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Banca de DEFESA: TATYANNE SILVA RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TATYANNE SILVA RODRIGUES
DATA: 15/12/2017
HORA: 13:00
LOCAL: Auditório PPGEnf
TÍTULO: COMPORTAMENTO DE CONDUTORES DE MOTOCICLETAS ENVOLVIDOS EM ACIDENTES DE TRÂNSITO
PALAVRAS-CHAVES: Acidentes de Trânsito. Comportamento. Motocicletas. Ferimentos e Lesões. Condução de veículo.
PÁGINAS: 104
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

Altos índices de mortalidade por acidente de trânsitotêm ocorrido nas últimas décadas,verificando-se aumento considerável daquelesenvolvendo motocicletas, fato que pode ser justificado, pela facilidade de aquisição, baixo custo de manutenção e agilidade que esse tipo de veículo proporciona. Dentre os principais fatores que levam a ocorrência desses acidentes, o fator humano, é apontado como um dos principais, sendo importante, portanto, estudar o comportamento dos condutores no trânsito, para auxiliarna criação de políticas públicas adequadas ao enfrentamento desse agravo à saúde.  Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar o comportamento adotado por condutores de motocicletas que favorecem a ocorrência de acidentes de trânsito.Trata-se de um estudo transversal desenvolvido em um hospital de urgência, referência no atendimento a vítimas de trauma, na cidade de Teresina, capital do estado do Piauí. Participaram da pesquisa 360 condutores demotocicletas vítimas de acidentes de trânsito, que foram entrevistados para caracterização sociodemográfica e do acidente e aplicação da Escala do Comportamento no Trânsito para Motociclistas, no período de dezembro de 2016 a abril de 2017. Os dados foram codificados e analisados no software Statistical Package for Social Sciences - 21.0.Realizou-se estatísticas descritivas nos dados sociodemográficos e dos acidentes, a partir da distribuição de frequência e percentuais, medidas de posição e dispersão. Efetuou-se análise fatorial e de componentes principais para validação dos dados da escala. Para as variáveis quantitativas, foi aplicado o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, para verificar a aderência à distribuição normal, determinando-se que os dados não apresentavam distribuição normal.Assim, utilizou-se os testes estatísticos não-paramétricos: U de Mann Whitney e Kruskal Wallis, com nível de significância fixado em p ≤ 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer número 1.806.555. As características sociodemográficas dos 360 condutores de motocicletas, mostraram que a média de idade foi de 35,5 (dp: 12,5),sendo que 56,4% pertenciam às faixas etárias de 30 a 59 anos, 90% eram do sexo masculino, de cor parda (63,3%) e solteiros (44,2%). Em relação à escolaridade, 45% e 43,6 dos motociclistas possuíam ensino fundamental e médio completo/incompleto, respectivamente. Quanto a fonte de renda, 39,4% exerciam trabalhos autônomos e 25,6%, trabalhavam remunerados com carteira assinada, dos quais 62,2%, apresentavam renda individual de um a três salários mínimos.No que se refere ao uso da motocicleta, 61,1%, não possuíam CNH, 77,2% tinham motocicleta própria, com mais de 10 anos de condução (39,2%), seguido de 5-7 anos (21,9%). Em sua maioria, as motocicletas possuíam entre 125-150 cilindradas (76,1%). Os motociclistas não faziam uso de álcool no momento do acidente (75,6%) e 63,6% usavam equipamentos de proteção. O uso da motocicleta em 92,5% dos condutores, não foi de forma profissional, considerando que 97,6% dos entrevistados não eram motoboys e mototaxistas.Dentre os 13 fatores de risco e proteção identificados, os comportamentos mais recorrentes, de acordo com cada fator, foram: nível de atenção; domínio da motocicleta; erros no trânsito; e erros não previsíveis. Ao relacionar os comportamentos identificados com as características sociodemográficas, as condições para a condução da motocicleta e dia e horário de ocorrência dos acidentes de trânsito, observou-se que os motociclistas de <18 anos apresentam o pior comportamento quando comparado com os de 18 a 29 anos;de 30 a 59 anos e > 59 anos, não havendo diferenças significativas ente os comportamentose o sexo dos motociclistas. A cor branca e os analfabetos apresentaram melhores comportamentos para os fatores de risco, enquanto que os solteiros tiveram os piores comportamentos nesses fatores. Os motociclistas que possuíam carteira de habilitação ou em andamento,mostraram melhor comportamento, assim como, os que possuíam motocicletas própria. Quanto a suspeita do uso de álcool no momento do acidente, aqueles que informaram positivamente, apresentaram o pior comportamento para o fator erros por falta de prática na condução. Já, em relação ao uso de equipamentos de proteção no momento do acidente, os que utilizavam esses equipamentos apresentaram melhor comportamento em relação a alguns fatores, no entanto, também tinham o pior comportamento para os fatores de risco, assim como os motociclistas profissionais.Acorrelação entre os comportamentos dos motociclistas e as regiões corpóreas atingidas, mostrou que que não houve diferença significativa do acometimento de membros superiores, porém, houve significância para os tiveram lesões em membros inferiores, com os fatores de risco. Nesse contexto, o estudo poderá contribuir de forma expressiva para o planejamento e implementação de ações educativas no trânsito, visto que evidencia os comportamentos de riscos mais frequentes dos condutores de motocicletas, bem como, as principais características a eles associadas. Sugere-se ainda, a realização de estudos adicionais que avaliem estes comportamentos, com públicos maiores e nas mais diferentes realidades, para melhor aplicação e avaliação das intervençõesimplementadas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2334938 - ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
Interno - 1792859 - ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
Externo ao Programa - 1551620 - MARIA ZELIA DE ARAUJO MADEIRA
Externo à Instituição - REGINA MÁRCIA CARDOSO DE SOUSA - USP
Notícia cadastrada em: 13/12/2017 17:50
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