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Banca de DEFESA: DÉBORA CAROLINE DO NASCIMENTO RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DÉBORA CAROLINE DO NASCIMENTO RODRIGUES
DATA: 03/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Departamento de Biofísica e Fisiologia
TÍTULO: ASPECTOS FISIOFARMACOLÓGICOS DAS PROPRIEDADES in vivo DE ANTI-HELMÍNTICOS CONTRA INFLAMAÇÃO E DOR ONCOLÓGICA
PALAVRAS-CHAVES: Reposicionamento farmacêutico. Vermífugos. Ação anti-inflamatória. Analgesia experimental. Sarcoma 180.
PÁGINAS: 119
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

A dor é o sintoma mais prevalente e temido de pacientes oncológicos, está relacionada com o agravamento do prognóstico e tende a aumentar com a progressão da doença, o que acaba afetando diretamente a qualidade de vida dos pacientes. Associadamente ao câncer, ocorre o processo inflamatório, resultado da interação entre células imunes, mediadores inflamatórios e células neoplásicas, sendo é um dos principais contribuintes para o estabelecimento da dor oncológica. Dessa maneira, a relação entre dor e inflamação no câncer é de grande interesse e tem potencial importância farmacológica, uma vez que a dor oncológica e sua base inflamatória é atualmente tratada com anti-inflamatórios ou analgésicos convencionais, que possuem uma série de efeitos adversos relacionados ao uso consecutivo. Dessa forma, existe a necessidade do desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento da dor oncológica. Contudo, o desenvolvimento de novos compostos, é um processo complexo, demorado e com altos custos. O reposicionamento farmacêutico surge como uma estratégia alternativa, por diminuir o tempo e a complexidade relacionados ao processo. Dentre os candidatos ao reposicionamento estão os anti-helmínticos, por possuírem diversas classes e variados mecanismos de ação. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar as propriedades de diferentes classes de anti-helmínticos contra a inflamação e os sinais de nocicepção de base inflamatória ou neurogênica correlacionando com a dor oncológica. Para isso, foi analisado o potencial anti-inflamatório dos anti-helmínticos ivermectina, albendazol, mebendazol, niclosamida, praziquantel e piperazina em um protocolo de inflamação na pata de camundongos induzida por carragenina e, subsequentemente, por mediadores flogísticos mais específicos e, ainda, foi avaliado os efeitos na migração, o perfil leucocitário e a quantificação das citocinas pró-inflamatórias IL-6 e TNF-α através do protocolo de peritonite. Além disso, verificou-se a atividade antinociceptiva e as alterações comportamentais em um protocolo de dor oncológica induzida por S180. Os resultados de ação anti-inflamatória sugerem que a capacidade anti-inflamatória da ivermectina, niclosamida e albendazol envolva a atenuação da desgranulação de mastócitos, evidenciado pelos efeitos antiedematogênicos e atenuação da migração leucocitária com redução 68.6, 35.8 e 67.7% de leucócitos totais, respectivamente. O pré-tratamento com esses anti-helmínticos também foi capaz de reduzir os níveis de IL-6 no exsudato após peritonite induzida por carragenina (2.824 ± 478, 3.154 ± 801 e 3.281 ± 717 pg/mL, respectivamente), comparados ao controle negativo (7684 ± 312 pg/mL, p < 0,05) e redução nos níveis de TNF-α, cujas concentrações (2.951 ± 155, 2.530 ± 123 e 2.703 ± 298 pg/mL, respectivamente) foram menores que o controle negativo (4.080 ± 295 pg/mL). Todos os anti-helmínticos testados foram capazes de diminuir o número de contorções abdominais, contudo a potencialidade antinociceptiva, analisada através do tempo de lambedura na pata, variou de acordo com a fase, sendo que na fase neurogênica, a niclosamida (51.5 ± 7.3 s), mebendazol (69.3 ± 4.2 s), praziquantel (53.5 ± 3.3 s) e piperazina (62.5 ± 5.6 s) foram capazes de reduzir o tempo de lambedura na pata quando comparados com o controle negativo (119 ± 14.9 s, p < 0.05), já na inflamatória as respostas de redução foram nos grupos tratados com ivermectina (23 ± 8.9 s), mebendazol (15 ± 4.4 s) e albendazol (26.1 ± 6.9 s) quando comparados ao controle negativo (182 ± 12.6 s, p < 0.05). Enquanto isso, o mebendazol, albendazol e piperazina foram as únicas moléculas capazes de diminuir a alodinidia mecânica em camundongos com tumor S-180 na pata. E ainda, os animais tratados com niclosamida, praziquantel e piperazina revelaram alterações comportamentais, mas sem o efeito sedativo e relaxante muscular típico dos benzodiazepínicos. De modo geral, a ivermectina, com potentes efeitos anti-inflamatórios em doses mais baixas que os demais anti-helmínticos, e o mebendazol, com ações antinociceptivas e dessensibilizadoras da dor oncológica, foram os compostos com resultados mais promissores.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3107513 - DALTON DITTZ JUNIOR
Externo ao Programa - 1167629 - FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
Interno - 1731057 - JOAO MARCELO DE CASTRO E SOUSA
Externo à Instituição - JOSE IVO ARAUJO BESERRA FILHO - UNIFESP
Externo à Instituição - JURANDY DO NASCIMENTO SILVA - IFPI
Presidente - 1638239 - PAULO MICHEL PINHEIRO FERREIRA
Notícia cadastrada em: 17/02/2023 08:30
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