As lesões gástricas, são frequentemente associadas ao uso prolongado de antiinflamatórios não
esteroidais (AINEs), e representam um desafio clínico devido à sua alta prevalência e aos
efeitos colaterais dos tratamentos convencionais. Este estudo tem como objetivo investigar se a
kombucha pode auxiliar no tratamento de lesões gástricas. Trinta e seis ratas Wistar foram
divididas em quatro grupos (controle, lesão gástrica (LG), LG+omeprazol e LG+kombucha). As
lesões gástricas foram induzidas com ácido acetilsalicílico (500 mg/kg) durante cinco dias. O
grupo tratado com kombucha recebeu a bebida fermentada produzida de acordo com a Instrução
Normativa no 41/2019 do Ministério da Agricultura do Brasil. Análises macroscópicas,
histopatológicas e bioquímicas foram realizadas, incluindo ensaios de MPO, MDA e GSH. As
lesões gástricas foram avaliadas por microscopia óptica e planimetria computadorizada
(software ImageJ®). Os achados histopatológicos mostraram que o grupo tratado com
kombucha preservou a mucosa gástrica, reduzindo a hiperemia, o infiltrado inflamatório e o
dano epitelial em comparação ao grupo com lesão. As imagens macroscópicas confirmaram
menos lesões hemorrágicas no grupo com kombucha. O tratamento com kombucha reduziu os
níveis de MDA e aumentou a GSH, indicando redução do estresse oxidativo. A kombucha
demonstrou efeitos protetores na mucosa gástrica em um modelo experimental de lesão induzida
por AINEs, sugerindo seu potencial como uma alternativa terapêutica adjuvante natural e de
baixo custo.