Objetivo: Avaliar o efeito do uso de uma tecnologia educacional virtual no cuidado da segurança do paciente na terapia medicamentosa Método: Trata-se de estudo quase experimental do tipo antes e depois, sem grupo controle, constituído de 67 graduandos de enfermagem matriculados entre o 6º e 9º período do curso. A coleta dos dados sociodemográficos, caracterização dos graduandos quanto ao letramento digital e contato anterior com a temática foi guiada por formulário e, na sequência, os dados foram organizados e digitados no editor Microsoft Office Excel 2016 e transferidos para o software SPSS versão 26 para investigar as possíveis associações entre o objeto do estudo e as variáveis estudadas. Realizou-se estatística descritiva com as medidas de posição (média, mediana) e dispersão (desvio padrão) para todas as variáveis quantitativas, e para as variáveis qualitativas, foram obtidas as frequências absolutas e relativas. Intervalos de confiança de 95% foram calculados sempre que pertinente para frequência relativa e média. Foi aplicado o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov para avaliar a simetria das informações, o Teste de Wilcoxon para avaliar o comportamento entre os momentos dos escores avaliados e o Qui-quadrado para associação entre a dificuldade de navegação no sistema online e as percepções dos participantes sobre os aspectos do curso. A avaliação do efeito do uso STEM sobre a aprendizagem dos graduandos de enfermagem foi realizada em dois momentos distintos: pré e pós intervenção e foi realizada com base nos níveis 1 e 2 do modelo de avaliação de Kirkpatrick - Reação e Aprendizagem, respectivamente. O curso teve duração de 40 horas e os participantes até oito dias após sua realização para avaliar e devolver os instrumentos respondidos. Resultados: Dos participantes (n=67), a maioria (79,1%) era do sexo feminino 53(79,1%), na faixa etária ≤ 25 anos 57(85,1%), solteiros 62(92,5%), convivendo com os pais e irmãos 30(44,8%) ou com outra(s) pessoa(s), sem laços consanguíneos e/ou conjugais 22(32,8%), com renda familiar de até 1(um) salário mínimo em 34(50,7%). No quesito letramento digital, 46(68,7%) utilizam a internet várias vezes ao dia, com tempo de tela de 3 a 5 horas/dia 23(34,3%), sendo os smartphones o aparelho mais utilizado para acesso à internet 59(88,1%) e a residência, o local predominante ao acesso à internet em 64(95,5%) participantes. Dos participantes, 41(61,2%) responderam que a utilizam para estudo, pesquisas ou negócios, a maioria (97,0%) já havia participado de algum curso ou disciplina na modalidade on-line, e (50,7%) afirmaram nenhuma dificuldade. Numa escala de zero a dez pontos, (61,2%) avaliaram o curso com pontuação máxima, onde escore “Concordo plenamente” obteve mais de 90% de concordância nos seguintes itens: relevância do assunto abordado para a prática discente e futuro profissional com (98,5%), comunicação eficaz e a contento por parte da facilitadora/tutora com (94,0%), o curso ajudará a realizar minha graduação com mais eficiência acadêmica nesse contexto com (92,5%) e os objetivos do curso foram claramente apontados e explicados em termos compreensíveis 61(91,0%). Houve avanço significativo no conhecimento quando comparadas as respostas obtidas no pré-teste com as obtidas no pós-teste, com exceção das questões 3 e 6 que permaneceram iguais em ambos os momentos. Não houve associação estatisticamente significativa entre a dificuldade de navegação no sistema online e as percepções dos participantes sobre os aspectos do curso, todos os valores de p foram superiores ao nível de significância de 5%. A análise pareada dos números de acertos realizada antes (14,97%) e depois (15,76%) da intervenção não teve diferença estatística quando avaliado o resultado como um todo, ou seja, sem levar em consideração os períodos. Conclusão: O estudo mostrou evidências de que a tecnologia educativa virtual pode contribuir de maneira positiva com a terapia medicamentosa na perspectiva da segurança do paciente, agregando conhecimento, competências e melhorias nas ações do futuro enfermeiro.