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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSE AUGUSTO ARAGAO SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSE AUGUSTO ARAGAO SILVA
DATA: 30/06/2022
HORA: 10:00
LOCAL: meet.google.com/mwo-inrt-dcn
TÍTULO: CAÇA E USOS TRADICIONAIS DA FAUNA SILVESTRE EM ÁREAS RURAIS DE ESPERANTINA, ECÓTONO CERRADO-CAATINGA, PIAUÍ
PALAVRAS-CHAVES: Etnozoologia; Atividade cinegética; Vertebrados silvestres; Conservação
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
SUBÁREA: Zoologia Aplicada
ESPECIALIDADE: Conservação das Espécies Animais
RESUMO:

A caça é uma das práticas humanas mais bem-sucedidas de exploração da fauna silvestre. A carne selvagem é uma importante fonte de proteína e renda para populações urbanas e rurais das regiões tropicais, exercendo importante papel socioeconômico. Nas regiões do semiárido nordestino, estudos sobre caça e usos de vertebrados silvestres ainda são escassos e pouco compreendidos em relação aos fatores impulsionadores dessas práticas. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivos: (i) realizar uma revisão sistemática das publicações sobre consumo e comércio da carne de vertebrados silvestres nas regiões do Brasil; (ii) investigar aspectos da caça e usos da fauna silvestre em áreas rurais do município de Esperantina, meio-norte piauiense; (iii) documentar técnicas e estratégias de captura da fauna; (iv) avaliar a influência de fatores socioeconômicos e padrões de caça na composição das espécies citadas; (v) verificar aspectos conservacionistas da fauna silvestre. Esta dissertação está estruturada em dois capítulos. O capítulo I, em forma de manuscrito intitulado: “Revisão geral do uso de vertebrados silvestres para consumo e comércio de carne de caça no Brasil” apresenta um panorama geral das pesquisas sobre a temática publicadas nas regiões do Brasil de 2011 a 2021. No capítulo II, em forma de manuscrito, ainda em fase de elaboração, buscamos investigar aspectos da prática de caça e usos de vertebrados silvestres em áreas rurais do município de Esperantina, ecótono cerrado-caatinga piauiense. No capítulo I compilamos 63 artigos científicos organizados nas categorias: (I) consumo de bushmeat (n=54), (II) consumo/comércio bushmeat (n=06) e (III) comércio bushmeat (n=03). Buscamos os artigos selecionamos nas bases Google Acadêmico, Science Direct, Scopus, Web of Science e Portal de Periódico da CAPES. As publicações abrangeram 03 regiões e 16 unidades federativas, sendo a maioria delas concentradas nas regiões Nordeste (n=36; 57,1%) e Norte (n=26; 41,2%) do país. A maioria dos trabalhos estavam inseridos em áreas dos biomas Caatinga (n=28) e Amazônia (n=26). Identificamos um total de 322 espécies de vertebrados silvestres exploradas na categoria consumo de bushmeat. Na categoria consumo e comércio bushmeat tivemos 47 espécies citadas e 18 espécies exclusivas da categoria comércio de bushmeat. As aves e mamíferos foram os grupos mais representativos nas três categorias. De modo geral, observamos que a maioria das publicações sobre a temática estão concentradas em apenas duas regiões do país. Nesse sentindo, constatamos a necessidade de mais pesquisas sobre a cadeia de consumo e comércio da carne silvestre em outras regiões do país como Centro-Oeste, Sul e Sudeste. No capítulo II, obtivemos informações de 36 caçadores residentes em áreas rurais do município por meio de formulários semiestruturados, complementadas por entrevistas livres e conversas informais. Nossos resultados preliminares revelam uma mudança no cenário da caça que segundo a maioria dos entrevistados é realizada com fins de entretenimento ou esporte e secundariamente para subsistência alimentar. Registramos um total de 70 espécies de vertebrados silvestres distribuídas nas categorias: consumo (n=34), controle (n=24), medicinal (n=15), animais de estimação (n=13) e comércio de carne de caça (n=08). Entre os grupos taxonômicos citados as aves apresentaram maior riqueza de espécies, seguido por mamíferos e répteis. Apesar de poucas espécies registrada estarem inclusas em categorias de ameaça de extinção, nossos resultados sugerem a necessidade de medidas de conservação e estratégias de manejo da fauna principalmente das espécies-alvo da caça, bem como políticas públicas de melhorias das condições socioeconômicas das populações locais que dependem dos recursos faunísticos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2217228 - WEDSON DE MEDEIROS SILVA SOUTO
Interno - 1984821 - PATRICIA MARIA MARTINS NAPOLIS
Interno - 423289 - JOAO BATISTA LOPES
Interno - 1653145 - ANDERSON GUZZI
Interno - 1291400 - DENIS BARROS DE CARVALHO
Externo à Instituição - LEONARDO MOURA DOS SANTOS SOARES - UEMA
Externo à Instituição - MARIA PESSOA DA SILVA - UESPI
Notícia cadastrada em: 10/06/2022 10:47
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