O óxido de zinco (ZnO) é um semicondutor amplamente estudado devido à sua versatilidade e aplicabilidade em fotocatálise heterogênea para a degradação de poluentes orgânicos. No entanto, sua eficiência é limitada pela rápida recombinação de pares elétron-buraco e pela baixa absorção na região do visível. Neste contexto, a dopagem e a codopagem com íons metálicos emergem como estratégias promissoras para modificar suas propriedades estruturais, ópticas e eletrônicas, otimizando seu desempenho fotocatalítico. Esta tese investiga a influência da codopagem de ZnO com íons Al³⁺ e Pr³⁺, em baixas concentrações, sobre suas propriedades físico-químicas e eficiência na degradação de contaminantes orgânicos. Os materiais foram sintetizados pelo método de coprecipitação e caracterizados por técnicas avançadas, como Difração de raios X, Espectroscopias Raman, UV-Vis e fotoluminescência e Microscopia Eletrônica de Varredura. Os resultados demonstraram que a codopagem alterou significativamente a estrutura cristalina, a densidade de defeitos e a absorção óptica do ZnO, contribuindo para a redução da taxa de recombinação eletrônica. Testes fotocatalíticos evidenciaram a alta eficiência do material na degradação do corante Alaranjado de Metila e do fármaco Diclofenaco, com taxas de remoção superiores a 90% sob irradiação UV. Além disso, estudos com inibidores revelaram os principais radicais envolvidos na fotodegradação, proporcionando uma compreensão aprofundada do mecanismo reacional. Os resultados desta pesquisa destacam a importância da codopagem como ferramenta para a otimização de fotocatalisadores baseados em ZnO, abrindo perspectivas para o desenvolvimento de materiais mais eficientes na remediação ambiental.