O presente artigo objetiva fazer uma aproximação teórica em relação ao
tema da proteção social do trabalhador da saúde, particularizada no
processo de desregulamentação do trabalho via precarização e
flexibilização no contexto da pandemia de COVID-19. Partindo de dados
secundários da literatura de referência, integra-se uma discussão sobre
o trabalho em saúde na vertente marxista, seguindo com um breve
levantamento histórico sobre o processo de desregulamentação do
trabalho em saúde no Brasil da década de 1990 à pandemia de COVID-
19. O estudo permite apreender de que modo e sob quais
determinantes a desregulamentação se faz presente no trabalho em
saúde, constituindo processos que se aprofundam na pandemia,
expondo o trabalhador à vulnerabilidade que resulta da desproteção
social e do risco iminente de adoecimento e morte. Reafirma-se, com
isso, a ofensiva permanente do capital sobre a classe trabalhadora, que
na pandemia assume feições particulares sem negar suas intenções,
processos e resultados.