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Banca de QUALIFICAÇÃO: MICHEL AUGUSTO CARVALHO DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICHEL AUGUSTO CARVALHO DA SILVA
DATA: 28/09/2023
HORA: 16:30
LOCAL: QUALIFICAÇÃO DE TESE
TÍTULO: Fragmentação narrativa e temporal como expressão de melancolia: os impulsos melancólicos de João Anzanello Carrascoza
PALAVRAS-CHAVES: Melancolia; Fragmentação narrativa; Trilogia do Adeus; João Anazanello Carrascoza; Romance Contemporâneo.
PÁGINAS: 84
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

O presente texto trata-se de um recorte da tese ainda em construção e tem por objetivo geral analisar os impulsos melancólicos presentes nas obras Trilogia do Adeus (2017), de João Anzanello Carrascoza. Os impulsos melancólicos podem ser interpretados pela posição do narrador em relação ao que é narrado, a fragmentação temporal, geralmente marcada pela imprecisão e a fragmentação narrativa, em que o texto apresenta lacunas e silenciamentos. Para a construção de uma relação entre a melancolia e a literatura, o primeiro capítulo, revisa a construção do conceito de melancolia desde a Antiguidade Clássica até os dias atuais, em busca de uma compreensão da melancolia como uma condição existencial, influenciada pelo contexto cultural. O capítulo seguinte, ainda em versão preliminar, apresenta a fortuna crítica das obras de João Anzanello Carrascoza, voltada especialmente para os romances do referido autor. A proposta do capítulo é, além de justificar a escolha das obras do autor para um estudo acerca dos impulsos melancólicos, apresentar o que diferencia a pesquisa aqui proposta das análises já realizadas. O último capítulo, por sua vez, apresenta uma leitura da Trilogia do adeus (2017) apresentando a melancolia como característica que une as três narrativas para, em seguida, partir para a leitura de cada uma das obras separadamente. O referencial teórico utilizado para a construção das análises conta com os textos de Freud, Mal-estar na civilização (2011) e Luto e Melancolia (1989); Jaime Ginzburg (2012); Theodor Adorno (2012); Erich Auerbach (2013); Walter Benjamin (1994) e Suzana Kampf Lages (2019). A justificativa para a escolha da melancolia como categoria analítica surge da necessidade de comparação com o paradigma de estudos acerca da melancolia e angústia na literatura brasileira contemporânea. Por contemporânea, me refiro à literatura produzida nos últimos dez anos. A proposta de pesquisa parte da compreensão de melancolia como uma postura existencial pessimista diante da vida. A fragmentação da metafísica que sustentou a modernidade é o ponto de partida para a compreensão da melancolia na literatura brasileira, especificamente no gênero literário romance. A hipótese é que a melancolia é uma constante nos romances de João Anzanello Carrascoza, perceptível através da fragmentação narrativa, imprecisão temporal, na própria postura do narrador e das personagens diante dos eventos narrados, isso quando eventos são narrados pois, partindo do paradoxo proposto por Adorno e da extinção da narrativa tradicional, lamentada por Benjamin, há uma relação entre a melancolia e o próprio ato de narrar em si. Assim, o presente estudo pretende contribuir com o paradigma dos estudos da relação Melancolia e Literatura, propondo uma nova leitura para as obras que compõem a Trilogia do Adeus (2017).


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 008.591.443-64 - EMANOEL CESAR PIRES DE ASSIS - UEMA
Externo à Instituição - JOSE WANDERSON LIMA TORRES - UESPI
Presidente - 1550705 - LUIZIR DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 11/09/2023 11:32
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