Este trabalho foi desenvolvido no contexto do Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física, contando com o suporte da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Sociedade Brasileira de Física (SBF). A física encontra-se distante da realidade dos alunos e é vista de forma bastante matematizada, o que cria um desestímulo nos mesmos. Os fenômenos analisados parecem estar longe da realidade diária dos estudantes. Nesse contexto, é fundamental desenvolver um conhecimento colaborativo que vá além das estruturas convencionais da sala de aula, pois isso contribui para uma aprendizagem mais significativa. A Teoria Social da Aprendizagem proposta por Wenger enfatiza uma abordagem que conecta diretamente a aprendizagem ao contexto de ação, considerando isso como um elemento da prática social. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo de estudo a construção de um manual de experimento com o uso de materiais reciclados construído pelos alunos durante as aulas de circuito elétrico, embasado no conceito de Comunidade de Prática e na Teoria Social da Aprendizagem, de Wenger. Este estudo é de natureza qualitativa, e sua abordagem metodológica se destaca por priorizar a subjetividade e a complexidade dos fenômenos analisados. As aulas sugeridas abrangeram debates sobre conceitos físicos ligados ao fenômeno em análise, os quais se desenrolaram de maneira eficiente, devido à facilidade de manipulação do experimento. Este trabalho demonstrou que a educação, quando aliada à prática e à colaboração, pode ser um poderoso agente de transformação. Os alunos não apenas aprenderam sobre os conteúdos, mas também descobriram o valor do trabalho em grupo e da pesquisa científica, preparando-se para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.