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Banca de QUALIFICAÇÃO: CÍCERO SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CÍCERO SOUZA
DATA: 31/10/2025
HORA: 08:00
LOCAL: QUALIFICAÇÃO DE DISSERTAÇÃO
TÍTULO: Los reyes: mitocrítica entre a espada e a labrys
PALAVRAS-CHAVES: Los reyes, Minotauro, Mitocrítica.
PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

O objeto de análise da presente pesquisa é a obra Los reyes (1995), de Julio Cortázar. Trata-se de um poema dramático escrito em cinco atos e de uma releitura do mito do Minotauro de Creta, pois apresenta um Minotauro sábio e humanizado e desvela, assim, sua curiosa associação com semideuses dos antigos cultos agrários de fertilidade, dentre os quais, destacadamente, o infante deus taurino Dionísio Zagreu. A presente investigação permite observar como o touro é um símbolo arcaico e elo de ligação dos aspectos lunares e solares, símbolo de união entre a matéria e o espirito naquilo que, no mais das vezes, pode ser pensando como a eterna e cíclica renovação do vigor da vida, já presente em culturas pré-históricas que dispunham de uma boa relação com a Natureza e que, pouco a pouco, foi suplantado por uma emergente cultura de caráter dual que ao cindir aqueles aspectos revestiu o touro de um aspecto ogresco, popularizando-o, por fim, como o famoso e monstruoso Minotauro. Logo, tal demonização encontra seus representantes no rei Minos, mas principalmente no herói Teseu, ambos representantes da nova cultura e ordem Percebeu-se, portanto, que em Los reys há um motivo de investigação que certamente tem sua importância social, se pode contribuir para o entendimento não apenas desse  processo de supressão, mas também, e principalmente, do contexto contemporâneo, no qual a cisão cultural e política parece, principalmente no Brasil, expor fortemente o desequilíbrio da ordem ética e racional. Portanto, o nosso objetivo principal é desvelar o mito motivador que subjaz em Los Reyes, a fim de estabelecer a pertinência da inversão que a obra apresenta, e sua lição mítica, para a modernidade e período contemporâneo; para isto, faremos uso da Mitocrítica, de Gilbert Durand, com o suporte das As estruturas antropológicas do imaginário (2012), que a justificam, e também de pensadores como Terry Eagleton (1976), J. P– Vernant e Vidal-Naquet (2002), Sir James Frazer (1956) e Mircea Eliade (2001). Quanto aos objetivos específicos: primeiro, pretendemos compreender o processo de evolução do mito e, segundo, apresentar saberes que porventura contribuam para o esclarecimento social de alguns dos motivos culturais que causam divisão e conflito entre os indivíduos. Quanto ao método, este consistirá de uma abordagem qualitativa de natureza bibliográfica e básica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 836.***.***-00 - HERASMO BRAGA DE OLIVEIRA BRITO - UESPI
Interno - 1550705 - LUIZIR DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - 371.***.***-34 - MARIA DAS VITÓRIAS NEGREIROS DO AMARAL - UFPE
Notícia cadastrada em: 29/10/2025 07:14
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