Banca de DEFESA: MAISA CAMPÊLO DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAISA CAMPÊLO DE SOUSA
DATA: 16/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do NPPM
TÍTULO: ATIVIDADE GASTROPROTETORA DE EXTRATOS E FRAÇÕES DE Mouriri guianensis Aubl.
PALAVRAS-CHAVES: Doenças Gastrointestinais; Plantas Medicinais; Úlcera péptica
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
RESUMO:

A úlcera gástrica é o distúrbio de integridade da mucosa estomacal caracterizado pela formação de lesão e se configura como um problema de saúde mundial, visto que as possibilidades terapêuticas atualmente conhecidas apresentam diversas limitações e não impedem a sua reincidência. Produtos naturais têm se mostrado como promissoras alternativas preventivas, muitos deles escolhidos em decorrência da sua utilização na medicina tradicional. As folhas e cascas de Mouriri guianensis Aubl. são utilizadas empiricamente para o tratamento de ulcerações, mas ainda não se tem estudos sobre suas atividades farmacológicas. O objetivo do presente estudo foi investigar a atividade protetora gástrica de extratos etanólicos das folhas (Mg-EtOHf) e dos galhos (Mg-EtOHg) e das frações hidrometanólica (Mg-MeOH) e hexânica (Mg-Hex) de M. guianensis Aubl. e os possíveis mecanismos envolvidos nesse efeito em modelos experimentais de lesão gástrica in vivo. A caracterização fitoquímica apontou nas amostras a presença de constituintes como taninos condensados, triterpenos e esteroides, catequinas, sitosterol e estigmasterol, flavonoides e antraquinonas. A atividade antioxidante in vitro foi de 94,63, 90,32 e 72,58% de eliminação do radical livre DPPH pelo Mg-EtOHf, Mg-EtOHg e Mg-MeOH, respectivamente. Na avaliação da toxicidade aguda em larvas de Tenebrio molitor, a administração de diferentes doses para todas as amostras não demonstrou induzir a quaisquer sinais de toxicidade nem mesmo na dose mais alta testada (3000 mg/kg), sendo consideradas não tóxicas. O pré-tratamento com Mg-EtOHg (25; 50 e 100 mg/kg, v.o.) reduziu em 52, 52 e 65% a área de lesão gástricas induzidas por etanol e com Mg-MeOH (12,5; 25 e 50 mg/kg, v.o.) reduziu em 66, 57 e 54% (p<0,05). O pré-tratamento com todas as amostras testadas reduziu a área de lesões gástricas induzidas por isquemia e reperfusão (p<0,05). Entre os extratos, o efeito mais pronunciado foi de Mg-EtOHg (12,5; 25 e 50 mg/kg, v.o.), que reduziu, respectivamente, em 96, 98 e 92% a área de lesão, e, entre as frações, foi de Mg-Hex (6,25; 12,5 e 25 mg/kg, v.o.), que reduziu, respectivamente, em 82, 87 e 90% a área de lesão. Extratos e frações de Mouriri guianensis Aubl. exibiram efeitos gastroprotetores frente a lesões agudas em modelos in vivo possivelmente por mecanismos de potencialização do sistema antioxidante. Os resultados apontam para um potencial preventivo e terapêutico de derivados da planta frente à úlcera gástrica por sua ação antioxidante. Esta é uma investigação relevante e pioneira, por elucidar as primeiras evidências científicas para o efeito gastroprotetor de Mouriri guianensis Aubl.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 423551 - RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
Interno - 1167629 - FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
Externo ao Programa - 1886245 - HÉLIO DE BARROS FERNANDES
Externo ao Programa - 7422077 - PAULO HUMBERTO MOREIRA NUNES