Introdução: A hepatite B é uma infecção prevenível por vacina, mas ainda representa um relevante problema de saúde pública. Estudantes de Enfermagem estão particularmente expostos ao risco ocupacional, o que reforça a necessidade de adesão à vacinação e conhecimento adequado sobre a doença. Objetivo: Analisar o conhecimento e a completude vacinal contra hepatite B em graduandos em Enfermagem. Método: Estudo transversal analítico realizado com estudantes de Enfermagem da UFPI - campus localizado em Teresina. Os resultados preliminares incluíram 116 participantes. Foram utilizados questionários validados sobre dados sociodemográficos, acadêmicos, comportamento sexual, vacinação e conhecimento. Foi realizado coleta de dados de forma presencial daqueles que preencheram os critérios de inclusão, e analisados com estatística descritiva. O estudo obteve aprovação do Comitê de ética em Pesquisa. Resultados: dos 116 estudantes, A média de idade foi de 21,7 anos (18–43); 81,9% eram do sexo feminino; 97,4% solteiros; 97,4% sem filhos; 58,6% pardos/morenos e 35,3% brancos. Predominou escolaridade dos pais com ensino médio completo (36,2%) e ensino superior completo (24,1%). A maioria não trabalhava (91,4%). Houve maior concentração no 6º (19,8%), 1º (16,4%) e 5º períodos (13,8%). 6,9% participaram de capacitação sobre hepatite B. Quanto à vacinação, 59,5% haviam recebido três doses, 25,9% apenas uma, 8,6% duas doses e 6,0% quatro doses. A completude (≥3 doses) foi observada em 65,5% dos estudantes. Entre brancos, 78% estavam completos; entre pardos/morenos, 61,8%; e entre pretos, 33,3%. A maior completude foi verificada em filhos de pais com ensino superior completo (82,1%) e no 6º período (100%). Sobre aspectos comportamentais, o número médio de parceiros sexuais foi de 1 (0–16). Parceiro fixo foi referido por 29,3% dos estudantes, parceiro eventual por 10,3%. Entre os que tinham parceiro fixo, 41,2% relataram uso regular de preservativo, 38,2% uso ocasional e 20,6% não usavam. Entre os com parceiro eventual, 12,1% usavam preservativo sempre, 29,3% às vezes e 6,0% nunca. Quanto às IST, 11,2% já tiveram diagnóstico e 52,6% haviam realizado teste rápido. O uso de álcool foi relatado por 49,1% e 11,2% afirmaram já ter usado, mas não mais. No conhecimento sobre hepatite B, a média de acertos foi de 18,9 (13–24). Considerando ≥75% de acertos, 75,0% foram classificados com conhecimento bom. Questões mais acertadas incluíram avaliação da função hepática (99,1%), diagnóstico precoce (99,1%), tratamento (96,6%) e vacinação ao nascer (90,5%). As principais lacunas foram sobre anti-HBc total (53,4%), transmissão por amamentação (48,3%) e teste rápido como diagnóstico (59,5%). O bom conhecimento foi mais frequente em períodos avançados (5º: 93,8%; 7º: 92,3%; 9º: 88,9%).