Esta dissertação tem como objetivo investigar quais contribuições o ensino de filosofia,
numa perspectiva humanista sartreana, pode oferecer para que os estudantes lidem com o
fenômeno da angústia. Como hipótese tem-se que tal ensino – na perspectiva mencionada
– possibilita uma reflexão filosófica sobre o fenômeno apresentado e, talvez, um
enfrentamento a essa questão de caráter existencial. A hipótese acima pretende
demonstrar, por meio do desenvolvimento de uma ferramenta filosófico-pedagógica
denominada cartografia existencial, que um ensino humanista pode estimular o público
discente a refletir sobre suas vidas, suas angústias e suas escolhas. A cartografia terá
quatro momentos conforme a seguinte sequência didática: mapeamento das angústias,
elaboração de material conceitual, discussão conceitual (liberdade, responsabilidade e
má-fé) com os discentes e, por fim, um roteiro de experiência aos professores de filosofia.
Nas considerações finais ter-se-á uma reflexão acerca dos resultados alcançados.