Banca de DEFESA: MARIA CAROLINA DA SILVA COSTA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA CAROLINA DA SILVA COSTA
DATA: 29/11/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório PPGEnf
TÍTULO: ESTRESSE PARENTAL PERCEBIDO NAS UNIDADES NEONATAIS DE UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE REFERÊNCIA
PALAVRAS-CHAVES: pais; estresse psicológico; unidades de terapia intensiva neonatal
PÁGINAS: 58
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:
O nascimento de um filho cria nos pais expectativas em sua chegada. Porém, podem surgir situações em que a família não obtém o desfecho esperado, necessitando de cuidados intensivos nas Unidades Neonatais. Os pais passam por uma experiência que resulta em mistos de sentimentos, emoções e estresse. Esse estudo teve por objetivo avaliar os níveis de estresse dos pais de recém-nascidos hospitalizados em Unidades Neonatais utilizando a escala PSS: NICU. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em uma maternidade pública de referência. Os dados foram coletados a partir do questionário relacionado as mães, ao recém-nascido e a versão brasileira da escala de estresse de pais na unidade de terapia intensiva neonatal (PSS: NICU). O estudo foi aprovado com o parecer nº 5.706.056. Participaram do estudo 76 mães de recém-nascidos internados. Ao analisar o perfil materno das participantes tem-se as seguintes características mais prevalentes: idade média de 28,9 anos, cor parda (68,4%), possuindo companheiro (61,9%), que possuíam escolaridade igualmente para o Ensino médio completo e ensino fundamental incompleto (31,6%), ocupação principal do lar (48,7%), procedentes do interior do Estado (63,2%), renda abaixo de um salário-mínimo (40,8%), religião católica (57,9%), multíparas (63,2%), com gestação não planejada (69,7%), mais de 7 consultas pré-natais (46,1%), sem perdas fetais (77,6%), partos prematuros (85,5%), tendo permanecido no hospital durante a internação do recém-nascido (72,4%), desconheciam as Unidades Neonatais (80,3%), não apresentando estresse no último ano (55,3%). O perfil de nascimento e clínico evidenciou-se RNs do sexo masculino (63,2%), nascidos na maternidade (98,7%), com média de idade gestacional 32,17, peso médio de 1.692,37, Apgar, no 1º minuto a média foi de 7,41, e no 5º minuto de 9,14, perímetro cefálico médio foi de 29,72, a estatura média de 41,42 e perímetro torácico médio de 26,49, com sepse em 35,5%, 31,6% estavam em uso de fototerapia, 25,0% de sedação/analgesia, 3,9% faziam uso de dreno e apenas 2,6% usavam sonda vesical. Na avaliação do nível de ocorrência de estresse materno observou-se que as mães apresentaram nível de estresse classificado como muito estressante, uma vez que a média do escore total foi de 3,93. Na avaliação do nível geral de estresse materno apresenta-se os domínios das subescalas um nível de estresse classificado como moderadamente estressante. A subescala que apresentou maior nível de estresse permanece sendo a Alteração do Papel de Pais com muito estresse e média de 3,92, enquanto a que apresentou menor média de ocorrência foi a subescala Sons e Imagens, classificado com um pouco estressante, com média de 1,90 ou 2 (valor arredondado estatisticamente). Em conclusão, o estudo revela que o puerpério, aliado ao ambiente das Unidades Neonatais, cria um contexto altamente estressante para as mães, tornando fundamental a implementação de intervenções mais efetivas para oferecer suporte psicológico e promover a integração familiar nos cuidados neonatais. Estratégias que incentivem a presença ativa do pai e o monitoramento contínuo da saúde emocional das mães apresentam-se como alternativas significativas para reduzir os impactos negativos do estresse prolongado, contribuindo para uma vivência menos traumática durante a hospitalização.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - 027.***.***-01 - CYNTHIA ROBERTA DIAS TORRES SILVA - IFPE
Interno - 3017215 - HERLA MARIA FURTADO JORGE
Interno - 3059512 - LÍVIA CARVALHO PEREIRA
Presidente - 2335983 - MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA