisar a influência das redes sociais sobre o comportamento eleitoral nas eleições gerais no Brasil a partir de 2018, com ênfase no papel central dessas plataformas na formação da opinião pública e na promoção do engajamento cívico. O estudo investiga de que maneira os eleitores recorreram às redes sociais como fonte de informação política, bem como os efeitos da exposição a conteúdos políticos digitais sobre suas decisões e preferências eleitorais. A análise baseia-se em dados provenientes do Estudo Eleitoral Brasileiro (ESEB), nas edições de 2018 e 2022, com foco em variáveis como interesse político e meios de comunicação utilizados. A metodologia adotada combina técnicas estatísticas descritivas e multivariadas, permitindo examinar de forma mais precisa como fatores sociodemográficos, tais como idade, escolaridade e renda, mediam o uso das redes sociais ao longo do período eleitoral. Os resultados obtidos indicam que as redes sociais se tornaram uma fonte importante de informação política para uma parcela significativa do eleitorado. Ademais, a pesquisa identifica a disseminação de desinformação como um elemento de impacto negativo na percepção dos eleitores acerca do processo político. Conclui-se que a digitalização das práticas comunicacionais alterou a dinâmica eleitoral brasileira, exigindo novas abordagens analíticas para a compreensão da comunicação política na era digital e abrindo caminho para investigações futuras sobre os efeitos das tecnologias da informação na qualidade da democracia.