INTRODUÇÃO: a amputação de membros inferiores leva a uma deficiência permanente e traz inúmeras mudanças na vida do indivíduo. As principais queixas de pessoas com amputação de membro inferior estão relacionadas com a dificuldade na mobilidade, a falta de independência nas atividades do cotidiano, a necessidade de reintegração à comunidade e diminuição do nível de qualidade de vida. OBJETIVO: avaliar as capacidades clínicas, funcionais e a qualidade de vida entre indivíduos amputados transfemorais e transtibiais na fase pré-protética. METODOLOGIA: estudo transversal com 25 pacientes com amputação de membros inferiores na fase pré-protética atendidos no Centro Integrado de Reabilitação de Teresina, entre maio a julho de 2024, avaliou-se a força muscular periférica dos membros superiores e membros inferiores por meio da dinamometria, a força muscular respiratória através da manovacuometria, independência funcional e a qualidade de vida, por meio dos questionários, medida de independência funcional (MIF) e EQ-5D. A normalidade dos dados foi avaliada pelo Teste de Shapiro-Wilk, as comparações de variáveis quantitativas o teste de Student, a análise da correlação pelo Coeficiente de Correlação de Pearson. A dependência entre variáveis foi verificada pela Regressão Linear Simples, e o Teste de Proporções Z para comparar sexo e etiologia da amputação. Considerou-0se p<0,05 como significativo, com intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: o estudo avaliou 25 pacientes amputados de membros inferiores, sendo 44% transtibiais e 56% transfemorais, com predominância masculina. As principais causas de amputação foram traumáticas e vasculares, mais frequentes no grupo transfemoral. A força muscular dos membros superiores e inferiores foi maior no grupo com amputação transfemoral, a força do cotovelo direito apresentou significância estatística (p = 0,0251). A força de extensão do joelho apresentou associação forte com a força dos membros superiores (p < 0,001) e com a capacidade respiratória (PiMax, p = 0,0014) demonstrando que o fortalecimento muscular dos membros superiores e função respiratória fortalece influenecia na força dos membros inferiores. A qualidade de vida, avaliada pelo EuroQol, não diferiu entre os grupos. reforçando a importância da reabilitação multidisciplinar para melhorar a recuperação funcional e social dos pacientes amputados. CONCLUSÃO: A maioria dos participantes apresentou independência funcional preservada. A extensão do joelho preservado correlacionou-se com a força dos membros superiores e a capacidade inspiratória, evidenciando a relação entre mobilidade e função pulmonar. A qualidade de vida não apresentou correlação com outras variáveis e não diferiu estatisticamente entre os grupos.