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Banca de DEFESA: CECILIA ANDRADE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CECILIA ANDRADE SOUSA
DATA: 28/02/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Núcleo da pós graduação do CCA
TÍTULO: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIFÚNGICO, MODULADOR E ATIVIDADE ANTIBIOFILME DO D-LIMONENO FRENTE À LINHAGENS DE Nakaseomyces nivariensis (Candida nivariensis)
PALAVRAS-CHAVES: biolfilme, candidíases, modulação, sinergismo
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

O gênero Candida é responsável por causar infecções fúngicas, conhecidas como candidíases, em homens e animais. Contudo, poucos antifúngicos estão disponíveis para tratar esse tipo de infecção. Além disso, a resistência apresentada por estes microrganismos e o desafio de encontrar novos antifúngicos tem dificultado o tratamento dessas enfermidades. Por isso, há uma necessidade crescente de encontrar novos compostos que possuam tal potencial. O D-limoneno é um monoterpeno considerado o principal elemento do óleo essencial de frutas cítricas que possui efeitos terapêuticos como antiparasitário, antioxidantes, vasodilatador, entre outros, no entanto pouco se sabe sobre sua ação antimicótica. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro o potencial antifúngico, modulador e atividade antibiofilme do D-limoneno, sobre cepas de Nakaseomyces nivariensis (Candida nivariensis). Para tanto, o estudo da atividade antifúngica in vitro do D-limoneno foi realizado através dos seguintes testes: Concentração inibitória mínima (CIM), Concentração fungicida mínima (CFM), avaliação do potencial modulatório do D-limoneno em associação com antifúngicos de uso clínico e inibição da formação de biofilme. Para todos os ensaios foram utilizadas quatro cepas de N. nivariensis isoladas de peixes da espécie tambatinga (Colossoma macropomum x Piaractus brachypomus), denominadas P1, P2, P3 e P4. A CIM foi determinada pela técnica de microdiluição em caldo e a relação CFM/CIM foi obtida para especificar a natureza da ação antimicrobiana. A ação modulatória foi avaliada nas concentrações de 1/4 e 1/8 da CIM do D-limoneno, em associação com os antifúngicos Anfotericina B e fluconazol. Para os ensaios de modulação também foram avaliados parâmetros de susceptibilidade com os antifúngicos Anfotericina B e Fluconazol. A atividade antibiofilme foi determinada por meio da quantificação da biomassa total, através da coloração com cristal violeta. Os resultados de CIM, CFM e de modulação foram expressos como a moda de pelo menos três repetições independentes. Para o ensaio de biofilme os dados foram submetidos à ANOVA e teste post-hoc de Bonferroni, com um nível de significância de 5% (p<0,05). Nos ensaios de sensibilidade aos antifúngicos as cepas de C. nivariensis foram resistentes ao fluconazol (CIM ≥ 64 μg/mL) e sensíveis a Anfotericina B (CIM ≤ 1 μg/mL). Verificou-se que o D-limoneno apresentou atividade inibitória sobre as células planctônicas de Candida nivariensis, apresentando CIM que variaram de 16 µg/mL a 32 µg/mL. A atividade antifúngica do D-limoneno foi considerada fungicida (CFM = 32 μg/mL), após avaliação da razão MFC:MIC para todas as cepas estudadas. A combinação entre ¼ da CIM de D-Limoneno e fluconazol proporcionou efeitos sinérgicos frente as cepas P1, P2 e P3 (FIC i ≤0,5), aditivo em P1 para a combinação com ⅛ da CIM de D-Limoneno e antagônico para as demais combinações com esta droga. A associação do D-Limoneno com anfotericina B gerou efeitos antagônicos para a maioria das combinações, com exceção da cepa P2 que foi constatado efeito aditivo na modulação de ¼ da CIM D-Limoneno com esta droga. O D-limoneno, apresentou atividade antibiofilme frente as cepas de N. nivariensis. Os resultados deste estudo mostram que este monoterpeno apresenta-se como uma fonte promissora para o desenvolvimento de novos produtos com atividade antifúngica contra infecções causadas por estas espécies. Entretanto, novas investigações são necessárias para avaliar o efeito da combinação deste terpeno com outros antifúngicos e sobre novas espécies de fungos multirresistentes para ratificar o efeito sinérgico e seus respectivos mecanismos de ação.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2159669 - RAIZZA EVELINE ESCÓRCIO PINHEIRO
Interno - 026.006.647-85 - ANDRE LUIS SOUZA DOS SANTOS - UFRJ
Externo à Instituição - THIAGO PEREIRA CHAVES - UFCG
Notícia cadastrada em: 23/02/2023 18:42
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