O projeto de pesquisa tem como objetivo analisar o posicionamento do Brasil no cenário espacial sul-americano entre 2022 e 2024, considerando sua capacidade e autonomia para acessar e utilizar produtos e serviços espaciais. A motivação decorre da ausência de indicadores consolidados que permitam avaliar comparativamente os países da região, o que limita o planejamento estratégico de políticas públicas como o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). A pesquisa busca preencher essa lacuna por meio da construção de um índice composto que sintetize variáveis relevantes, como orçamento público destinado ao setor, número e tipo de artefatos espaciais registrados, e infraestrutura crítica disponível (centros de lançamento e laboratórios tecnológicos). A justificativa está ligada à importância estratégica do Brasil em liderar o setor espacial regional, fortalecendo sua soberania e ampliando sua influência geopolítica. Além disso, o estudo atende a uma demanda interna da Agência Espacial Brasileira (AEB), onde o autor atua, e contribui para o aprimoramento das políticas públicas e para a conscientização social sobre os benefícios das atividades espaciais. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa documental e bibliográfica com abordagem quantitativa, utilizando dados de fontes abertas, documentos oficiais e artigos especializados. Os dados serão organizados em indicadores simples e agregados em um índice composto, seguindo recomendações da OCDE para construção de indicadores. O resultado esperado é um ranking dos países sul-americanos quanto ao desenvolvimento do setor espacial, fornecendo subsídios para políticas e estratégias que consolidem a liderança brasileira no mercado espacial regional.