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Banca de DEFESA: HERBERT COSTA LEVY

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HERBERT COSTA LEVY
DATA: 02/06/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente remoto
TÍTULO: Comunidade Quilombola Ilha de São Vicente, Araguatins/Tocantins: perspectivas, mudanças e relações.
PALAVRAS-CHAVES: Comunidade Quilombola Ilha de São Vicente; Território; Rio Araguaia.
PÁGINAS: 124
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Essa dissertação é fruto do trabalho desenvolvido na e com a comunidade quilombola Ilha de São Vicente. Parte da comunidade vive nessa ilha localizada no Rio Araguaia, no município de Araguatins, norte do estado do Tocantins, na Microrregião do Bico do Papagaio. Atualmente a comunidade tem um pouco mais de 50 famílias, sendo que 12 vivem na ilha e os demais moram em outras zonas rurais e zona urbana de Araguatins, bem como em outros municípios do estado do Tocantins, Pará, Maranhão e mesmo fora do país. Os ancestrais da comunidade quilombola receberam a ilha como “doação” de seu antigo senhor em 1888, ano em que foi abolida a escravidão do país. Desde então, a ilha, que tem 2.502 ha, vem sendo ocupada por não quilombolas, de forma que hoje a comunidade ocupa apenas 32 ha, ou seja, está espremida em 1,3% da ilha. Essa ocupação por pessoas que não têm vínculos de parentesco com os fundadores ancestrais da comunidade é um dos fatores que fez com que boa parte das famílias quilombolas viesse a morar fora da ilha. Atualmente a comunidade tem lutado para garantir seu direito de fruir da ilha em sua totalidade, uma vez que o Estado já reconheceu através do INCRA que a ilha é território quilombola, faltando ainda à comunidade o título/contrato de concessão de uso em nome de sua associação. Foi sobre esse contexto fundiário que desenvolvi o que chamo de ciclo histórico territorial, que consiste em uma análise sobre o passado, o presente e o futuro da comunidade quilombola, desde a sua gênese, formas de ocupação, conflitos, relações ecológicas envolvendo humanos e não humanos, passando por discussões sobre os conceitos complexos de quilombo, quilombola, remanescente de escravizados e comunidade, além disso, abordo a ilha enquanto território associado a outras territorialidades, multiterritórios. Nesse contexto, ainda discorro sobre o atual processo de regularização do território no INCRA, a luta da comunidade não somente pelo território, mas por melhores condições de vida e sua expectativa de que em um futuro próximo possa gozar da ilha de forma plena.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2129289 - MARCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA
Interno - 1331905 - MONICA DA SILVA ARAUJO
Interno - 600.432.083-80 - POTYGUARA ALENCAR DOS SANTOS - UFPI
Notícia cadastrada em: 01/06/2023 14:06
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