O feijão-fava é uma importante fonte alimentar, especialmente na região Nordeste do Brasil, além de representar uma relevante fonte de renda para muitos agricultores. O melhoramento da cultura é essencial para promover a segurança alimentar e o desenvolvimento de variedades mais resistentes e adaptadas às condições locais. Atualmente, reconhecem-se quatro grupos genéticos de feijão-fava: dois localizados na Mesoamérica (abrangendo México, Guatemala, El Salvador, Belize e Honduras) e dois nos Andes (incluindo Chile, Argentina, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela). No entanto, a origem da diversidade genética do feijão-fava presente no Brasil bem como o processo de domesticação no país, ainda não estão totalmente esclarecidos. Diante disso, este trabalho propôs a utilização de acessos de plantas cultivadas e silvestres, conservadas no Banco Ativo de Germoplasma de Phaseolus da Universidade Federal do Piauí, e no CIAT, com a finalidade de obter insights sobre a origem e domesticação do feijão-fava no Brasil. O objetivo é identificar padrões de diversidade genética entre materiais cultivados brasileiros e acessos silvestres de outros países. Para isso, foi realizada a técnica de Genotipagem por sequenciamento (GBS) visando a obtenção de SNPS, que serão usados para análises de diversidade e estrutura populacionais. Os resultados deste estudo poderão contribuir significativamente para programas futuros de melhoramento genético do feijão-fava no Brasil, auxiliar no desenvolvimento de estratégias de conservação da espécie, além de fornecer informações importantes sobre sua origem e domesticação no contexto brasileiro.