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Banca de DEFESA: ELLA FERREIRA BISPO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELLA FERREIRA BISPO
DATA: 31/08/2017
HORA: 10:00
LOCAL: 323 J
TÍTULO: PROCESSOS DE CRIOULIZAÇÃO NO ROMANCE UM DEFEITO DE COR: SOBRE AS CONDIÇÕES DE POSSIBILIDADE A UMA IDENTIDADE CULTURAL LATINO-AMERICANA
PALAVRAS-CHAVES: Ana Maria Gonçalves: romance. Crioulização. Colonialidade do poder. Violência epistêmica. Identidade Cultural.
PÁGINAS: 123
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

A presente pesquisa propõe uma análise de alguns dos processos de crioulização, conforme Édouard Glissant (2014, 2011, 2005, 1997a, 1997b), perscrutados no romance Um defeito de cor (2009 [2006]) de Ana Maria Gonçalves. Levantamos a hipótese de que através de uma leitura glissantiana do romance Um defeito de cor podemos experimentar uma nova maneira, entre outras possíveis, de perceber os sentidos de nossa coletividade. A busca dos instrumentos teóricos e procedimentos metodológicos que subsidiam este estudo parte da apropriação das seguintes premissas desenvolvidas por Glissant (2005 [1996]): i) o Caribe tomado como prefácio às Américas, de modo a considerar Um defeito de cor como uma obra literária habilitada a operar como um prefácio às literaturas americanas, nos termos ora enunciados, visando a uma discussão das condições de possibilidade à identidade cultural latino-americana sob perspectiva assumida a partir da leitura do romance e mediante a um conjunto mais amplo das literaturas afro-americanas; e ii) a identidade-rizoma, de modo a compreender o romance como integrante do entrecruzamento de valores da totalidade-mundo. A voz memorialística de Kehinde/Luísa, protagonista-narradora do romance em questão, rasura a ordem gnoseológica dominante – que respalda processos de exclusão dos grupos marcados pela diferença colonial (MIGNOLO, 2003) – orientando uma compreensão de identidade cultural latino-americana enquanto tributária das Relações entre as coletividades aqui inscritas. Concluímos que a leitura glissantiana da obra Um defeito de cor colabora com o desenvolvimento de práticas descolonizadas na construção do conhecimento. Ademais, ressaltamos a necessidade de marcar uma epistemologia desde a diferença cultural frente a um padrão de conhecimento geohistoricamente situado que se impõe como universal.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1637106 - ALCIONE CORREA ALVES
Externo à Instituição - ALGEMIRA DE MACEDO MENDES - PUC - RS
Interno - 1550705 - LUIZIR DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 30/08/2017 16:59
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