Introdução: Humanização é a relação existente entre as competências pessoais, bem como, o desenvolvimento de práticas profissionais, aliado aos princípios éticos e morais com finalidade de respeitar, cuidar a dignidade humana e ser sensível às suas necessidades. A humanização na assistência à saúde da mulher implica a garantia de cuidados livre de qualquer tipo de discriminação, valorizando a diversidade e promovendo a equidade, assim como, respeitar os seus direitos e os valores. Objetivo: avaliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem e parteiras comunitárias de um centro materno infantil sobre a humanização na gestação, parto e puerpério. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva e segundo a sequência temporal foi transversal, com uma abordagem quantitativa realizada no Centro Materno-Infantil do Bailundo-Huambo em Angola. Os participantes foram os profissionais de Enfermagem que prestam cuidados assistenciais nas consultas pré-natal, sala de parto, puerpério, neonatologia e as parteiras comunitárias que fazem trabalho de seguimento a parturiente. Os dados foram colhidos no Centro de Saúde com base na escala de serviço correspondente a cada equipe de profissionais nos meses de fevereiro e março de 2022 e com as parteiras comunitárias num encontro de atividades formativas das mesmas. Quanto aos aspectos éticos, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética do Ministério de Saúde de Angola e obteve o parecer favorável nº 23 C.M/MINSA.INS/2023. Resultados: Houve a participação de 53 profissionais de enfermagem representando 92,98 % que constitui o número de profissionais de enfermagem que trabalham do CMIB. Destes, 69,8 % têm formação técnica e 18,9 % graduados. As idades eram entre 22 a 59 anos, onde a idade média é de 35 anos. Quanto ao tempo de serviço, 39,6% (21) destes profissionais trabalhavam a 1-4 anos. De acordo com os profissionais de enfermagem, a importância do atendimento humanizado no ciclo gravídico puerperal, deve-se à satisfação, ao oferecimento das condições no atendimento e qualidade para realizar um parto seguro, cuidado, conforto, atendimento com amor, carinho e dedicação. Conclusão: os profissionais de enfermagem do Centro Materno Infantil conhecem os aspetos que definem a humanização e sua prática. Portanto, a humanização na assistência do ciclo gravídico puerperal, não se limita em gestos isolados, é uma envolvência que pode transformar todo o processo, desde as condições de trabalho, a postura adoptada dos profissionais de enfermagem na interação com os utentes, bem como, a sua valorização e atualização constante.