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Banca de DEFESA: LANNA CAROLINE SILVA DE ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LANNA CAROLINE SILVA DE ALMEIDA
DATA: 06/08/2018
HORA: 14:00
LOCAL: PPG LETRAS
TÍTULO: : O DESPERTAR DE UM GRITO: violência social posta às claras em Manual prático do ódio, de Ferréz
PALAVRAS-CHAVES: Marginalizados. Violência social. Espaço
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Os estudos literários, por muito tempo, foram um espaço de exclusão ocupado por escritores que fazem parte do modelo da alta literatura. As vozes dos marginalizados são ouvidas com incômodo, pois mostram a realidade rejeitada pela sociedade letrada. A escrita literária deles visa acabar com o silêncio no qual foram colocados. Tais autores passaram a fazer uso da literatura para externar a repulsa perante a situação dos moradores da periferia. Os excluídos deixam o campo da representação e do silêncio, passando a ter voz na narrativa literária. Voz esta que, antes suprimida, passa a acessar a fala por meio do discurso literário. Com isso, percebe-se que o autor marginal é uma testemunha das experiências transportadas para o texto, um espectador da árdua sobrevivência nas periferias das grandes cidades. Os textos de escritores marginalizados começaram a fazer parte deste meio disputado pela Alta Literatura. O espaço citadino passou do elemento externo para o interno, ou seja, um elemento social dentro da obra, podendo agir para a degradação ou levantamento do sujeito. Este trabalho tem o objetivo de analisar a violência social representada na obra Manual prático do ódio (2014), de Ferréz  a partir desta análise, a pesquisa visa discutir o espaço social da obra. Para atingir o objetivo proposto, a presente pesquisa toma como pressupostos teóricos Dalcastagné (2008) e Schollhammer (2000;2008), que subsidiam o debate sobre a manifestação da violência e sua relevância nas narrativas; Brandão (2011;2013), que apoia a discussão sobre o espaço ficcional; Ferréz (2005), que provoca, através das publicações de autores da marginalidade, um inquietamente entre os leitores. Por meio de pesquisa bibliográfica, com abordagem analítico-qualitativa, observou-se também que esta representação se confirma nas vozes dos personagens em seu confronto com a imposição de manter-se à margem da sociedade. Como resultado desta pesquisa, Ferréz aponta como o espaço influencia as personagens, uma vez que, no momento em que o lugar do qual ele fala desloca os valores que elas compartilham. Além disso, percebe-se que os marginalizados denunciam as dificuldades que vivenciam através de suas produções sem a preocupação de passarem pelo crivo da impositiva norma culta. Isso posto, vê-se que os estudos relacionados ao sujeito subalterno têm na sua voz o meio libertador a partir da consciência de autonomia de cada indivíduo. Finalmente, percebe-se que os diversos momentos dos escritores desta pesquisa definem a concepção da violência como meio de sobrevivência no contexto social em que Manual Prático do ódio está inserida.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 481.916.393-00 - DIOGENES BUENOS AIRES DE CARVALHO - UESPI
Presidente - 145.435.403-87 - MARGARETH TORRES ALENCAR COSTA - UESPI
Notícia cadastrada em: 01/08/2018 15:45
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