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Banca de DEFESA: LUCILENE DOS SANTOS SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCILENE DOS SANTOS SILVA
DATA: 03/11/2015
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
TÍTULO:

Imunopatologia da nefropatia em cães infectados com Ehrlichia canis e co-infectados com E. canis  e  Leishmania  (Leishmania)  infantum  


PALAVRAS-CHAVES:

E. canis, L. (L.)infantum, nefropatia, co-infecção


PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
SUBÁREA: Patologia Animal
RESUMO:

A co-infecção entre Ehrlichia canis e Leishmania (Leishmania) infantum é comum em cães domésticos. Ambas afetam órgãos do sistema fagocítico mononuclear e podem levar ao comprometimento renal. A patologia renal na erliquiose monocítica canina (EMC) é pouco explorada, o que nos levou primeiramente a caracterizar as lesões histopatológicas nos rins de cães afetados pela E. canis. Posteriormente, estendemos nosso estudo para uma avaliação comparativa da resposta imunológica na lesão renal de cães com EMC, infectados com L. (L.) infantum e co-infectados. Para tanto, foram utilizados 12 cães infectados com L. (L.) infantum, 12 cães infectados com E. canis, 15 cães co-infectados com L. (L) infantum e E. canis e 6 cães sadios. Após avaliação clínica e confirmação do diagnóstico, os animais foram eutanasiados e fragmentos de rins foram obtidos para exame histopatológico (Hematoxilina-Eosina (H-E), Tricrômio de Masson, PAS, PAMS e Vermelho Congo), e para detecção de células CD4 e CD8, bem como de imunoglobulinas IgG, IgM e IgA por imunoistoquímica. Na análise histopatológica de rins de cães com EMC, as lesões foram observadas no glomérulo e na região túbulo-intersticial em 100% dos casos. A lesão glomerular era do tipo proliferativa mesangial em 83,33%, e membrano-proliferativa em 16,67% dos cães infectados com E. canis. A extensão dos glomérulos afetados variou entre focal, multifocal e difusa em intensidade média a moderada, em alguns casos havia depósito proteico no espaço de Bowman, bem como espessamento da cápsula de Bowman e da membrana basal dos capilares glomerulares. Nefrite intersticial estava presente na região cortical e cortico-medular em todos os cães infectados, com infiltrado inflamatório em intensidade mínima a moderadamente severa constituído por linfócitos, macrófagos e plasmócitos, localizado no interstício e nas regiões periglomerular e perivascular. Fibrose intersticial foi observada em 33,33% dos casos em intensidade mínima a moderadamente severa. Outros achados foram pielite ou pielonefrite na região medular, degeneração, necrose, atrofia, dilatação e presença de cilindros hialinos, particularmente, nos túbulos da região cortical. Vale acrescentar, que não foi observada amiloidose em nenhum dos cães com EMC. Na análise comparativa entre os cães com E. canis, cães com L. (L.) infantum e os co-infectados, as alterações histopatológicas nos rins de cães com EMC eram menos intensas em relação aos demais grupos de animais infectados. Nestes, a lesão glomerular predominante também foi do tipo proliferativa mesangial, sendo que se destacou em intensidade mais severa no grupo dos co-infectados. Da mesma forma, a fibrose e a nefrite intersticial estavam presentes em grau mais severo nos cães co-infectados. Na análise morfométrica do infiltrado inflamatório, o predomínio de plasmócitos e linfócitos foi significante nos cães infectados com E. canis em relação aos cães com leishmaniose visceral (LV). Nestes últimos, a contagem de macrófagos/histiócitos foi maior nos cães com LV em relação aos demais grupos. Na análise imunoistoquímica, as células T CD4+ e CD8+ estavam presentes nos glomérulos e no infiltrado inflamatório intersticial em todos os cães infectados, sendo que em maior número nos grupos dos cães com EMC em relação aos cães com LV. As imunoglobulinas IgG, IgM e IgA apresentaram um padrão de imunomarcação na região cortical, com destaque nos capilares glomerulares, bem como na região medular nos túbulos renais e no interstício. A deposição de IgG, IgM e IgA foi significante nos cães com LV tanto na região glomerular quanto medular quando comparados aos cães infectados com E. canis. Em conclusão, a glomerulonefrite proliferativa mesangial é a principal lesão renal em cães com EMC e as células T CD4+ parecem ter um papel na sua patogênese, semelhante aos cães com LV. O aumento de células T CD8+ bem como IgM e IgG parecem contribuir para a injuria renal na EMC. O padrão de lesão renal observada nos animais co-infectados sugere que a infecção por L. (L.) infantum seja a principal responsável pelo comprometimento renal mais severo nos casos de co-infecção.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FLAVIANE ALVES DE PINHO - FAPEPI
Externo à Instituição - MARIA DAS GRAÇAS PRIANTI - IESM
Externo à Instituição - SAMANTHA IVE MYASHIRO - USP
Presidente - 423624 - SILVANA MARIA MEDEIROS DE SOUSA SILVA
Externo à Instituição - SILVIA DE ARAÚJO FRANÇA - UFPI
Notícia cadastrada em: 20/10/2015 12:02
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